Nikki Sixx detona Carmine Appice após falas sobre Mick Mars e Mötley Crüe

Sem citar nomes, baixista diz que "baterista fracassado" tenta falar pela banda e que "mídia de baixo escalão" se aproveita disso

Pelas redes sociais, o baixista do Mötley Crüe, Nikki Sixx, rebateu as declarações sobre seu ex-colega de banda, Mick Mars, feitas pelo baterista Carmine Appice (Cactus, Vanilla Fudge).

Em entrevista anterior ao Ultimate Guitar, Appice, que é amigo de Mars, disse que o guitarrista optou se aposentar da banda por estar infeliz com o retorno para a “The Stadium Tour”. Nas palavras de Carmine, Mick estaria chateado por tudo nos shows ser pré-gravado e pelo luxo excessivo de seus antigos colegas enquanto excursionavam pela América do Norte. As falas podem ser conferidas na íntegra ao fim desta matéria.

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Sem citar o nome de Appice, Sixx afirmou pelo Twitter:

“Amo como as pessoas falam em nosso nome sem falar conosco. É por isso que a mídia perdeu a credibilidade. Obviamente ao publicar mentiras, eles ganham dinheiro com publicidade e não estamos nesse jogo de clickbait. Quando a verdade vier à tona, virá de nós.”

Pouco mais de uma hora depois, em resposta a um internauta, o baixista complementou:

“Um baterista fracassado tentando falar por nós? E a mídia de baixo escalão fazendo isso girar para ganhar dinheiro com mentiras? Bem-vindo ao triste mundo novo de ‘olhe para mim, olhe para mim’.”

Em outra interação com fã, ele voltou a chamar Appice de “fracassado”. E vale uma nota de tradução: em ambas as situações, Nikki utilizou a palavra “washed up”, que não tem tradução direta para o português e não significa exatamente “fracassado”, mas refere-se a alguém que não faz mais sucesso. Ou seja, faz menção à situação atual do baterista, não à sua carreira como um todo.

“Um baterista fracassado falando pela nossa banda sem nenhum dos fatos é tão ridículo quanto a mídia de baixo escalão alimentadora de histórias sem checar os fatos. Quando você ouvir a verdade, será de nós.”

O que disse Carmine Appice

Após ter dito anteriormente que Mick Mars estava “de saco cheio” do ritmo de turnês do Mötley Crüe, grupo que retomou suas atividades após ter garantido que iria parar de vez em 2016, Carmine Appice foi além e, em entrevista ao Ultimate Guitar, garantiu que o amigo estava descontente com outros tópicos relacionados à banda. Um deles seria o uso de faixas pré-gravadas no palco, inclusive de guitarra, o que estaria deixando Mick indignado.

“Ele me disse que quando estava na The Stadium Tour (primeira turnê do Mötley Crüe após a retomada das atividades), não estava feliz. Basicamente, tudo do show já estava pré-gravado. Estava tudo planejado. E Mick é um guitarrista muito bom, então isso nunca funcionaria para ele.”

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De acordo com o baterista, “tudo está estranho há algum tempo” com o antigo grupo do guitarrista – que se incomodava com o quão nítido era o playback.

“Mick não gostou que tudo estivesse pré-gravado. Ele me disse que as pessoas percebiam que estava tudo pré-gravado. Quando você toca em um estádio como aquele, você pode ouvir muitas coisas que chegam ou não às caixas de som. Vocais, baixo, bateria, guitarra e todas as outras coisas de Vince (Neil, vocalista)… era óbvio que estava tudo gravado. E Mick ficou chateado e disse: ‘eu consigo tocar essas coisas, eu quero tocar, não quero fazer de conta que estou tocando com eles’. Então, acho que essa é uma das razões pelas quais ele saiu. Claro, a doença (esponidilite anquilosante) não ajuda a vida na turnê, mas Mick consegue tocar tudo.”

Oposição ao estilo de vida exibido

Ainda durante a entrevista, Carmine Appice disse que Mick Mars não se dava bem com os demais integrantes do Mötley Crüe. O baterista garantiu que o guitarrista não gostava do estilo de vida adotado especialmente durante a The Stadium Tour, com aviões luxuosos e despesas altas.

“Ele tinha seu próprio meio de transporte e viajava sozinho de ônibus enquanto os outros caras iam de avião para todos os lugares. Ele dizia: ‘cara, esses caras estão desperdiçando dinheiro voando para todos os shows’. Eles estavam todos ocupados ainda tentando ser rockstars e Mick só queria tocar. Mick não estava interessado em perder tempo e dinheiro voando para qualquer lugar, então ele viajava de ônibus. Eram estilos de vida diferentes, então houve muitos desentendimentos.”

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Até mesmo a decisão em estender a turnê de reunião, que percorreu recentemente a América Latina e nos próximos meses se encaminha para a Europa, deixou Mick descontente. Na visão do guitarrista, a banda deveria acabar após o fim da The Stadium Tour, realizada em 2022 na América do Norte.

“Acho que ele simplesmente se cansou. Eles deveriam ter feito sua última turnê e depois voltaram. Em seguida, eles fizeram a The Stadium Tour, que aparentemente deveria ser a última. Então, quando eles voltaram com mais shows, ele disse: ‘vocês podem fazer, mas eu não vou mais’.”

Mötley Crüe e Mick Mars

No último domingo (12), o Mötley Crüe encerrou em Hollywood a atual etapa da The World Tour, que sucede a já mencionada The Stadium Tour. Neste novo giro, o grupo percorre o planeta com o Def Leppard, mas sem Poison e Joan Jett & the Blackhearts, atrações presentes nos compromissos de 2022.

A única parada da turnê conjunta pelo Brasil aconteceu na última terça-feira (7) em São Paulo. O local do evento foi o estádio Allianz Parque. Na metade do ano, a parceria será retomada para a temporada de festivais do verão europeu.

Um suposto trabalho solo de Mick Mars vem sendo gravado há anos. John Corabi, ex-vocalista do Crüe, chegou a se envolver com o projeto. Porém, tudo havia entrado em compasso de espera com a volta da banda.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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