Todo mundo já passou pela situação de estar em uma conversa sobre rock e alguém tentar definir o que é verdadeiro e o que não é. Os critérios sempre são totalmente pessoais, o que acaba invalidando qualquer tipo de julgamento em 100% dos casos. Porém, é uma fase pela qual passamos, especialmente na juventude – alguns estão nessa juventude tardia até hoje, aos 60 anos.
O vocalista e guitarrista do The Darkness, Justin Hawkins, já enfrentou esse tipo de resistência. Especialmente quando sua banda estourou, no início do século. Detratores os acusaram de apenas imitar o passado, ao mesmo tempo que buscavam qualquer outro argumento para invalidar o que o grupo propunha.
Em entrevista à Absolute Radio, transcrita pelo Ultimate Guitar, o músico falou sobre os perigos desse tipo de atitude.
“Muitas bandas aparecem e as pessoas ficam animadas: ‘Ah, sim! Isso é rock and roll de verdade!’ E o verdadeiro rock and roll é uma coisa muito, muito específica. Tem a mesma estética que as bandas faziam nos anos 70; um pouco da atitude dos anos 80, mas não na estética. Qualquer coisa que saia daí não é considerado rock de verdade. E deixa você com um conjunto realmente limitado de parâmetros com os quais tem que trabalhar.”
Ainda na visão de Hawkins, bandas que recebem a definição de “rock de verdade” muitas vezes estão replicando o formato do blues rock setentista.
“Fazem algo na linha do blues rock dos anos 1970 e não há como evoluir. Muito raramente há bandas que cruzam isso, a menos que estejam escolhendo fazer algo um pouco mais para o new wave ou o que quer que seja – ou quando criam uma música incrível. E isso não acontece com muita frequência.”
The Darkness, “Motorheart” e Justin Hawkins
“Motorheart”, álbum mais recente do The Darkness, saiu em novembro de 2021. O sétimo trabalho de inéditas do grupo chegou ao 16º lugar na parada britânica.
Paralelamente, Justin Hawkins comanda seu canal no YouTube. O Justin Hawkins Rides Again está no ar desde dezembro de 2020 e conta com mais de 300 mil inscritos.
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