O Lamb of God publicou um alerta online a pessoas interessadas em comparecer aos shows do grupo sobre possíveis gatilhos de Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT). O comunicado foi divulgado por intermédio do guitarrista Mark Morton.
A postagem no Twitter aponta que os gatilhos podem ocorrer em função dos elementos visuais que compõem a apresentação.
“Como uma banda, sempre nos esforçamos para montar o melhor show possível para fãs. Sabemos que ingressos não são baratos e não desconsideramos o fato de que estão gastando dinheiro suado para ver a gente tocar. À medida que Lamb of God tem crescido em popularidade, investimos mais e mais na produção. Ultimamente, isso inclui pirotecnia, bombas de clarão e de concussão. Estamos a par que muitos dos nossos fãs serviram nas Forças Armadas e alguns infelizmente possuem TEPT relacionado a combate.
O propósito desse post é reconhecer vocês… e lhes dar um aviso prévio decente para que possam estar ao menos a par que estaremos usando esses efeitos. Luzes estroboscópicas também, aliás. Se você possui TEPT, saiba que haverá concussão no começo e no fim do nosso set, além de outros tipos de pirotecnias de clarão. Se você está lendo isso e alguém que você conhece precisa saber disso antes de vir a um dos nossos shows, espalhe a palavra. Amamos vocês e queremos que tenham uma ótima experiência. Obrigado por estarem conosco.”
Como o Loudwire aponta, o mesmo tipo de aviso se aplica a pessoas sofrendo de vertigem cintilante e epilepsia fotossensível, uma vez que luzes estroboscópicas e bombas de clarão podem induzir convulsões em ambos os casos.
Cuidado extra do Lamb of God
O cuidado extra do Lamb of God tem origens em um evento trágico, ainda que não relacionado a TEPT. Durante uma apresentação na República Checa em 2010, um fã chamado Daniel Nosek, de 19 anos, morreu. O vocalista Randy Blythe foi acusado de ter causado o óbito.
Nosek interpretou um chamado do vocalista por mais gritos do público como um convite para subir ao palco. Blythe teria empurrado o fã de volta para a plateia, mas ele caiu do palco de cabeça no chão, entrando em coma e morrendo duas semanas depois.
Blythe ficou preso durante 37 dias sob acusação de homicídio culposo (sem intenção de matar) em 2012, quando a banda retornou ao país. Foi julgado no ano seguinte e acabou absolvido.
À época, em seu Instagram, Blythe escreveu:
“Fui considerado inocente e absolvido de todas as acusações contra mim. Eu sou um homem livre. Por favor lembrem-se da família de Daniel Nosek em seus pensamentos e orações neste tempo difícil. Só desejo paz a eles. Obrigado pelo apoio.”
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.