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O último show do Skank: a despedida que virou uma festa

Músicos mineiros se emocionaram, tocaram o público e balançaram o Mineirão na noite de seu adeus (que pode ser um até logo)

Existe um desconforto na despedida. Uma estranheza, a sensação de não saber o que fazer com o luto. A noite de 26 de março de 2023 em Belo Horizonte – quando o Skank subiu ao palco do Mineirão para se apresentar pela última vez – não foi assim.

No desdobramento das três horas de show, Samuel Rosa (voz e guitarra), Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferretti (bateria) transformaram esse adeus na celebração de sua obra e das vidas tocadas por ela.

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Foto: Gabriel Caetano

Atlético x Cruzeiro com uma só torcida

Nas horas que precederam a entrada da banda no palco, o clima era de jogo ganho. Do mesmo jeito que para uma partida de futebol, os bares ao redor do campo estavam tomados de gente. Camisetas dos times de Minas e da banda, música tocando e uma verdadeira festa.

Foto: Gabriel Caetano

Já dentro do estádio, enquanto descia as escadas para entrar na pista, vi ao redor mais de um casal se abraçando. Também havia pessoas conversando efusivamente sobre as músicas que viriam logo mais e a possibilidade do quarteto voltar a tocar um junto um dia… não era qualquer público. Foi assim até o show começar por volta das 19h30 com “Dois Rios”.

Em show do Skank, o desfile de hits é protocolar, só que com o povo comandado por Samuel, mesmo as letras mais sentimentais exalavam uma tremenda energia, com coro da primeira música até o final. Mais uma vez, o clima se misturava com o de um Atlético x Cruzeiro — com a diferença que a torcida era uma só.

Surpresas e adeus

Juro para você: todos no estádio sabiam que o bis reservava algo especial e mesmo assim a plateia não se conteve quando Milton Nascimento subiu ao palco para cantar “Resposta”. Bituca levou gente às lágrimas e, assim como aconteceu em novembro passado, teve seu nome cantado por um Mineirão lotado.

O setlist também teve suas surpresas. “Baixada News”, uma das músicas mais fortes do álbum de estreia não vinha sendo tocada nos últimos shows (aconteceu no Rio de Janeiro, em dezembro) e deixou alguns dos fãs ainda mais histriônicos. “Ali”, clássica do “Maquinarama” e uma das mais pedidas em todo lugar, também deu as caras.

Era quando se aproximavam as 23h quando tocaram a nota final. Henrique Portugal, o tecladista, parecia o mais incrédulo com o que acontecia ali. Fazia força no olhar para encarar o mar de gente.

Foi quando os quatro se juntaram para dar um tchau. Confesso que esperei que eles voltassem mais uma vez, o que não aconteceu. Mas foi como um 5×0 incontestável para o time da casa. Aquela apresentação em que a gente se esforça para achar um defeito, que se aconteceu, pouco importa.

https://www.instagram.com/p/CqTKcAAoBkU/

A noite foi registrada para um DVD. Ainda sem mais notícias. E sobre o futuro dos integrantes do Skank, adoraria escrever um monte de achismos para vocês, mas é mais prudente esperar o que vem por aí.

É possível que se encontrem mais uma vez sim. Mas por agora, é só um lugar diferente, lá depois da saideira.

https://www.instagram.com/p/CqTxZ1ZJiCL/

Skank – ao vivo em Belo Horizonte

  • Local: Estádio Governador Magalhães Pinto (Mineirão)
  • Data: 26 de março de 2023
  • Turnê: Turnê da Despedida

Repertório:

  1. Dois Rios
  2. É uma partida de futebol
  3. Esmola
  4. Pacato cidadão
  5. Uma canção é pra isso
  6. É proibido fumar (cover de Roberto Carlos)
  7. Saideira
  8. Canção noturna
  9. Ainda gosto dela
  10. Amores imperfeitos
  11. Formato Mínimo
  12. Balada do amor inabalável
  13. Ela me deixou
  14. Jackie Tequila
  15. Te ver
  16. Acima do Sol
  17. Eu Disse a Ela
  18. Três lados
  19. Vou deixar
  20. Garota nacional
  21. Mandrake e os cubanos
  22. Esquecimento
  23. Sutilmente
  24. Algo parecido
  25. Vamos fugir (cover de Gilberto Gil)

Bis:

  1. Resposta (com Milton Nascimento)
  2. Mil Acasos
  3. Ali
  4. Simplesmente
  5. O Beijo e a Reza
  6. Baixada News
  7. Tanto
  8. Mil Acasos (reprise)
  9. Sutilmente (reprise)
  10. Tão Seu

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Gabriel Caetano
Gabriel Caetano
Publicitário que escreve sobre arte e entretenimento. Desde 09 tô na internet falando do que gosto (e do que não gosto) para quem possa gostar (ou não) também.

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Existe um desconforto na despedida. Uma estranheza, a sensação de não saber o que fazer com o luto. A noite de 26 de março de 2023 em Belo Horizonte – quando o Skank subiu ao palco do Mineirão para se apresentar pela última vez – não foi assim.

No desdobramento das três horas de show, Samuel Rosa (voz e guitarra), Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferretti (bateria) transformaram esse adeus na celebração de sua obra e das vidas tocadas por ela.

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Atlético x Cruzeiro com uma só torcida

Nas horas que precederam a entrada da banda no palco, o clima era de jogo ganho. Do mesmo jeito que para uma partida de futebol, os bares ao redor do campo estavam tomados de gente. Camisetas dos times de Minas e da banda, música tocando e uma verdadeira festa.

Foto: Gabriel Caetano

Já dentro do estádio, enquanto descia as escadas para entrar na pista, vi ao redor mais de um casal se abraçando. Também havia pessoas conversando efusivamente sobre as músicas que viriam logo mais e a possibilidade do quarteto voltar a tocar um junto um dia… não era qualquer público. Foi assim até o show começar por volta das 19h30 com “Dois Rios”.

Em show do Skank, o desfile de hits é protocolar, só que com o povo comandado por Samuel, mesmo as letras mais sentimentais exalavam uma tremenda energia, com coro da primeira música até o final. Mais uma vez, o clima se misturava com o de um Atlético x Cruzeiro — com a diferença que a torcida era uma só.

Surpresas e adeus

Juro para você: todos no estádio sabiam que o bis reservava algo especial e mesmo assim a plateia não se conteve quando Milton Nascimento subiu ao palco para cantar “Resposta”. Bituca levou gente às lágrimas e, assim como aconteceu em novembro passado, teve seu nome cantado por um Mineirão lotado.

O setlist também teve suas surpresas. “Baixada News”, uma das músicas mais fortes do álbum de estreia não vinha sendo tocada nos últimos shows (aconteceu no Rio de Janeiro, em dezembro) e deixou alguns dos fãs ainda mais histriônicos. “Ali”, clássica do “Maquinarama” e uma das mais pedidas em todo lugar, também deu as caras.

Era quando se aproximavam as 23h quando tocaram a nota final. Henrique Portugal, o tecladista, parecia o mais incrédulo com o que acontecia ali. Fazia força no olhar para encarar o mar de gente.

Foi quando os quatro se juntaram para dar um tchau. Confesso que esperei que eles voltassem mais uma vez, o que não aconteceu. Mas foi como um 5×0 incontestável para o time da casa. Aquela apresentação em que a gente se esforça para achar um defeito, que se aconteceu, pouco importa.

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A noite foi registrada para um DVD. Ainda sem mais notícias. E sobre o futuro dos integrantes do Skank, adoraria escrever um monte de achismos para vocês, mas é mais prudente esperar o que vem por aí.

É possível que se encontrem mais uma vez sim. Mas por agora, é só um lugar diferente, lá depois da saideira.

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Skank – ao vivo em Belo Horizonte

  • Local: Estádio Governador Magalhães Pinto (Mineirão)
  • Data: 26 de março de 2023
  • Turnê: Turnê da Despedida

Repertório:

  1. Dois Rios
  2. É uma partida de futebol
  3. Esmola
  4. Pacato cidadão
  5. Uma canção é pra isso
  6. É proibido fumar (cover de Roberto Carlos)
  7. Saideira
  8. Canção noturna
  9. Ainda gosto dela
  10. Amores imperfeitos
  11. Formato Mínimo
  12. Balada do amor inabalável
  13. Ela me deixou
  14. Jackie Tequila
  15. Te ver
  16. Acima do Sol
  17. Eu Disse a Ela
  18. Três lados
  19. Vou deixar
  20. Garota nacional
  21. Mandrake e os cubanos
  22. Esquecimento
  23. Sutilmente
  24. Algo parecido
  25. Vamos fugir (cover de Gilberto Gil)

Bis:

  1. Resposta (com Milton Nascimento)
  2. Mil Acasos
  3. Ali
  4. Simplesmente
  5. O Beijo e a Reza
  6. Baixada News
  7. Tanto
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