Em post final nas redes, Lisa Marie Presley refletiu sobre morte de filho

Benjamin Keough tirou a própria vida em 2020, aos 27 anos de idade; ela havia concedido depoimento no Dia Nacional de Conscientização sobre o Luto

Lisa Marie Presley, única filha de Elvis Presley, morreu na última quinta-feira (12), aos 54 anos. Sua última postagem nas redes sociais homenageou Benjamin, seu rebento que tirou a própria vida em 2020, quando tinha 27 anos de idade.

Aproveitando o Dia Nacional de Conscientização sobre o Luto, a artista havia concedido depoimento à revista People ano passado. Ela voltou a compartilhar o artigo, onde diz – de acordo com tradução do TMDQA:

“A morte é parte da vida quer a gente queira ou não — e o luto funciona da mesma forma. Há tanto a aprender e entender sobre o assunto, mas aqui está o que eu já sei até agora: Em primeiro lugar é que o luto não acaba ou vai embora de qualquer forma, um ano ou anos após a perda. O luto é algo que você vai carregar consigo pelo resto da sua vida, independentemente do que certas pessoas ou culturas queiram que a gente acredite. Você não ‘supera’, você não ‘segue em frente’, ponto final.

Em segundo lugar, o luto é incrivelmente solitário. Apesar das pessoas surgirem no calor do momento para estar ali para você logo depois da perda acontecer, elas logo desaparecem e seguem com suas próprias vidas e meio que esperam que você faça o mesmo, especialmente depois que algum tempo se passou. Isso inclui ‘família’ também. Se você for incrivelmente sortudo, menos de uma mão cheia vão continuar em contato com você depois do primeiro mês ou coisa do tipo. Infelizmente, essa é a verdade dolorosa para a maioria. Então, se você sabe de alguém que perdeu um ente querido, independentemente de quanto tempo se passou, por favor ligue para essa pessoa para ver como ela está. Vá visitá-la. Elas irão apreciar isso de verdade mesmo, mais do que você imagina…

Em terceiro lugar, e em particular se a perda for prematura, não natural ou trágica, você vai se transformar em uma pária, de certa forma. Você pode se sentir estigmatizada e talvez julgada de alguma forma no sentido de por que essa perda trágica aconteceu. Isso se torna um milhão de vezes mais forte se você for pai ou mãe de um filho que faleceu. Não importa qual a idade dele. Não importam as circunstâncias.”

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Lisa ainda destacou o fato de ter se sentido culpada pelo ocorrido.

“Eu já batalho com isso e luto internamente incansavelmente e de maneira crônica, me culpando todo santo dia e isso é difícil o suficiente para agora conviver com isso, mas os outros vão te julgar e culpar também, até secretamente ou pelas suas costas, o que é ainda mais cruel e doloroso além de todo o resto.”

Também traçou paralelos entre o filho e o avô.

“Obviamente, nenhum pai ou mãe escolhe esse caminho, e felizmente nem todos os pais vão ter que se tornar uma vítima disso — e eu quero mesmo dizer VÍTIMA aqui. Eu costumava odiar essa palavra. Agora eu sei o motivo. Eu lidei com a morte, o luto e a perda desde os 9 anos de idade. Eu tive mais disso do que qualquer um deveria ter na minha vida e, de alguma forma, eu cheguei até aqui. Mas essa, a morte do meu belo, belo filho? O ser humano mais doce e incrível que eu já tive o privilégio de conhecer, que fazia com que eu me sentisse honrada todo santo dia por ser sua mãe? Que era tão parecido com seu avô de tantas formas diferentes que ele na verdade me assustava? O que fez eu me preocupar com ele ainda mais do que eu naturalmente teria me preocupado? Não. Apenas não… não, não, não, não…”

https://www.instagram.com/p/Ch53KmKL_nR/

A morte de Lisa Marie Presley

Lisa Marie Presley sofreu um ataque cardíaco na sua casa. Ela chegou a ser socorrida por paramédicos e levada a um hospital, tendo sido entubada em suas últimas horas de vida. Ela será enterrada em Graceland, ao lado de Benjamin, Elvis e outros membros da família.

Deixa outras três filhas: a atriz Riley Keough, conhecida por filmes como “Mad Max: Estrada da Fúria” e as gêmeas Harper e Finley Lockwood.

** No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV), associação civil sem fins lucrativos, oferece apoio emocional e prevenção do suicídio, gratuitamente, 24 horas por dia. Qualquer pessoa que queira e precise conversar, pode entrar em contato com o CVV, de forma sigilosa, pelo telefone 188, além de e-mail, chat e Skype, disponíveis no site www.cvv.org.br.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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