Morreu nesta terça-feira (22), aos 81 anos, o cantor e compositor Erasmo Carlos. A informação foi confirmada pelo Gshow, site de entretenimento da TV Globo. A causa não foi divulgada.
Minutos antes, a emissora informou por meio do G1 que o artista havia sido internado na última segunda-feira (21) e intubado no hospital Barra D’Or, na zona oeste do Rio de Janeiro, em quadro de saúde grave. Ele já havia ficado duas semanas no mesmo centro médico, entre 17 de outubro e 2 de novembro, para realizar exames e tratar uma síndrome edemigênica, doença caracterizada pelo excesso de líquido preso nos tecidos do corpo.
O jornal Folha de S. Paulo chegou a noticiar que Erasmo havia falecido, mas corrigiu a informação pouco tempo depois. O próprio artista brincou com a situação, em post nas redes sociais, ao celebrar sua alta médica.
“Bem simbólico… depois de me matarem no dia 30, ressuscitei no Dia de Finados e tive alta do hospital!!!! Obrigado a Deus, a todos que cuidaram de mim, rezaram por mim e que torceram pela minha recuperação… Essa foto com a Fernanda traduz como estamos felizes.”
Em 2021, o Tremendão chegou a ser internado com Covid-19 também no Barra D’Or, mas como uma precaução. Na época, ele já estava vacinado contra a doença.
Sobre Erasmo Carlos
Nascido na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, no dia 5 de junho de 1941, Erasmo Carlos interessou-se bem cedo pela música. Na adolescência, viu-se adorando o rock and roll, gênero que fazia a cabeça da juventude no período. Fazia parte da turma que se reunia no bar Divino, na rua do Matoso, que também trazia nomes como Tim Maia e Jorge Ben.
Um encontro que mudou as vidas dos envolvidos e de milhões de fãs ocorreu também nessa época: Erasmo conheceu um ainda aspirante Roberto Carlos no show do Bill Haley no ginásio do Maracanãzinho. O futuro Tremendão decidiu formar o grupo Snakes com os dissidentes de outro projeto, os Sputniks, que acabou após uma famosa briga entre Roberto e Tim.
Os Snakes conseguiram contrato pela gravadora pernambucana Mocambo, mas lançaram apenas um único álbum, além de compactos. Erasmo ainda trabalhou como assistente do apresentador e produtor Carlos Imperial e crooner de Renato & Seus Blue Caps, grupo por meio do qual iniciou sua parceria com Roberto Carlos.
A partir daí, a carreira de Erasmo Carlos decolou. Tornou-se apresentador do programa “Jovem Guarda”, da TV Record, junto de Roberto e Wanderleá, marcando uma geração. Enquanto isso, lançou uma série de trabalhos de sucesso.
A carreira seguinte após o fim da Jovem Guarda manteve êxito e relevância enquanto experimentava em outros estilos musicais, como bossa nova, MPB e até soul music, além de diferentes ramificações do rock. Seguiu emplacando hits como intéprete e também como compositor, em sua indissociável parceria junto a Roberto Carlos.
A partir da década de 1990, os trabalhos começaram a se tornar um pouco mais esporádicos, mas nunca chegou a se aposentar. Seus últimos discos prestam homenagens a alguns de seus tipos de música favoritos: “Quem Foi Que Disse Que Eu Não Faço Samba…”, de 2019, e “O futuro pertence à… Jovem Guarda”, de fevereiro de 2022.
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