O melhor solo de Eddie Van Halen segundo o filho Wolfgang

Multi-instrumentista escolheu música que fez parte do “disco sério” da carreira da banda que leva o sobrenome da família

Escolher o solo preferido de Eddie Van Halen já é função difícil para alguém sem proximidade pessoal, imagine então para o filho. Mesmo assim, Wolfgang Van Halen não se furtou de responder quando questionado.

Em entrevista ao “Talk is Jericho”, podcast do cantor e wrestler Chris Jericho, o multi-instrumentista do Mammoth WVH resgatou uma música que representa o lado mais pesado da segunda fase da banda da família. Conforme transcrição da Guitar World, ele disse:

“Gosto de todos, então, não leve como uma verdade definitiva o que direi agora. Mas um solo que eu acho muito legal é o de ‘Amsterdam’, que está no álbum ‘Balance’. É apenas um solo maluco e divertido. Se você não ouve essa música há algum tempo, acho que vale a pena dar uma nova conferida.”

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Obviamente, com a presença de David Lee Roth, o músico nunca pôde tocar essa canção, ao menos não em shows. Partindo desse pressuposto, sua escolha recai sobre uma faixa do último disco, “A Different Kind of Truth” (2012).

“Tocamos tantos clássicos o tempo todo que realmente ficamos muito empolgados com os lados B. Coisas como ‘Dirty Movies’, ‘Drop Dead Legs’ e ‘Outta Love Again’ se destacavam. Mas acho que a mais divertida era ‘China Town’. Papai e eu gostávamos muito de tocá-la. Nem nos importávamos se as pessoas gostavam dela ou não, a colocávamos no setlist porque era muito divertida.”

O álbum favorito de Wolfgang na fase Van Hagar

Vale lembrar que “Balance” já havia sido citado por Wolfie em outras oportunidades como seu preferido da era mais conhecida como Van Hagar – opinião que difere dos próprios músicos envolvidos nas gravações. Em recente artigo à revista Classic Rock, ele declarou:

“Para a era Hagar, ‘Balance’ foi o álbum que significou muito para mim. Tecnicamente, eu já estava vivo em ‘For Unlawful Carnal Knowledge’, mas ‘Balance’ é aquele que eu meio que me lembro de estar por perto quando estava acontecendo. Você poderia argumentar que ‘For Unlawful Carnal Knowledge’ foi um álbum melhor, mas ‘Balance’ significa mais para mim. É mais uma coisa nostálgica. É um álbum com sonoridade fenomenal, incrível.

Pode ser o álbum da era Hagar com melhor som, talvez o Van Halen com melhor som. Essa fase mostra outro lado do meu pai. Eu gosto de como ele se inclinou mais para as coisas melódicas – algumas das melodias mais bonitas que ele já escreveu foram na era Hagar com coisas como ‘Dreams’ ou a música ‘Not Enough’, do ‘Balance’. Mas eu amo todos os álbuns do Van Halen.”

Van Halen e “Balance”

Décimo trabalho de estúdio, “Balance” é o disco mais obscuro do Van Halen em termos líricos, reflexo do que estava em alta no rock à época e da relação entre os integrantes. Não à toa, acabaria sendo o último a contar com o vocalista Sammy Hagar, que saiu ao final da turnê em uma história que nunca foi bem contada, mas que já se arrastava desde a gravação.

Vendeu mais de 3 milhões de cópias só nos Estados Unidos, chegando ao topo do The Billboard 200. Ganhou disco de ouro no Brasil, impulsionado pela inclusão da música “Can’t Stop Lovin’ You” na trilha da novela “História de Amor”, da Rede Globo.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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