Max Cavalera nunca teve medo de ser um desbravador. Com o Sepultura, forjou um caminho ainda inexistente dentro das possibilidades do heavy metal no Brasil. Já no Soulfly, foi ainda mais extremo no lado experimental, sem se preocupar com os protestos de puristas.
Em entrevista ao Blabbermouth, o vocalista e guitarrista escolheu dois álbuns como fatores preponderantes para a carreira de sucesso que alcançou. Ao mesmo tempo, ambos também representaram momento sofridos.
“Na verdade, eu sempre disse que os dois discos mais difíceis que fiz foram ‘Beneath the Remains’ e ‘Soulfly’. Musicalmente, eles são totalmente diferentes, um milhão de milhas distantes. Mas, em espírito, eles são muito parecidos porque você está nessa mentalidade de ‘venha o que vier’. Como uma situação sem esperança ou medo. Mas havia muita pressão para que dessem certo. Tipo, ‘Isso tem que ser bom.’
Ambos foram imensamente estressantes de fazer. Muito agradáveis depois de prontos, mas dolorosos de fazer. Definitivamente, ‘Soulfly’ teve toda essa pressão. Valeu pela validação de quando os fãs ouviram ‘Eye For An Eye’ pela primeira vez e sentiram: ‘O homem está de volta. Sim!’ Estava tudo lá. Esse foi um momento legal. Foi disco de ouro nos Estados Unidos antes de ‘Roots’, do Sepultura.”
O frontman também deixa claro que o fato de ouvintes diferenciarem as bandas não o incomoda, até porque a proposta era justamente essa.
“O Soulfly foi formado de maneira diferente, com outros elementos. É quase como outro objetivo coletivo. Um pouco mais positivo e espiritual, de certa forma. Os fãs se conectaram com a ideia. Amo o que fiz no passado com o Sepultura, que fique claro. Mas tenho muito orgulho do Soulfly.”
Sepultura e “Beneath the Remains”
Lançado em 7 de abril de 1989, Beneath the Remains foi o primeiro disco que o Sepultura gravou fora de Minas Gerais. A banda utilizou o estúdio Nas Nuvens, no Rio de Janeiro. A produção ficou a cargo do americano Scott Burns, responsável pelo som de vários clássicos da cena death metal da Flórida à época.
Também foi o primeiro lançado após contrato firmado com a Roadrunner Records, parceira da banda em seu momento de maior sucesso. A gravadora já havia divulgado o anterior, Schizophrenia, mas apenas como distribuidora.
A capa original foi aproveitada pelo Obituary no álbum “Cause of Death”. A música “Inner Self” recebeu o primeiro videoclipe da carreira do grupo. As filmagens aconteceram em São Paulo, durante show no extinto Dama Xoc, além de outras locações, incluindo a Galeria do Rock. Durante a divulgação o grupo realizou seus primeiros shows na Europa e Estados Unidos.
Soulfly, o disco
Já o álbum de estreia do Soulfly saiu em 24 de abril de 1998. O trabalho trazia um Max Cavalera ainda mais experimental, além de abordar fortemente temas religiosos nas letras. O vocalista e guitarrista se cercou de uma série de convidados, incluindo músicos do Fear Factory, Deftones, Limp Bizkit, Cypress Hill e Nação Zumbi.
Soulfly, o álbum, ganhou disco de ouro nos Estados Unidos e Austrália. Foi dedicado à memória de Dana Wells, enteado de Max falecido dois anos antes.
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os dois discos citados foram feito em épocas diferentes, épocas: na época do Beneath the Remains os caras ouviam mais Black Sabbath, slayer, kreator, motorhead e outras bandas de Metal…Já no Soufly, vem as influências New Metal, rap, hardcore ou seja, max ouvia menos o metal tradidicional e isso aparece claro no som do Soufly!!!! Particularmente prefiro ouvir os álbuns do Sepultura…Soulfly, tenho uma fita cassete do primeiro album guardada, escuto algo do Soulfly mesmo apenas por curiosidade mesmo!!!! Valeu!!!!