Exmortus brilha com sonoridade cheia de personalidade em “Necrophony”

Sexto álbum de estúdio do grupo de Jadran “Conan” Gonzalez marca estreia na Nuclear Blast Records

Fundado em 2002, na Califórnia, Estados Unidos, o Exmortus ultrapassa duas décadas de carreira comandado pela mão de Jadran “Conan” Gonzalez, vocalista, guitarrista e único membro presente em todas as formações. Agora, a banda dá um salto de projeção com a entrada na Nuclear Blast Records, uma das principais gravadoras do segmento metálico em todo o planeta.

Sexto trabalho de estúdio do grupo, “Necrophony” é o primeiro disco completo a contar com a atual formação, que ainda traz o guitarrista Chase Becker, o baixista Phillip Nuñez e o baterista Adrian Aguilar – este último o mais recente a ser integrado ao lineup. E a amostra é a melhor possível.

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A sonoridade tem base no thrash e no melodic death metal, trazendo como diferencial incursões no neoclássico. Pode causar alguma estranheza quando encarado de forma descritiva, porém, acaba desenvolvendo um material de bastante personalidade – como já fica claro na introdução “Masquerade”, que desemboca na faixa “Mask of Red Death”, um empolgante início.

O single “Oathbreaker” já havia sido disponibilizado ano passado como uma carta de apresentação da nova etapa. A música combina agressividade e melodia de forma ímpar, mostrando o quanto o quarteto gira em torno de Gonzalez, que sabe extrair o melhor de cada colega sem perder o protagonismo. Ela abre caminho para outro petardo previamente oferecido, a ótima “Mind of Metal”.

“Storm of Strings” paga tributo a “The Storm” de Yanni e “As Quatro Estações” de Antonio Vivaldi. A peça abre caminho para o clima totalmente oitentista em “Test of Time”, com direito a duo de solos no melhor estilo Judas Priest.

O clima se torna mais soturno na longa “Darkest of Nights”, um exemplo de como fazer música nesse formato sem se tornar pedante. “Prophecy” se mantém na proposta, trazendo riffs e solos espetaculares, enquanto “Children of the Night” é mais um primoroso exemplar de entrosamento do coletivo.

A pegada mais agressiva volta à linha de frente em “Beyond the Grave”, mostrando a faceta europeia no som dos americanos. “Overture” prepara o terreno para a faixa-título, que oferece mais uma dose de adrenalina regada a uma execução acima da média para fechar o set de composições.

Encerrando o play de vez, uma competente versão para “Moonchild”, do Iron Maiden. Não surpreende se tratar de uma faixa de “Seventh Son of a Seventh Son” (1988), um dos trabalhos de Steve Harris e companhia que mais se conecta com quem percorre os lados mais extremos do metal.

A realidade dos fatos nos mostra que é cada vez mais difícil ser realmente original em um gênero musical que já ultrapassou meio século de seus primeiros passos. Ainda assim, o Exmortus se mostra capaz de impressionar e oferecer um trabalho com total personalidade. “Necrophony” possui atributos suficientes para figurar nas listas de melhores do ano de bastante gente por aí.

*Ouça “Necrophony” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.

*O álbum está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!

Exmortus – “Necrophony”

1. Masquerade

2. Mask Of Red Death

3. Oathbreaker

4. Mind Of Metal

5. Storm Of Strings

6. Test of Time

7. Darkest Of Knights

8. Prophecy

9. Children Of The Night

10. Beyond The Grave

11. Overture

12. Necrophony

13. Moonchild

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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