Após 5 anos desde a última passagem por Belo Horizonte, o Red Fang retornou à cidade, uma das escolhidas para receber a sua turnê pela América Latina. Além de BH, o quarteto incluiu na excursão as cidades de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.
A banda americana de stoner metal se apresentou na sexta-feira (5) no Mister Rock. Inicialmente, o show produzido por Xaninho Discos e Caveira Velha Produções aconteceria no Caverna Rock Pub, mas houve uma alteração para que o local pudesse atender melhor o público.
O Red Fang dividiu o palco com o grupo All is Allowed, de Campinas, responsável por abrir todas as datas do grupo no Brasil. Quem também se apresentou antes da atração principal foi o Black Feather Klan, banda de stoner/doom metal formada em Belo Horizonte.
Correspondendo às expectativas altas, Bryan Giles (voz e guitarra), Aaron Beam (voz e baixo), David Sullivan (guitarra) e John Sherman (bateria) entregaram um show enérgico e de pura simpatia. Extremamente pontuais, eles começaram a tocar às 21h, horário anunciado previamente, com uma sequência de 12 músicas que se encerrou com “Prehistoric Dog” — esta, aliás, foi uma das mais aclamadas pelo público e fez a galera se jogar (literalmente), impulsionada pelo riff veloz.
Ao fim das 12 canções citadas, os integrantes deixaram o palco e, como era de se esperar, voltaram para tocar as duas últimas: “Hank is Dead” e “Throw Up”. Assim, o show se encerrou com uma atmosfera sombria com o som que carrega o peso dos vocais de Bryan Giles.
Aliás, em meio ao som pesado — ora arrastado, ora veloz —, chamou atenção a dinâmica de vocais. O revezamento entre Giles e Beam provoca uma oscilação de climas muito interessante. A voz de Giles marca os momentos mais obscuros da performance, enquanto Beam oferece uma melodia sutilmente áspera.
Embora seja o seu lançamento mais recente, o álbum “Arrows” (2021) foi pouco contemplado neste show, com apenas a faixa-título sendo tocada. Por sua vez, o disco que o grupo mais priorizou foi o “Murder the Mountains” (2011), com sete representantes — metade do setlist. Faixas já clássicas, como “Malverde”, “Number Thirteen” e a já citada “Hank is Dead”, fizeram parte do repertório. Um dos auges da noite ocorreu durante o breakdown que rola em “Wires”, e a plateia soltou a voz nesse trecho da música.
Com a casa relativamente cheia, o baixista Aaron Beam prestou uma singela homenagem aos mineiros quando se referiu a uma das nossas maiores paixões, o pão de queijo. E o público não deixou a desejar! Alguns até se animaram a subir no palco para mergulhar na plateia, fazendo o famoso stage diving. Também não poderia faltar o bom e velho mosh — neste caso, em alguns momentos a roda acompanhou o ritmo arrastado típico do estilo.
Após ter passado por Porto Alegre, Curitiba e São Paulo (um dia após Belo Horizonte), o Red Fang se apresenta neste domingo (7) no Rio de Janeiro. Cinco shows em cinco dias, numa agenda apertada. A partir daí, o grupo segue viagem rumo à Argentina, Chile e México.
Repertório:
- Blood Like Cream
- Malverde
- Crows in Swine
- Arrows
- Into the Eye
- Antidote
- Wires
- Number Thirteen
- Humans Remain Human Remains
- Sharks
- Dirt Wizard
- Prehistoric Dog
Bis:
- Hank Is Dead
- Throw Up
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