Nuno Bettencourt se espantou com reação ao solo de “Rise”, do Extreme

Malabarismo guitarrístico do português no primeiro single do novo álbum tomou as mídias sociais de assalto nos últimos meses

Quando o Extreme lançou “Rise” como primeiro single do álbum “Six”, eles jamais imaginavam a repercussão que a música alcançaria. O brilho individual de Nuno Bettencourt no solo despertou a atenção de muitos produtores de conteúdo nas mídias sociais, o que levou a canção ao conhecimento de muitas pessoas que jamais teriam acesso a ela de outra forma.

Em entrevista à Total Guitar, o próprio músico português se mostrou surpreso com o feedback. Até mesmo alguns de seus pares repercutiram a obra.

“Quando ‘Rise’ saiu, pensamos: ‘OK, música decente, solo de guitarra decente’, mas a reação foi muito além. Quando Rick Beato postou seu vídeo detalhando o solo, ele disse que Steve Lukather (Toto) ligou, seu irmão ligou e Phil X (Bon Jovi) ligou dizendo: ‘Você ouviu o solo de Nuno?’, foi realmente surreal para mim.

É aquele cenário que você fantasia quando criança. Ele está dizendo coisas como, ‘Depois de Eddie, ele é o cara!’ Você fica tipo, ‘OK, espere um segundo!’ Eu tinha pessoas que eu admiro me mandando mensagens, como Phil Collen do Def Leppard, Brian May falando sobre isso. Você tem que dar um passo para trás e pensar ‘O que realmente está acontecendo aqui?’”

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Até uma estrela ascendente brasileira acabou sendo mencionada.

“Mateus Asato veio até mim e perguntou: ‘Que p*rra você acabou de fazer?’ e eu pensei, ‘O que você quer dizer com o que eu acabei de fazer? Você faz isso na p*rra do seu sono!’. Foi quando percebi que não se trata de capacidade. Qualquer um pode tocar o solo. Eu nem estou brincando. Não há muita coisa acontecendo tecnicamente, na verdade. Acredito que a diferença é que nunca toquei o final do solo do ‘Rise’ lento. eu não calculei. Eu não tinha ideia do que estava acontecendo porque, enquanto gravava, decidi que queria que a seção rítmica me guiasse para o que quer que eu estivesse prestes a fazer.”

Apesar de tudo, Nuno faz questão de declarar não entender que a repercussão se dá por uma suposta falta de bons solistas na atualidade. Na verdade, ele vê exatamente o contrário.

“Não faltam grandes músicos no mundo atualmente. Hoje temos um nível de instrumentistas inacreditável. É algo quase exaustivo. Todos os dias eu acordo, entro no Instagram e vejo alguém que me faz ficar de queixo caído. Talvez o que estivesse faltando fosse uma banda que lançasse um álbum e, mais importante, um vídeo. Por que um vídeo? Porque todos esses guitarristas são incríveis tecnicamente, mas a maioria deles está tocando sentado. A cultura rock ‘n’ roll, a paixão, o fogo, o perigo e a alegria – falta a parte física disso.”

Leia também:  Veja os horários de shows do Knotfest Brasil 2024

Curiosamente, foi o próprio Rick Beato quem explicou a Bettencourt o que ele fez no solo em específico.

“Criei aqueles acordes abaixo do solo como algo vocal, era o que ouvia na minha cabeça. Quando Rick analisou, me senti muito inteligente. ‘Ele está fazendo o baixo sobre a nona pervertida’ ou seja lá o que for. Pensei por um minuto: ‘Meu Deus, sei o que estou fazendo!’ Provavelmente não teria feito se soubesse; estava ‘errado’ de certa forma. Mas é isso que faz a segunda metade dessa coisa florescer.”

Sobre Nuno Bettencourt

Nascido em Praia da Vitória, Portugal, Nuno Duarte Gil Mendes Bettencourt mudou para os Estados Unidos com a família aos 4 anos de idade. Inicialmente, seus objetivos eram se tornar ator ou atleta. Só depois se interessou por música, começando na bateria e passando à guitarra.

Juntou-se ao Extreme em 1985, seguindo com o grupo até hoje, participando de todas as suas atividades. Até o momento são seis álbuns de estúdio com mais de 10 milhões de cópias vendidas.

No hiato da banda, entre 1996 e 2007, lançou discos solo, além de participar do Mourning Widows, Population 1, DramaGods, The Satellite Party e Baby Animals, com sua ex-esposa Suze DeMarchi.

Produziu e gravou com nomes como Dweezil Zappa, Steel Panther, Dan Reed Network, Robert Palmer e Nickelback. Também possui extensa lista de colaborações com artistas fora do âmbito do Rock, como Janet Jackson, Rihanna, Joe Jonas e Toni Braxton, entre outros.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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Em entrevista à Total Guitar, o próprio músico português se mostrou surpreso com o feedback. Até mesmo alguns de seus pares repercutiram a obra.

“Quando ‘Rise’ saiu, pensamos: ‘OK, música decente, solo de guitarra decente’, mas a reação foi muito além. Quando Rick Beato postou seu vídeo detalhando o solo, ele disse que Steve Lukather (Toto) ligou, seu irmão ligou e Phil X (Bon Jovi) ligou dizendo: ‘Você ouviu o solo de Nuno?’, foi realmente surreal para mim.

É aquele cenário que você fantasia quando criança. Ele está dizendo coisas como, ‘Depois de Eddie, ele é o cara!’ Você fica tipo, ‘OK, espere um segundo!’ Eu tinha pessoas que eu admiro me mandando mensagens, como Phil Collen do Def Leppard, Brian May falando sobre isso. Você tem que dar um passo para trás e pensar ‘O que realmente está acontecendo aqui?’”

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“Mateus Asato veio até mim e perguntou: ‘Que p*rra você acabou de fazer?’ e eu pensei, ‘O que você quer dizer com o que eu acabei de fazer? Você faz isso na p*rra do seu sono!’. Foi quando percebi que não se trata de capacidade. Qualquer um pode tocar o solo. Eu nem estou brincando. Não há muita coisa acontecendo tecnicamente, na verdade. Acredito que a diferença é que nunca toquei o final do solo do ‘Rise’ lento. eu não calculei. Eu não tinha ideia do que estava acontecendo porque, enquanto gravava, decidi que queria que a seção rítmica me guiasse para o que quer que eu estivesse prestes a fazer.”

Apesar de tudo, Nuno faz questão de declarar não entender que a repercussão se dá por uma suposta falta de bons solistas na atualidade. Na verdade, ele vê exatamente o contrário.

“Não faltam grandes músicos no mundo atualmente. Hoje temos um nível de instrumentistas inacreditável. É algo quase exaustivo. Todos os dias eu acordo, entro no Instagram e vejo alguém que me faz ficar de queixo caído. Talvez o que estivesse faltando fosse uma banda que lançasse um álbum e, mais importante, um vídeo. Por que um vídeo? Porque todos esses guitarristas são incríveis tecnicamente, mas a maioria deles está tocando sentado. A cultura rock ‘n’ roll, a paixão, o fogo, o perigo e a alegria – falta a parte física disso.”

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“Criei aqueles acordes abaixo do solo como algo vocal, era o que ouvia na minha cabeça. Quando Rick analisou, me senti muito inteligente. ‘Ele está fazendo o baixo sobre a nona pervertida’ ou seja lá o que for. Pensei por um minuto: ‘Meu Deus, sei o que estou fazendo!’ Provavelmente não teria feito se soubesse; estava ‘errado’ de certa forma. Mas é isso que faz a segunda metade dessa coisa florescer.”

Sobre Nuno Bettencourt

Nascido em Praia da Vitória, Portugal, Nuno Duarte Gil Mendes Bettencourt mudou para os Estados Unidos com a família aos 4 anos de idade. Inicialmente, seus objetivos eram se tornar ator ou atleta. Só depois se interessou por música, começando na bateria e passando à guitarra.

Juntou-se ao Extreme em 1985, seguindo com o grupo até hoje, participando de todas as suas atividades. Até o momento são seis álbuns de estúdio com mais de 10 milhões de cópias vendidas.

No hiato da banda, entre 1996 e 2007, lançou discos solo, além de participar do Mourning Widows, Population 1, DramaGods, The Satellite Party e Baby Animals, com sua ex-esposa Suze DeMarchi.

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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