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A morte de Elvis Presley, cantor que nos deixou aos 42 anos

Autópsia do rei do rock permanece misteriosa, mas informações já divulgadas apontam como o artista teria falecido

Em 16 de agosto de 1977, o rock and roll perdeu seu rei. Após anos de saúde frágil, Elvis Presley morreu aos 42 anos de idade. Foi encontrado já sem vida no banheiro da mansão de Graceland, por sua então noiva, Ginger Alden.

A causa do óbito foi motivo de muito debate na época. Houve desdobramentos nos anos seguintes e até os dias de hoje não há uma conclusão exata, embora já se compreenda melhor o que aconteceu e saiba-se que foi por problemas cardíacos.

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Desde o início da década de 1970, percebia-se que as performances de Elvis ao vivo eram apenas uma sombra do que haviam sido no passado. Além da voz menos potente e da incapacidade em cantar algumas letras, o artista também apresentava um comportamento errático, confirmado por músicos, familiares e pessoas próximas. Naquela época, porém, não se especulava qualquer relação dele com drogas.

De qualquer forma, era nítido que havia algo errado com Elvis. Embora já não estivesse no auge da juventude, ele não estava velho quando nos deixou.

Ainda assim, a aparência entregava alguns problemas. Quando morreu, o rei do rock estava acima do peso, inchado e com uma série de problemas de saúde que só seriam revelados em sua autópsia.

O momento da morte de Elvis Presley

A rotina de Elvis Presley àquela altura era bastante excêntrica. Na noite anterior ao dia em que morreu, o cantor teve uma consulta com o dentista e jogou tênis de madrugada. Foi para a cama por volta das 4 da manhã, horário habitual. Por volta das 10h, ele se levantou e foi ao banheiro, onde costumava ler.

Não se sabe o que aconteceu exatamente a partir daí, mas o fato é que as 14 horas, sua noiva, Ginger Alden, o encontrou já sem vida no banheiro.

O corpo estava no chão, rígido, em posição sentada, como se ele tivesse congelado antes de cair do vaso sanitário. Elvis tinha mordido sua língua e estava com os olhos vermelhos. Tudo indica que foi um óbito rápido, fulminante.

A autópsia

As primeiras informações a respeito da morte de Elvis Presley surgiram de forma surpreendentemente rápida. No mesmo dia da morte, o médico Jerry Francisco anunciou para a imprensa que Elvis tinha falecido por um ataque cardíaco, sem relação com o uso de drogas. Com o tempo, a situação ganhou novos contornos, não só relacionadas ao uso de substâncias.

Elvis vinha, de fato, se drogando ao longo dos anos. Mesmo na época em que tinha boa saúde, usava metanfetamina e outras substâncias, mas não sentia a maior parte dos efeitos negativos.

Após ter se divorciado de Priscilla Presley em 1973, chegou a ter overdoses. Seu médico pessoal, George “Nick” Nichopoulos, prescrevia a ele remédios em quantidades absurdas.

Em um ano, foram cerca de 12 mil comprimidos das mais variadas fórmulas. O dr. Nick teve sua licença médica cassada em função disso, mas anos depois conseguiu recuperá-la.

Além disso, há o fato de que Elvis tinha diversos problemas de saúde, muitos deles causados ou agravados pelo uso de drogas. O rei do rock sofria de diabetes, glaucoma, enfisema pulmonar e inchaços no coração e no cólon, entre outros.

Essas informações só foram sendo reveladas ao longo dos anos, em “pedaços”, já que a família de Elvis impôs um sigilo de 50 anos à autópsia do cantor. O prazo acaba em 2027.

Uma hipótese

O médico Forest Tennant, defensor do dr. Nick, é um dos que levantam uma hipótese interessante e improvável, mas não descartável. Para ele, a morte de Elvis aconteceu devido a uma sucessão de problemas, que surgiram em 1967, quando o cantor tropeçou em um fio e teve uma queda, onde bateu a cabeça com força.

De acordo com Tennant, o impacto poderia ter feito pequenos pedaços do tecido cerebral irem parar na corrente sanguínea do cantor. Isso gerou um problema no sistema imunológico, que levou Elvis a ter os problemas de saúde enfrentados na última década de vida. Dessa forma, segundo ele, as drogas não teriam relação com a sua morte.

De qualquer forma, as receitas de Nichopoulos eram perigosas. Se não causaram a morte diretamente, é provável que tenham influenciado de forma importante.

Mas morreu mesmo?

Para algumas pessoas, a morte de Elvis Presley é uma grande farsa. Uma teoria conspiratória aponta que o cantor, cansado da fama, teria apenas saído de cena e optado por viver com outra identidade em uma área isolada, sem ser reconhecido na maior parte do tempo.

Ao longo da história, muita gente jura já ter visto o astro em diversos lugares e até mesmo fazendo figuração em filmes. Há quem garanta ter recebido ligações de Elvis confirmando sua identidade, mas sem a menor intenção de voltar ao seu “mundo” de antes.

Teorias e histórias foram criadas para provar que o rei do rock continua vivo, mas enquanto sua música tocar, ele sempre vai estar por aí de alguma forma – mesmo que não de corpo presente.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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