A imagem de Jeff Beck está quase que totalmente ligada à guitarra Fender Stratocaster. Porém, ele usou o modelo Les Paul no início da carreira, incluindo no período em que integrou o The Yardbirds.
A mudança se deu em 1969, quando o músico trabalhava em seu álbum “Beck-Ola”. Em uma entrevista resgatada pela revista Guitarist para sua mais recente edição, Beck explicou como a transição ocorreu.
“Chegou um momento em que me cansei do som da Les Paul. No estúdio, ela fazia um som lindo, mas todas as faixas acabavam soando muito parecidas. A Strat parecia responder mais ao meu toque agressivo do que a Les Paul, que soa horrível se você começar a bater nela.”
Porém, Jeff fez questão de exaltar que o amor pela Stratocaster já era antigo. Vinha de antes mesmo do começo de sua carreira profissional.
“Saí da escola foi por causa daquela guitarra. Ela causou um verdadeiro dano cerebral ao garoto de 14 anos que era quando a vi. Sonhava em tê-la e tocar. No primeiro dia em que fiquei olhando para uma na loja entrei em transe. Cheguei a pegar o ônibus errado para casa, apenas sonhando com ela. Explodiu meu cérebro e nunca mais voltou ao normal. Ele me levou ao redor do mundo e me deu tudo o que tenho – apenas aquela Strat, na verdade. Portanto, é uma das minhas favoritas.”
No registro abaixo, de 1974, Beck chega a utilizar uma Les Paul. Confira.
Fender Stratocaster
A Fender Stratocaster foi desenhada por Leo Fender, George Fullerton e Freddie Tavares em 1954. É um dos modelos mais famosos e icônicos de todos os tempos, sendo o instrumento símbolo de nomes como Jimi Hendrix, David Gilmour, Eric Clapton, Ritchie Blackmore, Stevie Ray Vaughan, Rory Gallagher e Yngwie Malmsteen, entre vários outros.
Sobre Jeff Beck
Jeff Beck faleceu no último dia 10 de janeiro, aos 78 anos, em decorrência de uma meningite bacteriana contraída de forma repentina. De acordo com o site Beep Saúde, a doença provoca uma inflamação das meninges, as membranas que envolvem o encéfalo (cérebro, bulbo, cerebelo e a medula espinhal), causada pela presença de bactérias. A transmissão ocorre de pessoa para pessoa por meio de gotículas e secreções do nariz e da garganta expelidas durante a fala, espirro ou tosse.
Diversos grandes nomes da música, contemporâneos ou influenciados por Beck, fizeram homenagens nas redes sociais. Além da carreira solo e do Jeff Beck Group, o guitarrista fez parte dos Yardbirds no início da carreira, além de ter realizado parcerias com Tim Bogert e Carmine Appice e colaborado com Jon Bon Jovi, Mick Jagger, Tina Turner, Stevie Wonder e vários uotros artistas.
Sua última participação em trabalho de outro artista foi no álbum “Patient Number 9”, de Ozzy Osbourne, onde toca em “A Thousand Shades” e na faixa-título.
Já o trabalho completo final foi “18”, uma colaboração com o ator e também músico Johnny Depp. Saiu em julho do ano passado e reuniu majoritariamente covers de artistas como Beach Boys, Marvin Gaye e The Velvet Underground.
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Será? Sei não. A Fender tem um programa de endosser muito eficiente. Qdo ela quer projetar seus instrumentos fica difícil um músico recusar usar exclusivamente seus produtos. A Strato por exemplo tem um som perfeito nas posições 4 e 5. Mas uma 335 ou LP soam. Até um baixo antiquado é simples como o PB está de volta com uma ajudinha dos endosser. Gosto mt do PB. Tenho vários, mas não existe só ele. Enfim, todas as grandes tem seus endossers.
A Fender tem um programa de endorsement muito eficiente… na atualidade. Não era a situação em 1969. Não vejo razão para duvidar do que foi dito por Jeff Beck.