Em novembro último, Gal Costa faleceu aos 77 anos de idade. Desde então, a causa da morte não havia ficado esclarecida. A hipótese, conforme apuração da revista Piauí na época, era de um mal súbito.
O assunto veio à tona novamente após uma série de queixas contra Wilma Petrillo, viúva da cantora que também atuava como sua empresária. Diante das acusações de assédio moral, ameaças, perseguição e aplicações de golpe envolvendo a profissional, a jornalista Hildegard Angel pediu para o Ministério Público solicitar uma autópsia no corpo de Gal.
No último domingo (16), o programa “Domingo Espetacular”, da Record TV, exibiu uma reportagem onde teve acesso à certidão de óbito da artista e divulgou a causa oficial de sua morte. Segundo o documento, ela sofreu um infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco), além de uma neoplasia maligna (tumor) de cabeça e pescoço.
Pouco tempo antes de nos deixar, no dia 9 de novembro, a cantora cancelou o show no festival Primavera Sound São Paulo, realizado nos dias 5 e 6 do mesmo mês. Como explicado, ela estava em recuperação depois de retirar um nódulo na fossa nasal direita.
Com a sua morte, passou a circular na internet uma nota de assessoria, atribuindo o falecimento a um infarto fulminante. A equipe de Gal desmentiu a declaração – que agora mostrou-se verdadeira.
Vale destacar que a revista Piauí, ao publicar a reportagem de denúncia contra Wilma Petrillo no início deste mês, já havia dado um parecer sobre a causa da morte. Na matéria, o veículo atestava justamente infarto agudo no miocárdio e tumor maligno no crânio e pescoço.
Sobre Gal Costa
Nascida em 26 de setembro de 1945, em Salvador, Bahia, Maria da Graça Costa Penna Burgos iniciou sua carreira musical na década de 1960. Estreou junto de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Tom Zé e outros no o espetáculo “Nós, Por Exemplo…” Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1965, onde fez sua primeira gravação, no álbum homônimo de Maria Bethânia.
Seu primeiro disco próprio saiu em 1967: “Domingo”, em parceria com Caetano Veloso. De lá, saiu seu primeiro hit, “Coração Vagabundo”. Em 1968, participou do trabalho “Tropicália ou Panis et Circencis”, um dos mais representativos do movimento tropicalista. A partir daí, prosseguiu com uma carreira de sucesso, tornando-se uma das referências da MPB, além de flertar com diversos gêneros, incluindo o rock.
Ao todo, Gal Costa lançou 41 álbuns de estúdio. O mais recente, “Nenhuma Dor”, saiu ano passado. Conforme aponta a Enciclopédia Itaú Cultural:
“Gal Costa é considerada uma das principais referências vocais femininas de sua geração e influência para cantoras posteriores. Com postura irreverente e desafiadora, sua trajetória é marcada por reinvenções, rupturas e a particular junção do grito do rock ao canto popular.”
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