Segundo álbum de estúdio do Dream Theater, “Images and Words” saiu em 1992 e marcou a estreia do vocalista James LaBrie. O trabalho alcançou uma repercussão inimaginável para uma banda adepta de um som mais complexo, cheio de canções longas para os padrões da indústria. Ainda assim, marcou história e segue sendo referência até hoje.
Ainda assim, o cantor escolheu as faixas do disco em questão como as que menos gosta de interpretar em shows atualmente. Não por detestá-las ou nutrir algum tipo de sentimento negativo. A questão é meramente técnica, como declarou à revista Revolver.
“Qualquer coisa de ‘Images and Words’ é um pouco desagradável de apresentar nos shows, porque não consigo mais cantar daquele jeito. São músicas de 30 anos atrás. Altero as melodias para se adequarem à minha voz atual. Ainda as amo, mas não tenho mais condições de cantar todo o último verso e o refrão de ‘Another Day’. Sem chances.”
James cita uma data específica como momento em que tudo mudou de vez em relação a seu trabalho.
“Qualquer uma das músicas que considero extremamente desafiadoras seria de antes de eu romper minhas cordas vocais. Ou seja, qualquer coisa que tenha sido gravada antes de 30 de dezembro de 1994. Antes disso eu era capaz de cantar naqueles registros mais agudos.”
Relação de James LaBrie com sua obra
De qualquer modo, James LaBrie garante não nutrir mágoa em relação à própria obra.
“Ainda olho com carinho para as canções desses álbuns. Mas eu diria que é mais sobre a beleza de cantar músicas de qualquer época… porque vou apenas alterar as melodias para que funcione. Ainda posso aproveitar a vibe e o que aquele momento representa para nós e para os fãs.”
Dream Theater e “Images and Words”
Grande sucesso de “Images and Words”, a música “Pull Me Under” é até hoje a única do Dream Theater a ter entrado no Top 10 da parada Mainstream Rock da Billboard. A ideia inicial era lançar um álbum duplo, mas a gravadora vetou. Uma das faixas, “A Change Of Seasons”, encabeçou um EP homônimo em 1995.
O trabalho vendeu mais de um milhão de cópias em todo o mundo apenas à época do lançamento. Ganhou disco de ouro nos Estados Unidos e estabeleceu o quinteto como nome referencial do subgênero conhecido como prog metal.
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