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Metallica abraça imperfeições e soa carregado em “72 Seasons”

Ainda que peque em falta de variação e acomodação de Kirk Hammett, novo álbum da gigante do metal traz momentos de impacto e evidencia genialidade de James Hetfield

O que acontece quando o Metallica, uma banda conhecida por nunca olhar para trás, resolve… olhar para trás? De que forma um álbum cujo título busca referenciar “os 18 anos da vida de alguém”, segundo o vocalista e guitarrista James Hetfield, consegue abordar temas ao mesmo tempo tão históricos e tão atuais na vida deste próprio músico?

“72 Seasons” é movido por paradoxos. A começar por sua contagem na discografia: é o décimo primeiro ou décimo segundo álbum da maior banda de heavy metal do planeta? A resposta inicial é a correta se desconsiderarmos “Lulu”, parceria com Lou Reed. Mas será que os integrantes consideram o controverso disco de 2011 um item à parte de seu catálogo?

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Em meio a tantas perguntas sem resposta, um fato precisa ser destacado. Este novo registro é, certamente, o mais pessoal da carreira de Hetfield. Ao explicar o título (“72 estações”, ou “18 anos”), o frontman e principal letrista do grupo afirma que “a maior parte das experiências na vida adulta são reencenações ou reações a experiências dos primeiros 18 anos de vida”. Tal conceito guia, ainda que de forma vaga, praticamente todas as temáticas abordadas aqui.

James, como todo fã diehard sabe, teve uma infância difícil: veio de família relativamente humilde, viu seus pais se divorciarem quando tinha 13 anos e perdeu a mãe para o câncer – e para a crença na Ciência Cristã, que a impedia de procurar o devido tratamento – três anos depois. Formou com o baterista Lars Ulrich o Metallica, salvação de sua vida, antes dos 20 e não demorou tanto até se tornar um astro do rock. Tamanha exposição trouxe consequências graves: o vício em fama, que ele próprio alega ter, e o alcoolismo, responsável por colocá-lo em reabilitação mais de uma vez (a mais recente em 2019). No entendimento do músico, os problemas de hoje acontecem por conta da personalidade moldada lá na infância e adolescência.

Velhos tempos, velhos problemas

“72 Seasons” olha, sim, para trás. De forma tímida, abrange as origens do próprio Metallica. As timbragens de guitarra são ardidas como pedia o heavy metal oitentista. Os vocais carregam um pouco mais de efeito, remetendo ao período em que a banda gravou seus álbuns mais clássicos. O primeiro single “Lux Æterna” talvez seja o melhor exemplo disso: embebida por riffs típicos da New Wave of British Heavy Metal (NWOBHM), a faixa praticamente descreve a sensação que um apaixonado por som pesado tem ao ouvir uma canção do estilo.

Mas as referências sonoras ao passado são tímidas – ainda bem, porque seria feio ouvir um bando de caras de 60 anos se limitando a tentar emular o som que faziam aos 20 e poucos. Faixas cadenciadas como “You Must Burn!” e “Crown of Barbed Wire” são descendentes diretas do álbum “Hardwired… To Self-Destruct” (2016) – ainda que a primeira citada tente repetir “Sad But True” –, enquanto “Chasing Light” e a canção-título remetem ao injustiçado “Death Magnetic” (2008).

Estamos diante de uma banda na ativa há quatro décadas, o que tem seus prós e contras. No aspecto negativo, não dá para deixar de falar sobre Kirk Hammett. Até os fãs mais dedicados reconhecem (e reclamam) que o guitarrista soa cada vez mais preguiçoso. Na maioria das faixas, ele só é ouvido nos solos – muitas vezes limitados a improvisos, replicando clichês e trechos de outras criações passadas. Quase não contribui com arranjos, licks, introduções… nada. Beira o vergonhoso ouvir seus solos em “Shadows Follow”, “Lux Æterna”, “Chasing Light” e “Too Far Gone?”.

E parece que o próprio Hammett não entende o problema, já que, em recente entrevista, resolveu rebater as críticas dizendo que não precisa desfilar técnicas para criar um bom solo. Mas ninguém está exigindo isso dele; apenas mais criatividade e menos acomodação.

Com a ausência criativa de Kirk e a abertura reduzida para a colaboração do baixista Robert Trujillo (espaço que Jason Newsted também não tinha), “72 Seasons” perde bastante em variação, camadas, texturas. Muitas músicas têm o mesmo tom e apresentam riffs não muito diferentes entre si.

Por vezes, quem salva o dia é – veja só – o criticado Lars Ulrich, que busca ritmos diferente em sua reconhecidamente limitada performance na bateria. Mas se tudo no Metallica sempre girou muito em torno do talento incontestável de James Hetfield, neste novo álbum o desgaste da fórmula “toca pro camisa 10” fica mais aparente do que nunca – talvez por ter muitas faixas mais longas, onde variações são muito bem-vindas.

72 estações, incontáveis méritos

Ainda assim, nem tudo em “72 Seasons” é problema. Mesmo com as repetições e a falta de camadas criativas, o álbum traz momentos de impacto. E, nesse sentido, foi acertada a escolha dos quatro singles divulgados anteriormente ao trabalho completo, já que são algumas das melhores canções do disco.

A começar pela enérgica faixa-título, que traz uma das performances de guitarra mais intensas da carreira de James Hetfield – abençoada seja a mão direita deste cidadão. “Lux Æterna”, com a já mencionada influência da NWOBHM, deve entrar para o repertório dos shows para nunca mais sair. “Screaming Suicide”, cuja letra rompe com vários tabus, acerta ao oferecer uma das poucas variações de tom em um álbum tomado pelo mi menor; seria ainda melhor se Kirk Hammett não soasse completamente perdido no solo. E “If Darkness Had a Son” tem o verso mais interessante de todo o trabalho, cortesia do entrosamento inimitável de Hetfield e Lars Ulrich.

Porém, há vida fora do quarteto principal de músicas promocionais. Para além dos riffs pesados, “Shadows Follow” chama atenção pelo refrão grudento, com direito a dobra vocal aguda. “Sleepwalk My Life Away” tem Robert Trujillo na cara do ouvinte, com direito a contar com o baixo na introdução – algo raríssimo no catálogo do grupo.

E a trinca final da tracklist composta por “Too Far Gone?”, “Room of Mirrors” e “Inamorata” é digna de nota por mostrar, cada uma a seu modo, que todos podem encontrar luz no fim do túnel. A primeira, com reflexões sobre superar o alcoolismo um dia de cada vez e ligeiros momentos positivos no refrão. A segunda, mostrando que só dá para superar os problemas ao enfrentá-los face a face. A terceira e última, com 11 minutos de duração e passagens lentinhas também incomuns na trajetória da banda, traz James vociferando: “a tristeza me preenche, mas não é por ela que eu vivo”.

Imperfeito, no fim das contas

O Metallica nunca buscou ser perfeito. Acertou quando não tinha essa intenção; errou quando tentou acertar. Não se acomodou e tentou, ao máximo, fazer um álbum diferente do outro. Isso ofereceu aos fãs uma discografia com altos e baixos, mas repleta de variações, nuances, cores.

Apesar da luz do fim do túnel encontrada nas faixas finais, “72 Seasons” é incrivelmente obscuro. Um álbum denso e desafiador para o ouvinte. Em tempos onde o público está cada vez mais acostumado ao consumo imediato de arte, ter uma banda desse porte lançando um trabalho tão carregado é um convite para a boa e velha atividade de se desligar de tudo, colocar fones de ouvido e simplesmente ouvir música.

Estamos diante de um disco que não é o melhor, nem o pior de seus autores. Soa mais interessante do que “Load” (1996), “Reload” (1997), “St. Anger” (2003) e “Hardwired… To Self-Destruct” (2016). Com uma dinâmica mais colaborativa, poderia ter superado “Death Magnetic” (2008). Não faz frente aos clássicos oitentistas ou ao “Black Album” (1991), mas também não faz feio.

Aqui, as imperfeições residem justamente nos momentos de maior acomodação. Várias músicas repetindo a mesma tonalidade, riffs que remetem a canções de outros álbuns, Kirk Hammett mais tropeçando do que acertando.

Mas ninguém precisa ser inovador o tempo todo. Nenhuma banda precisa sempre lançar um álbum clássico. Até porque ninguém consegue. Às vezes, tudo o que queremos é colocar algo pra fora. Isso, inegavelmente, foi feito pelo Metallica em “72 Seasons”.

Ouça “72 Seasons” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.

O álbum está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!

Metallica – “72 Seasons”

  1. 72 Seasons
  2. Shadows Follow
  3. Screaming Suicide
  4. Sleepwalk My Life Away
  5. You Must Burn!
  6. Lux Æterna
  7. Crown Of Barbed Wire
  8. Chasing Light
  9. If Darkness Had A Son
  10. Too Far Gone?
  11. Room Of Mirrors
  12. Inamorata

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Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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Ainda que peque em falta de variação e acomodação de Kirk Hammett, novo álbum da gigante do metal traz momentos de impacto e evidencia genialidade de James Hetfield

O que acontece quando o Metallica, uma banda conhecida por nunca olhar para trás, resolve… olhar para trás? De que forma um álbum cujo título busca referenciar “os 18 anos da vida de alguém”, segundo o vocalista e guitarrista James Hetfield, consegue abordar temas ao mesmo tempo tão históricos e tão atuais na vida deste próprio músico?

“72 Seasons” é movido por paradoxos. A começar por sua contagem na discografia: é o décimo primeiro ou décimo segundo álbum da maior banda de heavy metal do planeta? A resposta inicial é a correta se desconsiderarmos “Lulu”, parceria com Lou Reed. Mas será que os integrantes consideram o controverso disco de 2011 um item à parte de seu catálogo?

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Em meio a tantas perguntas sem resposta, um fato precisa ser destacado. Este novo registro é, certamente, o mais pessoal da carreira de Hetfield. Ao explicar o título (“72 estações”, ou “18 anos”), o frontman e principal letrista do grupo afirma que “a maior parte das experiências na vida adulta são reencenações ou reações a experiências dos primeiros 18 anos de vida”. Tal conceito guia, ainda que de forma vaga, praticamente todas as temáticas abordadas aqui.

James, como todo fã diehard sabe, teve uma infância difícil: veio de família relativamente humilde, viu seus pais se divorciarem quando tinha 13 anos e perdeu a mãe para o câncer – e para a crença na Ciência Cristã, que a impedia de procurar o devido tratamento – três anos depois. Formou com o baterista Lars Ulrich o Metallica, salvação de sua vida, antes dos 20 e não demorou tanto até se tornar um astro do rock. Tamanha exposição trouxe consequências graves: o vício em fama, que ele próprio alega ter, e o alcoolismo, responsável por colocá-lo em reabilitação mais de uma vez (a mais recente em 2019). No entendimento do músico, os problemas de hoje acontecem por conta da personalidade moldada lá na infância e adolescência.

Velhos tempos, velhos problemas

“72 Seasons” olha, sim, para trás. De forma tímida, abrange as origens do próprio Metallica. As timbragens de guitarra são ardidas como pedia o heavy metal oitentista. Os vocais carregam um pouco mais de efeito, remetendo ao período em que a banda gravou seus álbuns mais clássicos. O primeiro single “Lux Æterna” talvez seja o melhor exemplo disso: embebida por riffs típicos da New Wave of British Heavy Metal (NWOBHM), a faixa praticamente descreve a sensação que um apaixonado por som pesado tem ao ouvir uma canção do estilo.

Mas as referências sonoras ao passado são tímidas – ainda bem, porque seria feio ouvir um bando de caras de 60 anos se limitando a tentar emular o som que faziam aos 20 e poucos. Faixas cadenciadas como “You Must Burn!” e “Crown of Barbed Wire” são descendentes diretas do álbum “Hardwired… To Self-Destruct” (2016) – ainda que a primeira citada tente repetir “Sad But True” –, enquanto “Chasing Light” e a canção-título remetem ao injustiçado “Death Magnetic” (2008).

Estamos diante de uma banda na ativa há quatro décadas, o que tem seus prós e contras. No aspecto negativo, não dá para deixar de falar sobre Kirk Hammett. Até os fãs mais dedicados reconhecem (e reclamam) que o guitarrista soa cada vez mais preguiçoso. Na maioria das faixas, ele só é ouvido nos solos – muitas vezes limitados a improvisos, replicando clichês e trechos de outras criações passadas. Quase não contribui com arranjos, licks, introduções… nada. Beira o vergonhoso ouvir seus solos em “Shadows Follow”, “Lux Æterna”, “Chasing Light” e “Too Far Gone?”.

E parece que o próprio Hammett não entende o problema, já que, em recente entrevista, resolveu rebater as críticas dizendo que não precisa desfilar técnicas para criar um bom solo. Mas ninguém está exigindo isso dele; apenas mais criatividade e menos acomodação.

Com a ausência criativa de Kirk e a abertura reduzida para a colaboração do baixista Robert Trujillo (espaço que Jason Newsted também não tinha), “72 Seasons” perde bastante em variação, camadas, texturas. Muitas músicas têm o mesmo tom e apresentam riffs não muito diferentes entre si.

Por vezes, quem salva o dia é – veja só – o criticado Lars Ulrich, que busca ritmos diferente em sua reconhecidamente limitada performance na bateria. Mas se tudo no Metallica sempre girou muito em torno do talento incontestável de James Hetfield, neste novo álbum o desgaste da fórmula “toca pro camisa 10” fica mais aparente do que nunca – talvez por ter muitas faixas mais longas, onde variações são muito bem-vindas.

72 estações, incontáveis méritos

Ainda assim, nem tudo em “72 Seasons” é problema. Mesmo com as repetições e a falta de camadas criativas, o álbum traz momentos de impacto. E, nesse sentido, foi acertada a escolha dos quatro singles divulgados anteriormente ao trabalho completo, já que são algumas das melhores canções do disco.

A começar pela enérgica faixa-título, que traz uma das performances de guitarra mais intensas da carreira de James Hetfield – abençoada seja a mão direita deste cidadão. “Lux Æterna”, com a já mencionada influência da NWOBHM, deve entrar para o repertório dos shows para nunca mais sair. “Screaming Suicide”, cuja letra rompe com vários tabus, acerta ao oferecer uma das poucas variações de tom em um álbum tomado pelo mi menor; seria ainda melhor se Kirk Hammett não soasse completamente perdido no solo. E “If Darkness Had a Son” tem o verso mais interessante de todo o trabalho, cortesia do entrosamento inimitável de Hetfield e Lars Ulrich.

Porém, há vida fora do quarteto principal de músicas promocionais. Para além dos riffs pesados, “Shadows Follow” chama atenção pelo refrão grudento, com direito a dobra vocal aguda. “Sleepwalk My Life Away” tem Robert Trujillo na cara do ouvinte, com direito a contar com o baixo na introdução – algo raríssimo no catálogo do grupo.

E a trinca final da tracklist composta por “Too Far Gone?”, “Room of Mirrors” e “Inamorata” é digna de nota por mostrar, cada uma a seu modo, que todos podem encontrar luz no fim do túnel. A primeira, com reflexões sobre superar o alcoolismo um dia de cada vez e ligeiros momentos positivos no refrão. A segunda, mostrando que só dá para superar os problemas ao enfrentá-los face a face. A terceira e última, com 11 minutos de duração e passagens lentinhas também incomuns na trajetória da banda, traz James vociferando: “a tristeza me preenche, mas não é por ela que eu vivo”.

Imperfeito, no fim das contas

O Metallica nunca buscou ser perfeito. Acertou quando não tinha essa intenção; errou quando tentou acertar. Não se acomodou e tentou, ao máximo, fazer um álbum diferente do outro. Isso ofereceu aos fãs uma discografia com altos e baixos, mas repleta de variações, nuances, cores.

Apesar da luz do fim do túnel encontrada nas faixas finais, “72 Seasons” é incrivelmente obscuro. Um álbum denso e desafiador para o ouvinte. Em tempos onde o público está cada vez mais acostumado ao consumo imediato de arte, ter uma banda desse porte lançando um trabalho tão carregado é um convite para a boa e velha atividade de se desligar de tudo, colocar fones de ouvido e simplesmente ouvir música.

Estamos diante de um disco que não é o melhor, nem o pior de seus autores. Soa mais interessante do que “Load” (1996), “Reload” (1997), “St. Anger” (2003) e “Hardwired… To Self-Destruct” (2016). Com uma dinâmica mais colaborativa, poderia ter superado “Death Magnetic” (2008). Não faz frente aos clássicos oitentistas ou ao “Black Album” (1991), mas também não faz feio.

Aqui, as imperfeições residem justamente nos momentos de maior acomodação. Várias músicas repetindo a mesma tonalidade, riffs que remetem a canções de outros álbuns, Kirk Hammett mais tropeçando do que acertando.

Mas ninguém precisa ser inovador o tempo todo. Nenhuma banda precisa sempre lançar um álbum clássico. Até porque ninguém consegue. Às vezes, tudo o que queremos é colocar algo pra fora. Isso, inegavelmente, foi feito pelo Metallica em “72 Seasons”.

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  1. 72 Seasons
  2. Shadows Follow
  3. Screaming Suicide
  4. Sleepwalk My Life Away
  5. You Must Burn!
  6. Lux Æterna
  7. Crown Of Barbed Wire
  8. Chasing Light
  9. If Darkness Had A Son
  10. Too Far Gone?
  11. Room Of Mirrors
  12. Inamorata

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