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O desconhecido grande ídolo de Mikael Åkerfeldt (Opeth) na guitarra

Escolha ajuda a explicar guinada da banda sueca ao prog no início dos anos 2000, após ser vista como futuro do death metal

O Opeth construiu uma reputação única. A banda sueca apareceu como uma promessa do death metal, mas incorporou elementos prog, jazz, folk e clássicos ao som conforme os anos se passavam. E quando descobrimos um dos maiores herois do vocalista e guitarrista Mikael Åkerfeldt, a razão começa a ficar aparente.

Em entrevista à Guitar World sobre o 20º aniversário do disco “Damnation” — primeiro trabalho do Opeth a usar apenas vocais clean —, o frontman revelou a influência da banda inglesa de rock progressivo Camel na música “Windowpane”:

“Andy Latimer [guitarrista do Camel] era um dos meus ídolos na época e ainda é. É um som que eu quase tentei copiar. Eu queria soar tão próximo dele quanto podia. Acho que o resultado final foi bem interessante.”

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Sobre o solo da faixa, Åkerfeldt falou:

“Eu não improviso muito então definitivamente sentei para compor o solo. Em ambos os discos [‘Damnation’ e seu antecessor, ‘Deliverance’], no que dizia respeito a leads, eu não tinha muita ideia na hora de entrar no estúdio. Não tinha demos. Eu acho que sentei e toquei. Geralmente nós reservamos um dia ou dois para solos, porque geralmente são compostos na hora. O que eu toquei no disco era o que pensei soar legal.”

Em retrospecto, contudo, o músico vê a canção de maneira diferente agora.

“Uma coisa que notei enquanto praticava para nossa turnê mais recente foi que o timbre da guitarra é bem seco, bem mais seco que eu lembrava. Quando penso naquele solo, eu imaginava um reveb de mola legal, um delay ou algo assim – mas é seco e não soa tão quente quanto eu lembrava.”

Sobre o Camel

Liderado por Andy Latimer, o Camel esteve na ativa entre os anos de 1971 e 1984, reunindo-se em 1991. Embora não tenha conquistado a mesma fama de seus pares do rock progressivo setentista, o grupo é lembrado por ter construído campo para o surgimento do chamado neo-progressive na década de 1980, tendo o Marillion como grande representante.

Recente passagem do Opeth pelo Brasil

Em fevereiro último, o Opeth realizou show único no Brasil. A apresentação no Terra, em São Paulo, teve cobertura do site (clique aqui para conferir). O colaborador Thiago Zuma observou:

“A reação efusiva do público aos primeiros acordes de ‘Ghost of Perdition’ enunciou que o show do Opeth, adiado por três vezes por causa da pandemia de Covid-19, não seria apenas mais uma passagem divulgando seu álbum mais recente, ‘In Cauda Venenum’ (2019). Foi uma longa e celebrada retrospectiva incluindo faixas de todos os discos de sua carreira.”

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

1 COMENTÁRIO

  1. Pra quem não sabe, a introdução da música Benighted, do disco “Still Life” de 1999 foi praticamente plagiado da música “Never Let Go” do Camel…

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