“A Casa do Dragão” não terá cenas de violência sexual, diz produtora executiva

Sara Hess explicou como esse conteúdo será tratado na nova série e refletiu sobre a violência contra mulheres em Westeros

Se “Game of Thrones” ficou marcada por algumas cenas de violência sexual consideradas pesadas, o mesmo não deve acontecer com a prequel “A Casa do Dragão”.

Segundo a produtora executiva Sara Hess, a nova série não trará cenas explícitas de violência sexual. Ainda assim, não deixará de abordar a prática, que parecia já ser recorrente em Westeros 200 anos antes da história principal.

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Em entrevista à Vanity Fair, Hess expôs a forma como o novo programa do HBO Max vai lidar com o tema. Segundo ela, a ação nesse sentido acontecerá fora da tela: o foco do enredo é nas motivações e consequências dessa violência.

A produtora destacou, ainda, que a violência real contra mulheres em “A Casa do Dragão” vem essencialmente do sistema patriarcal vigente.

“Gostaria de deixar claro que nós não vamos mostrar violência sexual na série. Vamos lidar com essa instância fora da tela, e em vez disso, vamos mostrar as consequências e o impacto na vítima e na mãe do autor.”

Há algum tempo, o showrunner Miguel Sapochnik afirmou ao The Hollywood Reporter que a série não deixaria de mostrar esse tipo de violência. Porém, a fala de Hess vem para esclarecer como isso será abordado.

A profissional explicou que nem sempre a violência sexual tem a ver apenas com estupro, ou é cometida apenas por vilões, especialmente no período histórico que inspira a obra de George R.R. Martin.

“Existem muitas séries ‘históricas’, ou baseadas em história, que romantizam homens poderosos em relações sexuais/matrimoniais com mulheres que não tinham idade para consentir, mesmo se elas ‘quisessem’. Nós colocamos isso na tela, e não nos omitimos do fato de que nossas protagonistas femininas na primeira metade da série são coagidas e manipuladas a fazer a vontade de homens adultos. Isso não é feito necessariamente por aqueles a quem definiríamos como estupradores ou abusadores, mas as vezes por homens geralmente bem-intencionados que são incapazes de ver que o que estão fazendo é traumático e opressivo, porque o sistema em que todos eles vivem normaliza isso. É menos óbvio do que estupro, mas tão insidioso quanto, mas de um jeito diferente.”

Sobre “A Casa do Dragão”

Com estreia prevista para 21 de agosto no HBO e HBO Max, “A Casa do Dragão” contará a história dos antepassados da personagem Daenerys Targaryen 200 anos antes dos fatos narrados na série original. Serão 10 episódios em sua temporada inicial.

O spin-off também é adaptado de uma obra do escritor George R. R. Martin o livro “Fogo e Sangue”. A ideia é mostrar parte da história do romance, o ápice da família Targaryen e de seus dragões em Westeros e todos os conflitos da chamada “Dança dos Dragões”, que levaram à derrocada e desaparecimento dos seres mágicos durante séculos até o seu retorno nos acontecimentos mostrados em “Game of Thrones”.

O elenco é composto por nomes como:

  • Matt Smith, conhecido por seu trabalho em “The Crown” (2016-2017) e “Doctor Who” (2010-2020), interpretando o príncipe Daemon Targaryen;
  • Olivia Cooke, atriz de “Jogador Nº 1” (2018) e “Sound of Metal” (2019), vivendo Alicent Hightower;
  • Rhys Ifans, de “O Espetacular Homem Aranha” (2012), como Otto Hightower;
  • Emma Darcy vivendo a princesa Rhaenyra Targaryen;
  • Paddy Considine interpretando o rei Viserys Targaryen;
  • Steve Toussaint como Corlys Velaryon/The Sea Snake.

“A Casa do Dragão” é uma co-criação de Ryan J. Condal, que já produziu a série “Colony” (2016-2018), e George R. R. Martin, autor de “As Crônicas de Gelo e Fogo” e “Fogo e Sangue”. Os dois também fazem parte da equipe de produtores e roteiristas da adaptação.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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