O retorno do vocalista e guitarrista Tom DeLonge ao Blink-182 é apenas um dos vários reflexos do poderoso ressurgimento do chamado pop punk. A volta da formação clássica do trio não é a primeira entre as bandas do gênero – e a julgar por turnês de outras bandas, DeLonge, Mark Hoppus (baixo e vocal) e Travis Barker (bateria) devem lucrar bastante.
Segundo uma estimativa da Billboard, a turnê de reunião do Blink deve render cerca de US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 795 milhões na cotação atual e em transação direta). A avaliação feita pelo veículo tem como base o retorno recente de outras bandas do movimento.
Uma delas é o My Chemical Romance, que faturou US$ 60 milhões (cerca de R$ 317 milhões) com sua turnê no início do ano. Aproximadamente US$ 1 milhão (R$ 5,2 mi) eram gerados por apresentação. Uma curiosidade é que a última grande turnê de banda comandada por Gerard Way havia acontecido em 2011, justamente com o Blink.
Agora, o trio para o qual Tom DeLonge retornou recentemente embarca em shows pela América do Norte e virá para a América do Sul em 2023, onde toca inclusive no Lollapalooza Brasil.
Blink-182 e o novo auge do pop punk
A Billboard diz que o revival das bandas de pop punk dos anos 2000 é lucrativo justamente por conta do amadurecimento do público. Hoje na faixa dos 30 anos, fãs de grupos como o Blink-182 têm agora, no geral, melhor condição financeira para pagar por shows e festivais.
Um bom exemplo disso é o festival When We Were Young. Sua primeira edição acontece a partir do dia 22 de outubro e terá como atrações principais o My Chemical Romance e o Paramore. A edição de 2023 já está confirmada com Blink, Green Day, The Offspring, Good Charlotte e 30 Seconds to Mars. Os ingressos para o evento do próximo ano custam quase o dobro – pulou de US$ 119 (R$ 629) para US$ 225 (R$ 1,1 mil).
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