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Músicos do Trivium e Asking Alexandria discordam sobre qualidade do nu metal

Subgênero que manteve o som pesado no topo durante a virada do século desperta amor e ódio na mesma intensidade

Quando o nu metal estourou, tendo na linha de frente bandas como Korn, System of a Down, Slipknot, Linkin Park e Limp Bizkit, as reações foram bastante extremadas. Toda uma nova geração abraçou a proposta e, através desses artistas, conheceram todo um mundo dentro do cenário do rock pesado. Por outro lado, os adeptos das vertentes mais tradicionais apedrejaram a nova tendência – alguns até mesmo literalmente.

A divisão abrandou com o passar dos anos, como acontece naturalmente quando algo deixa de ser novidade. Porém, casualmente, ainda rola. Como nos últimos dias, após o guitarrista do Asking Alexandria, Ben Bruce, elogiar o subgênero em entrevista à Octane, estação do sistema pago de rádio americano SiriusXM. Conforme transcrição do Blabbermouth, o músico declarou:

“As pessoas dizem agora: ‘oh, que época terrível’. Acho que foi uma das melhores eras do metal de todos os tempos, porque era tão grande, mas também deu à luz… Essa foi a coisa legal do nu metal. Se você ouvir, tipo, bandas de metal dos anos 1980, muitas delas soam semelhantes, embora também tenham algumas incríveis. O mesmo com os anos 1960 – o mesmo com todas as gerações e eras da música. Já o nu metal era bem diverso. Eu sinto que quando você diz nu metal, um som automático entra sua cabeça. Mas a realidade é que você tem Slipknot em uma ponta desse espectro, Linkin Park na outra ponta, Evanescence em algum lugar no meio, System of a Down, Korn… Todas ótimas e soando diferentes entre si, únicas. Por isso considero um período tão bom.”

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Ben ainda confirma ouvir nu metal até os dias atuais.

“Se eu vou colocar um álbum de metal, as chances são de 8 ou 9 em 10 de ser um de nu metal. Provavelmente ‘Toxicity’ ou ‘Iowa’, mas com certeza vai ser daquela época. E eu ainda amo ouvir Metallica e todos os tipos de outras bandas de metal também, mas o nu metal ocupa um lugar especial no meu coração. Talvez seja a minha idade.”

Após a repercussão inicial o baixista do Trivium, Paolo Gregoletto (foto), foi ao Twitter oferecer outra visão sobre o assunto. Sem citar Bruce, ele declarou em duas postagens:

“O nu metal, como um todo, era um gênero muito, muito ruim. Depois de passar pela primeira camada ou duas das grandes bandas que sobreviveram, fica nefasto. Qualquer um que diga o contrário está maluco.

Eu acho que você poderia levar praticamente qualquer outro gênero de metal para o nível local e ainda assim dizer: ‘sim, isso é muito bom’. Entre 1999 e 2001 as cenas regionais foram terríveis.”

https://twitter.com/TriviumPaolo/status/1677100034163130368

Sobre o nu metal

Inicialmente chamado de new metal – mudando para nu por conta do inevitável avanço do tempo, que fez tudo aquilo deixar de ser new –, o nu metal misturava elementos do heavy metal com estilos como hip hop, rock alternativo, funk e música industrial.

Nos últimos anos, uma série de artistas estão aparecendo e reconhecendo a influência do período em questão nas suas obras. O movimento acabou gerando uma espécie de revival de popularidade, além de uma maior aceitação dos detratores de outrora.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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A divisão abrandou com o passar dos anos, como acontece naturalmente quando algo deixa de ser novidade. Porém, casualmente, ainda rola. Como nos últimos dias, após o guitarrista do Asking Alexandria, Ben Bruce, elogiar o subgênero em entrevista à Octane, estação do sistema pago de rádio americano SiriusXM. Conforme transcrição do Blabbermouth, o músico declarou:

“As pessoas dizem agora: ‘oh, que época terrível’. Acho que foi uma das melhores eras do metal de todos os tempos, porque era tão grande, mas também deu à luz… Essa foi a coisa legal do nu metal. Se você ouvir, tipo, bandas de metal dos anos 1980, muitas delas soam semelhantes, embora também tenham algumas incríveis. O mesmo com os anos 1960 – o mesmo com todas as gerações e eras da música. Já o nu metal era bem diverso. Eu sinto que quando você diz nu metal, um som automático entra sua cabeça. Mas a realidade é que você tem Slipknot em uma ponta desse espectro, Linkin Park na outra ponta, Evanescence em algum lugar no meio, System of a Down, Korn… Todas ótimas e soando diferentes entre si, únicas. Por isso considero um período tão bom.”

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Ben ainda confirma ouvir nu metal até os dias atuais.

“Se eu vou colocar um álbum de metal, as chances são de 8 ou 9 em 10 de ser um de nu metal. Provavelmente ‘Toxicity’ ou ‘Iowa’, mas com certeza vai ser daquela época. E eu ainda amo ouvir Metallica e todos os tipos de outras bandas de metal também, mas o nu metal ocupa um lugar especial no meu coração. Talvez seja a minha idade.”

Após a repercussão inicial o baixista do Trivium, Paolo Gregoletto (foto), foi ao Twitter oferecer outra visão sobre o assunto. Sem citar Bruce, ele declarou em duas postagens:

“O nu metal, como um todo, era um gênero muito, muito ruim. Depois de passar pela primeira camada ou duas das grandes bandas que sobreviveram, fica nefasto. Qualquer um que diga o contrário está maluco.

Eu acho que você poderia levar praticamente qualquer outro gênero de metal para o nível local e ainda assim dizer: ‘sim, isso é muito bom’. Entre 1999 e 2001 as cenas regionais foram terríveis.”

https://twitter.com/TriviumPaolo/status/1677100034163130368

Sobre o nu metal

Inicialmente chamado de new metal – mudando para nu por conta do inevitável avanço do tempo, que fez tudo aquilo deixar de ser new –, o nu metal misturava elementos do heavy metal com estilos como hip hop, rock alternativo, funk e música industrial.

Nos últimos anos, uma série de artistas estão aparecendo e reconhecendo a influência do período em questão nas suas obras. O movimento acabou gerando uma espécie de revival de popularidade, além de uma maior aceitação dos detratores de outrora.

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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