O guitarrista Denny Laine é o único músico a ter participado de todas as formações do Wings – além, obviamente, de Paul McCartney e Linda McCartney. O ex-membro do The Moody Blues permaneceu exatamente uma década ao lado do casal e acompanhou todas as mudanças que ocorreram no período.
A mais marcante foi o rompimento ocorrido às vésperas das gravações do álbum “Band on the Run” (1973), com as saídas do baterista original Denny Seiwell e do guitarrista Henry McCullough. Sem tempo para buscar substitutos, o trio remanescente foi para o estúdio e Macca registrou bateria e guitarra rítmica, além dos tradicionais baixo e vocais.
Em entrevista à revista Guitar World, Laine relembrou o período e destacou a proficiência do líder do grupo.
“Fiquei tão surpreso quanto qualquer um quando eles não apareceram. Disseram-me que Paul conversou com Henry na noite anterior à nossa partida e ele meio que decidiu que não queria ir. Realmente não mudou muito, exceto que antes teríamos feito as faixas de apoio como uma banda. Agora era eu no violão ou teclado e Paul na bateria.”
E como era o cidadão ilustre de Liverpool segurando as baquetas, na visão de Denny?
“Paul tinha a mesma abordagem de Ringo para tocar bateria. É tudo sobre ter feeling e trabalhar com o vocal. Tem um bom senso rítmico e não exagera, o que eu gosto. Lembro que em ‘No Words’, Paul simplesmente esqueceu uma das entradas de bateria e atrasou. Mas deixamos como ficou e meio que construímos o arranjo em torno.”
Wings, “Band on the Run” e Paul McCartney
Terceiro álbum de estúdio do Wings, “Band on the Run” é o trabalho mais bem-sucedido de Paul McCartney fora dos Beatles. Até hoje, vendeu mais de 12 milhões de discos em todo o mundo.
O grupo encerrou atividades em 1981. Desde então, McCartney se dedica à carreira solo, onde engloba toda a sua história.
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