O que esperar dos shows do Iron Maiden no Rock in Rio e outras 3 cidades

Banda volta ao país com a turnê "Legacy of the Beast", agora incluindo elementos de seu disco mais recente, "Senjutsu" (2021)

Este ano, o Iron Maiden faz sua 13º visita ao Brasil, retornando mais uma vez ao Rock in Rio, além de mais três shows em Curitiba, Ribeirão Preto e São Paulo.

A turnê atual é a mesma da última passagem da banda pelo país: a “Legacy of the Beast”, baseada no game para celular lançado pelo grupo, mas agregando elementos de seu álbum mais recente, “Senjutsu” (2021).

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Por isso, mesmo quem já assistiu à “Legacy” em 2019 encontrará novidades. O show, desde o início da turnê, em 2018, vem sendo aclamado como um dos melhores do Iron Maiden em termos de produção de palco. A banda aposta em uma diversidade de cenários, que representam fases do game. Sendo assim, foi fácil incluir novos elementos na fase pós-pandemia, já que houve tempo para isso.

A nova “Legacy of the Beast”

A nova fase da “Legacy of the Beast” começou com uma turnê europeia em maio deste ano, com um show em Zagreb, na Croácia. Lá os fãs foram apresentados às novidades musicais: três músicas de “Senjutsu”, responsáveis justamente por abrir a apresentação. A banda entra já com a faixa-título, seguindo com “Stratego” e “The Writing on the Wall”.

Neste momento, os músicos tocam cercados por um cenário do Japão feudal, com a arquitetura do período em destaque.

A partir de “Revelations”, quarta música do set, embarcamos em uma viagem mais parecida com a “Legacy of the Beast” pré-pandemia, cobrindo várias fases da banda.

O setlist é bastante abrangente e cobre os clássicos e também trazendo músicas de “Brave New World” (2000), primeiro desde o retorno de Bruce Dickinson. Fãs da “era Blaze Bayley” também terão sua chance, com as adições de “The Clansman” e “Sign of the Cross”.

O Iron Maiden tem feito alguns números no “bis” após o set normal e fecha os trabalhos com “Aces High” de forma curiosa, já que a faixa de abertura de “Powerslave” (1984) é usada geralmente no início dos shows. As apresentações têm uma duração média de 1h55, apesar de um número relativamente pequeno de músicas (quinze), por conta de algumas faixas mais longas.

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Mudanças podem acontecer para a turnê na América do Sul, mas não devem alterar a estrutura do setlist.

As músicas apresentadas na versão atual de “Legacy of the Beast” são as seguintes:

  1. Senjutsu
  2. Stratego
  3. The Writing on the Wall
  4. Revelations
  5. Blood Brothers
  6. Sign of the Cross
  7. Flight of Icarus
  8. Fear of the Dark
  9. Hallowed Be Thy Name
  10. The Number of the Beast
  11. Iron Maiden
  12. The Trooper
  13. The Clansman
  14. Run to the Hills
  15. Aces High

Como o Iron Maiden soa e parece em 2022?

O alto nível de produção da “Legacy of the Beast” antes da pandemia parece ter se mantido para essa nova parte da turnê. Além das impressionantes mudanças de cenário – que acontecem a todo momento e realmente dão a impressão de shows completamente diferentes -, o Maiden continua bem afiado musicalmente, apesar da idade estar batendo em alguns momentos.

Quem gosta da entrada do mascote Eddie no palco interagindo com os músicos, vai encontrá-lo já no início, em sua versão “samurai”, em “Senjutsu”, cortando e ameaçando com sua katana. O clássico Eddie “soldado” retorna em “The Trooper” para um verdadeiro duelo com Bruce Dickinson. Em “Iron Maiden” o palco é dominado pela enorme cabeça do Eddie com chifres por trás do palco, como ele vem sendo representado na “Legacy”.

As três guitarras continuam entregando o bom trabalho de sempre, com uma boa “divisão de tarefas”. A parte clássica do setlist prioriza o brilho de Adrian Smith e Dave Murray, enquanto Janick Gers mostra que é mais do que um “dançarino” nas faixas mais recentes. A cozinha de Nicko McBrain e Steve Harris segue vigorosa e infalível.

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Bruce Dickinson, como não poderia deixar de ser, é o que mais sofre com a questão da idade. O vocalista, aos quase 64 anos e um câncer na garganta, está inegavelmente cantando bem. Contudo, sua voz traz os compreensíveis sinais de cansaço – que até demoraram para aparecer -, o fazendo explorar alguns tons mais graves em determinados momentos. Já em termos de performance de palco, poucos superam o já idoso “Air Raid Siren” até hoje.

Espere ver mudanças de figurino, máscaras e o jeito típico de Dickinson interpretar as letras das músicas, algo que ele herdou de Ronnie James Dio. Em “Flight of Icarus”, o vocalista protagoniza um dos melhores momentos do show, manipulando um equipamento de lança-chamas enquanto canta e circula por toda a extensão do palco. Além disso, ele segue interagindo com o público de forma divertida, fazendo jus à sua fama como frontman.

Iron Maiden no Brasil

Os shows do Iron Maiden no Brasil acontecem entre o final de agosto e início de setembro. Eis as datas:

  •     27/08 – Curitiba (Pedreira Paulo Leminski)
  •     30/08 – Ribeirão Preto (Arena Eurobike)
  •     02/09 – Rio de Janeiro (Rock in Rio)
  •     04/09 – São Paulo (Estádio do Morumbi)

O Avatar será a atração de abertura, exceto no Rock in Rio, quando o Iron Maiden toca no Palco Mundo com Dream Theater, Gojira e Sepultura com a Orquestra Sinfônica Brasileira. Depois do Brasil, a banda segue para um único show no México antes de ir para a América do Norte, onde fica até outubro.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

2 COMENTÁRIOS

  1. Parece até que vai ter alguma novidade, pelo comentário do autor, o mesmo set list, já estou de saco cheio, com dezenas de clássicos, não justifica sempre a mesma coisa

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