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Kataklysm reafirma sua qualidade e competência em “Goliath”

Sem grandes mudanças na fórmula, trabalho é o 15º de estúdio da carreira da banda canadense de melodic death metal

O Kataklysm começou em 1991 como uma banda voltada ao lado mais tradicional do death metal. Com o tempo, passaram a acrescentar cada vez mais elementos melódicos e épicos à sua sonoridade. As mudanças se mostraram bastante acertadas, vide o fato de o quarteto chegar ao 15º álbum de estúdio da carreira.

“Goliath” é o primeiro a incluir o baterista James Payne (Hiss the Moan, ex-Vital Remains), que entrou logo após o lançamento do disco anterior, “Unconquered” (2020). O restante da formação permanece inalterado desde 1998, contando com o vocalista Maurizio Iacono, o guitarrista Jean-François Dagenais e o baixista Stephane Barbe.

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A fórmula não apresenta grandes mudanças. Porém, é possível notar um maior capricho nas composições, com arranjos mais trabalhados, como na agressiva e empolgante abertura “Dark Wings of Deception”. Outro momento de destaque vai para “Bringer of Vengeance”, primeiro single, inspirada no assassinato de Ricardo I, rei britânico também conhecido como Ricardo Coração de Leão.

A proposta lírica é estabelecer analogias e metáforas entre momentos históricos e a realidade presente. A maior ênfase fica por conta das divisões extremadas de anos recentes, impulsionadas pelas novas tecnologias e refletidas nas disputas pelo controle da narrativa. O parâmetro principal está na história da batalha de Davi contra Golias – que dá nome ao play.

Vale ainda citar a pancada certeira de “Die as a King” e a influência nórdica em “From the Land of the Living to the Land of the Dead”, remetendo aos primórdios do consagrado Gothenburg Sound. O entrosamento dos músicos é perceptível em “The Redeemer”, que consegue ser simples e ainda ressaltar a execução precisa, enquanto “Heroes to Villains” tem toda a cara de que ficará ainda melhor ao vivo.

O Kataklysm não se reinventa em “Goliath”, mas consegue oferecer aquilo que os fãs esperam sem maior esforço. O play não irá figurar entre os grandes momentos da carreira do grupo quando alguém fizer uma retrospectiva. Mesmo assim, possui suficiente qualidade para ser lembrado como um exemplar de sua competência, que já fez com que o grupo até mesmo frequentasse paradas internacionais e fosse indicado a prêmios como o Juno, o Grammy canadense.

*Clique aqui para ouvir o álbum em sua plataforma de streaming favorita.

Kataklysm – “Goliath”

1. Dark Wings of Deception

2. Goliath

3. Die as a King

4. Bringer of Vengeance

5. Combustion

6. From the Land of the Living to the Land of the Dead

7. The Redeemer

8. Heroes to Villains

9. Gravestones & Coffins

10. The Sacrifice for Truth

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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