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A história da conturbada produção de “The Flash”, filme solo do herói da DC

Longa foi confirmado em 2014, mas diversos problemas fizeram sua estreia ser possível apenas em 2023

Chegou a vez de um dos heróis mais queridos e populares da DC estrelar seu próprio filme solo: “The Flash”, que também servirá como espécie de “reboot” para os longas do universo compartilhado da editora nos cinemas. Só que por mais que os fãs estejam empolgados, é bom lembrar que fazer a obra sair do papel foi um desafio e tanto.

Um bom exemplo disso é que ele só chega aos cinemas quase 9 anos após seu primeiro anúncio, feito pela Warner Bros, responsável pelos filmes da DC. Uma série de problemas, como trocas constantes de diretores, a Covid-19 e até mesmo o comportamento de quem interpreta o herói atrapalharam bastante a sua produção e resultou em vários adiamentos.

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A seguir, vamos te explicar como foi a conturbada produção de “The Flash”. As informações são dos sites Wikipedia, Digital Spy, The Hollywood Reporter e People.

Constante troca de diretores

“The Flash” foi anunciado pela primeira vez em outubro de 2014, junto de várias outras produções para o universo de filmes da DC, como dois filmes da Liga da Justiça, Esquadrão Suicida, Mulher-Maravilha, Aquaman, Shazam e Cyborg.

A confirmação de Ezra Miller como intérprete do velocista escarlate veio em seguida e o filme seria lançado em 23 de março de 2018. Por se tratar de um universo compartilhado, assim como a Marvel já vinha fazendo, o Flash fez algumas participações especiais em outras produções antes de estrelar seu próprio longa.

Meses mais tarde, em abril de 2015, Phil Lord e Christopher Miller passaram a desenvolver o roteiro do filme e chegaram a ser cogitados como diretores. No entanto, acabaram optando por dirigir “Solo: Uma História Star Wars” e permaneceram apenas como roteiristas.

Em outubro do mesmo ano, Seth Grahame-Smith foi o escolhido para a direção de ‘The Flash” e Zack Snyder, junto de sua esposa, seriam os produtores. As coisas pareciam ir bem, já que em fevereiro de 2016, a Warner Bros anunciou que o filme teria seu lançamento adiantado em uma semana: chegaria aos cinemas em 16 de março de 2018.

No entanto, foi a partir daí que a produção de “The Flash” passou a enfrentar inúmeros problemas e se tornou pra lá de conturbada.

Em abril de 2016, Grahame-Smith deixou a direção por diferenças criativas – apesar da expectativa de que continuasse envolvido com o projeto de outra maneira. A Warner Bros ainda continuava a trabalhar com o roteiro desenvolvido por Lord e Miller. 

Em junho, Rick Famuyiwa foi escolhido para ser o novo diretor. O cineasta fez algumas mudanças no roteiro e chegou a escolher alguns nomes para o elenco: Kiersey Clemons para viver Iris West, interesse amoroso do herói, e Billy Crudup para interpretar Barry Allen, o pai do velocista.

Os dois atores, inclusive, gravaram participações especiais para “Liga da Justiça”, lançado em 2017. Crudup apareceu na versão exibida nos cinemas, enquanto Clemons só deu as caras no famoso “Snyder Cut” do filme, disponibilizado no HBO Max em 2021.

No entanto, em outubro, Famuyiwa também abandonou o posto pelo mesmo motivo do seu antecessor: diferenças criativas. Pelo que foi divulgado na época, a Warner Bros não teria ficado satisfeita com a abordagem mais madura que o cineasta desejava para o filme.

Sem outra escolha, a Warner Bros teve de deixar “The Flash” sem uma data de lançamento e colocou o filme na geladeira por um tempo. 

Em 2017, o estúdio decidiu rever o projeto e anunciou que o filme solo do velocista escarlate seria baseado na famosa HQ “Flashpoint” – também conhecida como “Ponto de Ignição” no Brasil – e passaria a ter o mesmo nome da publicação.

Nesta história, o Flash volta no tempo para impedir o assassinato de sua mãe, mas suas ações resultam na criação de uma linha do tempo bem alternativa. 

Apenas em 2018 que a Warner revelou os novos diretores do filme: Francis Daley e Jonathan Goldstein. No entanto, junto do anúncio, o estúdio revelou que o título voltaria a ser apenas “The Flash”, um indicativo de que não havia mais planos para adaptar “Flashpoint”.

A ideia era iniciar as filmagens no início de 2019, mas elas tiveram de ser adiadas por conta do envolvimento de Ezra Miller com a franquia “Animais Fantásticos”, que também pertence à Warner Bros nos cinemas.

Além disso, mais um problema surgiu: Ezra não gostou da aproximação mais leve que Daley e Goldstein queriam para o filme. A insatisfação foi tamanha a ponto de Miller juntar forças com o renomado quadrinista Grant Morrison e desenvolver, com autorização da Warner, um novo roteiro para o filme.

No entanto, em maio de 2019, o roteiro criado por Miller foi rejeitado pelo estúdio, que preferiu a versão de Daley e Goldstein.  Mas adivinha? Dois meses depois, os dois diretores abandonaram o projeto, mais uma vez, por diferenças criativas. 

Pandemia empaca “The Flash”

Apenas em novembro de 2019, cinco anos após o primeiro anúncio do filme, que o projeto, enfim, conseguiu encontrar seu diretor: Andy Muschietti, que estava em alta por conta do sucesso de “It: A Coisa”. A irmã do cineasta, Barbara, seria uma das produtoras.

Em janeiro de 2020, Muschietti confirmou que “The Flash” adaptaria a HQ “Flashpoint”, mas com algumas diferenças em relação ao material original. Além disso, a nova data de estreia do filme foi divulgada: 1º de julho de 2022.

Quando parecia que as coisas haviam acalmado para a produção “The Flash”, eis que surgiu um problema de força maior: a pandemia da Covid-19. Como sabemos, inúmeros filmes que estavam em produção tiveram de paralisar suas atividades; com “The Flash”, não foi diferente. 

Durante o período, a produção aproveitou para divulgar muitas novidades animadoras e surpreendentes sobre o filme, como o retorno de Michael Keaton no papel do Batman e que o longa seria uma espécie de reboot da franquia, algo que a Warner Bros já desejava fazer.

Uma curiosidade que vale ser citada é que por conta do distanciamento social causado pela pandemia, muitos dos testes realizados para a escolha do elenco ocorreram pelo Zoom. 

As filmagens começaram em abril de 2021 e foram concluídas seis meses mais tarde. A Warner rearranjou as datas de lançamento de seus filmes por conta da pandemia e “The Flash” ficou com sua estreia marcada para 23 de junho de 2023.

O comportamento de Ezra Miller

No entanto, quando tudo parecia ter se tranquilizado e normalizado, eis que o comportamento de Ezra Miller colocou mais um ponto de interrogação sobre o projeto.

A primeira polêmica envolvendo o nome da estrela surgiu em abril de 2020. Na ocasião, foi divulgado um vídeo no qual Ezra enforca uma mulher do lado de fora de um bar em Reykjavik, capital da Islândia.

A Variety conversou com uma pessoa que presenciou o ocorrido. A fonte confirmou que se tratou mesmo de uma briga e que Miller precisou ser retirado do local por seguranças, devido à sua irritação.

Apenas dois anos mais tarde que a situação foi devidamente explicada. Também para a Variety, a mulher enforcada pelo ator afirmou que chamou Miller para brigar apenas de brincadeira, o que gerou irritação devido a uma amiga que fazia provocações.

Quando parecia que este havia sido apenas um episódio esporádico, Ezra Miller voltou a causar polêmica – e até preocupação – nos primeiros meses de 2022. Em janeiro, a esrela postou nas redes sociais um vídeo no qual fazia ameaças de morte a membros do grupo supremacista e racista Ku Klux Klan.

“Vejam, se vocês querem morrer, sugiro que matem vocês mesmos com suas próprias armas, ok? Senão, continuem fazendo o que estão fazendo agora – vocês sabem do que estou falando – que, vocês sabem, vou fazer isso por vocês, se é isso que realmente querem. Falo com vocês em breve, até mais.”

A partir daí, Miller envolveu seu nome em outras polêmicas e até problemas com a Justiça. Em um intervalo de poucos meses, chegou a ir para a cadeia duas vezes no Havaí por conduta inadequada e assédio, recebeu uma ordem judicial para ficar longe da ativista Tokata Iron Eyes (com quem manteve contato por alguns anos) e uma acusação de invadir e furtar bebidas alcoólicas de uma casa.

Outro caso que gerou muita polêmica ocorreu após Miller ter abrigado uma mulher, que conheceu no Havaí, e seus três filhos pequenos em sua fazenda, que fica no estado americano de Vermont. A estrela teria deixado diversas armas em locais de fácil acesso para as crianças – incluindo um incidente em que uma delas teria colocado uma bala em sua boca – e feito uso de maconha frequentemente na frente delas. 

“The Flash” volta aos eixos

De qualquer forma, nem seria preciso te lembrar que todos esses acontecimentos deixaram a Warner Bros e os fãs da DC com a pulga atrás da orelha.

Em 11 de agosto de 2022, o The Hollywood Reporter divulgou uma reportagem na qual a Warner, após todos esses episódios envolvendo o ator, passou a considerar três cenários para o futuro de “The Flash”:

  • Ezra Miller procurar ajuda para seus problemas, conceder uma entrevista se explicando – mas fazendo poucas aparições para promover o filme – e o longa estrearia normalmente nos cinemas;
  • Se Miller não procurasse ajuda, o estúdio ainda lançaria o filme, mas a estrela não participaria de qualquer evento de divulgação e marketing e não continuaria no papel para novos projetos;
  • Se Miller continuasse se envolvendo em problemas e polêmicas, o filme seria cancelado. Esta opção era a última das três, pois descartaria um projeto orçado em US$ 200 milhões, sem falar que a Warner Bros havia acabado de cancelar “Batgirl”; “The Flash” era a chave para o futuro da DC nos cinemas.

Cinco dias mais tarde, em 16 de agosto, Ezra Miller, aparentemente, topou pela primeira opção. Para a People, explicou a causa do seu comportamento, revelou que estava se tratando e se desculpou pelos acontecimentos dos últimos meses.

“Passei recentemente por um período de intensa crise e agora, entendi que estou sofrendo com problemas complexos de saúde mental e comecei meu tratamento. Quero me desculpar a todos que ficaram alarmados e chateados com meu comportamento passado. Estou comprometido a fazer o trabalho necessário para voltar a um estágio saudável, seguro e produtivo da minha vida.”

Ainda segundo o THR, Miller se “assombrou” com a possibilidade de cancelamento do filme e chegou a se encontrar pessoalmente com a diretoria da Warner. Na ocasião, se desculpou tanto por seu comportamento quanto por ter envolvido o filme nestas polêmicas. 

Com toda essa turbulência passada, agora os fãs do velocista escarlate podem respirar mais aliviados. Além disso, as primeiras exibições de “The Flash” foram consideradas positivas, o que fez o filme ter sua data de estreia adiantada em uma semana (no Brasil, chega aos cinemas em 15 de junho). Os trailers só deixaram os fãs ainda mais animados e empolgados.

Agora, só nos resta esperar para descobrirmos se “The Flash” vai ser mesmo um grande sucesso – e que Ezra Miller tenha deixado todos esses problemas para trás. 

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Augusto Ikeda
Augusto Ikedahttp://www.igormiranda.com.br
Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Atua no mercado desde 2013 e já realizou trabalhos como assessor de imprensa, redator, repórter web e analista de marketing. É fã de esportes, tecnologia, música e cultura pop, mas sempre aberto a adquirir qualquer tipo de conhecimento.

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Longa foi confirmado em 2014, mas diversos problemas fizeram sua estreia ser possível apenas em 2023

Chegou a vez de um dos heróis mais queridos e populares da DC estrelar seu próprio filme solo: “The Flash”, que também servirá como espécie de “reboot” para os longas do universo compartilhado da editora nos cinemas. Só que por mais que os fãs estejam empolgados, é bom lembrar que fazer a obra sair do papel foi um desafio e tanto.

Um bom exemplo disso é que ele só chega aos cinemas quase 9 anos após seu primeiro anúncio, feito pela Warner Bros, responsável pelos filmes da DC. Uma série de problemas, como trocas constantes de diretores, a Covid-19 e até mesmo o comportamento de quem interpreta o herói atrapalharam bastante a sua produção e resultou em vários adiamentos.

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Constante troca de diretores

“The Flash” foi anunciado pela primeira vez em outubro de 2014, junto de várias outras produções para o universo de filmes da DC, como dois filmes da Liga da Justiça, Esquadrão Suicida, Mulher-Maravilha, Aquaman, Shazam e Cyborg.

A confirmação de Ezra Miller como intérprete do velocista escarlate veio em seguida e o filme seria lançado em 23 de março de 2018. Por se tratar de um universo compartilhado, assim como a Marvel já vinha fazendo, o Flash fez algumas participações especiais em outras produções antes de estrelar seu próprio longa.

Meses mais tarde, em abril de 2015, Phil Lord e Christopher Miller passaram a desenvolver o roteiro do filme e chegaram a ser cogitados como diretores. No entanto, acabaram optando por dirigir “Solo: Uma História Star Wars” e permaneceram apenas como roteiristas.

Em outubro do mesmo ano, Seth Grahame-Smith foi o escolhido para a direção de ‘The Flash” e Zack Snyder, junto de sua esposa, seriam os produtores. As coisas pareciam ir bem, já que em fevereiro de 2016, a Warner Bros anunciou que o filme teria seu lançamento adiantado em uma semana: chegaria aos cinemas em 16 de março de 2018.

No entanto, foi a partir daí que a produção de “The Flash” passou a enfrentar inúmeros problemas e se tornou pra lá de conturbada.

Em abril de 2016, Grahame-Smith deixou a direção por diferenças criativas – apesar da expectativa de que continuasse envolvido com o projeto de outra maneira. A Warner Bros ainda continuava a trabalhar com o roteiro desenvolvido por Lord e Miller. 

Em junho, Rick Famuyiwa foi escolhido para ser o novo diretor. O cineasta fez algumas mudanças no roteiro e chegou a escolher alguns nomes para o elenco: Kiersey Clemons para viver Iris West, interesse amoroso do herói, e Billy Crudup para interpretar Barry Allen, o pai do velocista.

Os dois atores, inclusive, gravaram participações especiais para “Liga da Justiça”, lançado em 2017. Crudup apareceu na versão exibida nos cinemas, enquanto Clemons só deu as caras no famoso “Snyder Cut” do filme, disponibilizado no HBO Max em 2021.

No entanto, em outubro, Famuyiwa também abandonou o posto pelo mesmo motivo do seu antecessor: diferenças criativas. Pelo que foi divulgado na época, a Warner Bros não teria ficado satisfeita com a abordagem mais madura que o cineasta desejava para o filme.

Sem outra escolha, a Warner Bros teve de deixar “The Flash” sem uma data de lançamento e colocou o filme na geladeira por um tempo. 

Em 2017, o estúdio decidiu rever o projeto e anunciou que o filme solo do velocista escarlate seria baseado na famosa HQ “Flashpoint” – também conhecida como “Ponto de Ignição” no Brasil – e passaria a ter o mesmo nome da publicação.

Nesta história, o Flash volta no tempo para impedir o assassinato de sua mãe, mas suas ações resultam na criação de uma linha do tempo bem alternativa. 

Apenas em 2018 que a Warner revelou os novos diretores do filme: Francis Daley e Jonathan Goldstein. No entanto, junto do anúncio, o estúdio revelou que o título voltaria a ser apenas “The Flash”, um indicativo de que não havia mais planos para adaptar “Flashpoint”.

A ideia era iniciar as filmagens no início de 2019, mas elas tiveram de ser adiadas por conta do envolvimento de Ezra Miller com a franquia “Animais Fantásticos”, que também pertence à Warner Bros nos cinemas.

Além disso, mais um problema surgiu: Ezra não gostou da aproximação mais leve que Daley e Goldstein queriam para o filme. A insatisfação foi tamanha a ponto de Miller juntar forças com o renomado quadrinista Grant Morrison e desenvolver, com autorização da Warner, um novo roteiro para o filme.

No entanto, em maio de 2019, o roteiro criado por Miller foi rejeitado pelo estúdio, que preferiu a versão de Daley e Goldstein.  Mas adivinha? Dois meses depois, os dois diretores abandonaram o projeto, mais uma vez, por diferenças criativas. 

Pandemia empaca “The Flash”

Apenas em novembro de 2019, cinco anos após o primeiro anúncio do filme, que o projeto, enfim, conseguiu encontrar seu diretor: Andy Muschietti, que estava em alta por conta do sucesso de “It: A Coisa”. A irmã do cineasta, Barbara, seria uma das produtoras.

Em janeiro de 2020, Muschietti confirmou que “The Flash” adaptaria a HQ “Flashpoint”, mas com algumas diferenças em relação ao material original. Além disso, a nova data de estreia do filme foi divulgada: 1º de julho de 2022.

Quando parecia que as coisas haviam acalmado para a produção “The Flash”, eis que surgiu um problema de força maior: a pandemia da Covid-19. Como sabemos, inúmeros filmes que estavam em produção tiveram de paralisar suas atividades; com “The Flash”, não foi diferente. 

Durante o período, a produção aproveitou para divulgar muitas novidades animadoras e surpreendentes sobre o filme, como o retorno de Michael Keaton no papel do Batman e que o longa seria uma espécie de reboot da franquia, algo que a Warner Bros já desejava fazer.

Uma curiosidade que vale ser citada é que por conta do distanciamento social causado pela pandemia, muitos dos testes realizados para a escolha do elenco ocorreram pelo Zoom. 

As filmagens começaram em abril de 2021 e foram concluídas seis meses mais tarde. A Warner rearranjou as datas de lançamento de seus filmes por conta da pandemia e “The Flash” ficou com sua estreia marcada para 23 de junho de 2023.

O comportamento de Ezra Miller

No entanto, quando tudo parecia ter se tranquilizado e normalizado, eis que o comportamento de Ezra Miller colocou mais um ponto de interrogação sobre o projeto.

A primeira polêmica envolvendo o nome da estrela surgiu em abril de 2020. Na ocasião, foi divulgado um vídeo no qual Ezra enforca uma mulher do lado de fora de um bar em Reykjavik, capital da Islândia.

A Variety conversou com uma pessoa que presenciou o ocorrido. A fonte confirmou que se tratou mesmo de uma briga e que Miller precisou ser retirado do local por seguranças, devido à sua irritação.

Apenas dois anos mais tarde que a situação foi devidamente explicada. Também para a Variety, a mulher enforcada pelo ator afirmou que chamou Miller para brigar apenas de brincadeira, o que gerou irritação devido a uma amiga que fazia provocações.

Quando parecia que este havia sido apenas um episódio esporádico, Ezra Miller voltou a causar polêmica – e até preocupação – nos primeiros meses de 2022. Em janeiro, a esrela postou nas redes sociais um vídeo no qual fazia ameaças de morte a membros do grupo supremacista e racista Ku Klux Klan.

“Vejam, se vocês querem morrer, sugiro que matem vocês mesmos com suas próprias armas, ok? Senão, continuem fazendo o que estão fazendo agora – vocês sabem do que estou falando – que, vocês sabem, vou fazer isso por vocês, se é isso que realmente querem. Falo com vocês em breve, até mais.”

A partir daí, Miller envolveu seu nome em outras polêmicas e até problemas com a Justiça. Em um intervalo de poucos meses, chegou a ir para a cadeia duas vezes no Havaí por conduta inadequada e assédio, recebeu uma ordem judicial para ficar longe da ativista Tokata Iron Eyes (com quem manteve contato por alguns anos) e uma acusação de invadir e furtar bebidas alcoólicas de uma casa.

Outro caso que gerou muita polêmica ocorreu após Miller ter abrigado uma mulher, que conheceu no Havaí, e seus três filhos pequenos em sua fazenda, que fica no estado americano de Vermont. A estrela teria deixado diversas armas em locais de fácil acesso para as crianças – incluindo um incidente em que uma delas teria colocado uma bala em sua boca – e feito uso de maconha frequentemente na frente delas. 

“The Flash” volta aos eixos

De qualquer forma, nem seria preciso te lembrar que todos esses acontecimentos deixaram a Warner Bros e os fãs da DC com a pulga atrás da orelha.

Em 11 de agosto de 2022, o The Hollywood Reporter divulgou uma reportagem na qual a Warner, após todos esses episódios envolvendo o ator, passou a considerar três cenários para o futuro de “The Flash”:

  • Ezra Miller procurar ajuda para seus problemas, conceder uma entrevista se explicando – mas fazendo poucas aparições para promover o filme – e o longa estrearia normalmente nos cinemas;
  • Se Miller não procurasse ajuda, o estúdio ainda lançaria o filme, mas a estrela não participaria de qualquer evento de divulgação e marketing e não continuaria no papel para novos projetos;
  • Se Miller continuasse se envolvendo em problemas e polêmicas, o filme seria cancelado. Esta opção era a última das três, pois descartaria um projeto orçado em US$ 200 milhões, sem falar que a Warner Bros havia acabado de cancelar “Batgirl”; “The Flash” era a chave para o futuro da DC nos cinemas.

Cinco dias mais tarde, em 16 de agosto, Ezra Miller, aparentemente, topou pela primeira opção. Para a People, explicou a causa do seu comportamento, revelou que estava se tratando e se desculpou pelos acontecimentos dos últimos meses.

“Passei recentemente por um período de intensa crise e agora, entendi que estou sofrendo com problemas complexos de saúde mental e comecei meu tratamento. Quero me desculpar a todos que ficaram alarmados e chateados com meu comportamento passado. Estou comprometido a fazer o trabalho necessário para voltar a um estágio saudável, seguro e produtivo da minha vida.”

Ainda segundo o THR, Miller se “assombrou” com a possibilidade de cancelamento do filme e chegou a se encontrar pessoalmente com a diretoria da Warner. Na ocasião, se desculpou tanto por seu comportamento quanto por ter envolvido o filme nestas polêmicas. 

Com toda essa turbulência passada, agora os fãs do velocista escarlate podem respirar mais aliviados. Além disso, as primeiras exibições de “The Flash” foram consideradas positivas, o que fez o filme ter sua data de estreia adiantada em uma semana (no Brasil, chega aos cinemas em 15 de junho). Os trailers só deixaram os fãs ainda mais animados e empolgados.

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