Freddie Mercury nos deixou em 24 de novembro de 1991, devido a uma pneumonia que surgiu como complicação da Aids, com a qual o vocalista do Queen lutou nos últimos anos.
Peter Freestone era seu assistente pessoal e passou os últimos momentos do cantor ao lado dele. Posteriormente, revelou como Freddie estava se sentindo após fazer o anúncio oficial de que era portador do vírus HIV, um dia antes de seu falecimento.
Em entrevista ao radialista Tony Snell (transcrita pelo Rock and Roll Garage), Freestone falou sobre como a divugação do comunicado tornou os últimos momentos de Mercury um pouco mais tranquilos. Até o anúncio, a informação oficial era a de que o vocalista do Queen tinha problemas no fígado – o que fazia sentido, devido às grandes doses de vodka que ele consumia, mesmo doente.
Nas últimas semanas de vida, Freddie esteve sempre acompanhado por Peter, além de seu parceiro Jim Hutton e algumas outras poucas pessoas que se revezavam nos cuidados. O assistente pessoal relembrou como ficou o clima na casa do vocalista assim que o anúncio da doença foi divulgado à imprensa.
“Ficávamos lá 12 horas por vez. Então sempre havia alguém com ele. Eu estive com ele das 8 horas da noite da sexta-feira até as 8 da manhã do sábado. O comunicado foi emitido para a imprensa às 8 da noite da sexta. Eu não o via tão relaxado há anos.”
“The Show Must Go On”
De acordo com Peter Freestone, a divulgação da doença foi o que fez Freddie Mercury finalmente se sentir livre para descansar em paz, após uma dura e longa batalha contra as complicações da Aids. O assistente pessoal afirma que Freddie nunca permitiu que a doença afetasse tanto sua vida: ele continuou produzindo música e mantendo suas atividade rotineiras, dentro do possível, até o fim.
“Não havia mais segredos, nada a esconder. Tudo estava lá. Acho que no momento que o comunicado foi liberado, ele sentiu que era ok ser liberado da vida. Que ele tinha feito tudo o que era possível. Ele tinha protegido sua família e amigos até o anúncio sair, ele tinha criado a música que queria criar. Então era hora de deixar ir. Desde o início, quando ele soube do diagnóstico, ele lidou com aquilo de sua própria forma. Ele não deixaria a doença comandar sua vida.”
O comunicado de Freddie Mercury
“Após enormes conjecturas na imprensa, quero confirmar que testei positivo para o vírus HIV e que tenho Aids. Guardei essa informação até agora para proteger a privacidade das pessoas à minha volta. No entanto, chegou a hora de meus amigos e fãs ao redor do mundo saberem a verdade. E espero que todos se juntem a mim, meus médicos e ao mundo todo na luta contra esta terrível doença.”
Freddie Mercury, 23 de novembro de 1991
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