Guitarrista da banda de Michael Jackson entre 1987 e 1997, Jennifer Batten enfrentou o lado mais machista da indústria musical no seu período ao lado do rei do pop. Em entrevista à Guitar World (transcrita pelo Rock Celebrities), a musicista acusou nominalmente o manager Frank DiLeo de assédio moral.
A ideia do empresário era dar maior ênfase nos aspectos visuais, promovendo uma sexualização de sua imagem. Dois episódios em específico ficaram na memória.
“Eu já estava contratada e as coisas iam bem. Até que, um dia, Frank disse: ‘Agora que você tem o emprego, eu provavelmente poderia te dar um ensaio na ‘Playboy’. Fiquei horrorizada! Eu pensei, ‘O que isso significa? Eu sou uma guitarrista!’ Não era a pressão. É apenas algo vindo de sua perspectiva. Ele achava que era um grande negócio, porque todos ao seu redor desejam ser famosos. No entanto, é preciso querer. Não era isso que eu estava buscando.”
A outra situação foi ainda mais invasiva e abusiva.
“Outra vez, estávamos em algum lugar da Europa em uma festa. Ele veio até mim, olhou para o meu peito e disse: ‘Você precisa de seios maiores. Vou comprá-los para você’. Acho que provavelmente todas as mulheres da indústria já se depararam com algo assim em algum momento, porque é um mundo masculino. Estamos fazendo muitos progressos, mas no geral ainda é um espaço dominado pelas perspectivas dos homens.”
Sobre Jennifer Batten
Além do período ao lado de Michael, Jennifer Batten também tocou com Jeff Beck na virada do século. Ainda possui 3 discos solo. “Whatever”, o mais recente, saiu em 2007.
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