Tony Iommi era questionado por experimentos em álbuns do Black Sabbath

"De início, alguém falou que eu não poderia colocar 'Laguna Sunrise' num álbum com tantas coisas pesadas'. Por quê?", relembra o guitarrista

Quem diz que heavy metal não pode conter experimentos musicais certamente nunca ouviu Black Sabbath, banda citada como pioneira do gênero. Especialmente a partir de seu terceiro álbum, “Master of Reality” (1971), a banda começou a incluir elementos e até instrumentos diferentes em busca de oferecer complexidade ao seu som.

Em entrevista ao Music Radar, o guitarrista Tony Iommi relembrou suas diversas iniciativas em prol de abordagens mais experimentais com o Sabbath na década de 1970. O músico disse que sempre gostava de “tentar fazer algo diferente do que já havia sido feito”.

“Fazia isso desde os primórdios, quando criava um instrumental como ‘Laguna Sunrise’ (do álbum ‘Vol. 4’) ou ‘Supertzar (do álbum ‘Sabotage’). De início, alguém falou que eu não poderia colocar ‘Laguna Sunrise’ num álbum com tantas coisas pesadas’. Por quê? Foi o mesmo com ‘Supertzar’.”

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Black Sabbath, Tony Iommi e a harpa

No caso de ambas as músicas citadas porTony Iommi, o processo criativo se deu em sua casa, enquanto ele brincava com outros instrumentos. Especificamente a respeito de “Supertzar”, ele comentou:

“Tinha uma harpa, não sabia tocar, mas conseguia tocar algumas notas nela. Então criei um riff e pensei em tentar nela. Peguei um mellotron, coloquei as partes do coro e meio que funcionou. Toquei para os outros caras, que disseram ter gostado.

Chamamos uma harpista da filarmônica e ela perguntou o que eu queria que ela tocasse. Mostrei de uma forma meio rudimentar. Fiquei tão envergonhado, mas apenas pedi para ela tocar o que achava que combinasse com aquilo. Era tudo experimental.”

Por fim, o guitarrista relembra que mesmo elementos básicos da música, como um timbre de instrumento, era fruto de experimentos à época.

“Você tinha que fazer seus próprios sons naqueles dias. Você não podia comprar um teclado e pressionar uma nota que surgisse com um som diferente. Você tinha que criá-los e levava tempo para isso.”

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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