Em março do ano passado, o Genesis encerrou sua carreira com um show de despedida na O2 Arena, em Londres. Nas palavras do guitarrista e baixista Mike Rutherford, a experiência de realizar a última apresentação com a banda foi “bizarra”.
O concerto fez parte da turnê “The Last Domino?”, que ficou restrita à Europa e à América do Norte. Por ser a “saideira”, o vocalista da fase inicial do grupo, Peter Gabriel, e o antigo gerente de turnês, Richard McPhail, compareceram ao evento – o que deixou as emoções ainda mais nostálgicas, como explicou Rutherford à revista Classic Rock (via Far Out Magazine).
“Foi bom depois do show ter todos, incluindo Peter e Richard, juntos no camarim. Tirando essa exceção, deixamos os bastidores restritos.”
Devido à pandemia, o grupo precisou reagendar os shows da excursão – programada inicialmente para 2020. Depois, por Rutherford ter contraído Covid-19 junto do tecladista Tony Banks e de outros membros da equipe em 2021, a banda novamente remarcou algumas das apresentações na época.
Diante desse contexto, o guitarrista ficou emocionado em ver o concerto final tomando forma, sobretudo nas últimas músicas do set, no caso, “Invisible Touch”, “I Can’t Dance”, “Dancing With the Moonlit Knight” e “The Carpet Crawlers”.
“O show foi bizarro. Eu estava bem até que vi no meu setlist que faltavam quatro músicas restantes. Ver isso impresso no papel me deixou emocionado. Mas tendo passado por todos os problemas com a Covid-19, foi muito bom ver as coisas acontecerem.”
Peter Gabriel nos bastidores com o Genesis
Como mencionado, Peter Gabriel assistiu ao show final de sua antiga banda na plateia. O cantor não subiu ao palco, mas foi saudado pelo vocalista Phil Collins antes da execução da música “Domino”.
Em entrevista à Rolling Stone, o baterista Nic Collins, filho de Phil, falou sobre o encontro realizado nos bastidores após o fim da apresentação. E revelou o que Gabriel disse sobre presenciar a história sendo encerrada diante de seus olhos.
“Ainda não nos conhecíamos pessoalmente. Ser capaz de finalmente falar com alguém que teve um impacto tão grande na vida do meu pai e, obviamente, na minha foi realmente ótimo. Ele disse que havia sido um grande show e que estava feliz por ter comparecido, pois era importante para ele também. Era o final de algo que ele participou. Peter saiu em 1975 e nunca olhou para trás. Jamais se escorou no material do Genesis. Teve uma carreira solo muito, muito bem-sucedida.”
Apesar de ter sido o encerramento de uma era, Nic garante que o clima não foi de melancolia.
“Até achei que ficaria um pouco mais emocionado e triste, mas estava feliz. Foi um ótimo show, uma bela maneira de encerrar tudo. Quando acabou nos trocamos, jantamos e todos estavam lá. Foi apenas uma grande confraternização. Tivemos sorte que a situação da Covid já não precisava de tantas precauções. Finalmente conseguimos ter pessoas nos bastidores. Durante toda a turnê, não pudemos fazer nada assim. Foi ótimo ver todos juntos e ouvir as pessoas compartilhando memórias.”
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