O uso de inteligência artificial em música é um assunto quente. O guitarrista do Chic, Nile Rodgers, resolveu dar sua opinião sobre os benefícios criativos da tecnologia.
O músico e produtor americano abordou o assunto durante entrevista para o tabloide inglês Daily Star (via American Songwriter). Na ocasião, falou que a responsabilidade sobre o uso de IA deveria ficar com os artistas. Ele disse:
“Agora precisamos deixas as coisas rolarem, porque não deveríamos dizer a artistas: ‘você não pode pintar com essa cor’. Não podemos fazer isso. É preciso deixar artistas descobrirem o que é certo e eu acredito que todos conseguimos distinguir certo de errado e iremos entender – isso é certo, aquilo é errado.”
Rodgers ainda caracterizou a polêmica em si como tempestade em copo d’água. Porém, destacou que a arte criada por IA pode gerar um subgênero próprio. Segundo o músico:
“Assim como nos Oscars tem animação e pessoas reais, e tem documentários.”
Nile Rodgers e as “coisas falsas” na música
Ainda durante o bate-papo, Nile Rodgers traçou um paralelo com a discussão há décadas sobre a introdução de instrumentos sintéticos no mundo da música. Ele falou:
“Eu ouço pessoas falando sobre coisas falsas. Isso soa como ruído pra mim. Soa como o ruído que estamos ouvindo todas nossas vidas. A bateria eletrônica e o sequenciador têm sido ótimas ferramentas. Existem bandas que nunca teriam feito um disco se não fosse por um sequenciador.”
Por fim, apontou um desejo por uma conversa voltada para assuntos mais urgentes:
“Se é para ter uma conversa relevante mesmo, falemos de compositores recebendo compensação adequada.”
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