A turnê que reuniu Guns N’ Roses e Metallica no ano de 1992 colocou lado a lado dois dos grandes nomes do rock naquele momento. Porém, a maior estrela ascendente daquele período – o Nirvana – também deveria ter feito parte do cast.
Em entrevista ao NME, Kirk Hammett lembrou ter feito o possível para que os então novos astros fossem a atração de abertura do giro por solo norte-americano.
Porém, à época todos já sabiam que o grupo que encabeçou o levante do grunge não simpatizava com a banda de Axl Rose. Especialmente o vocalista e guitarrista Kurt Cobain, a antítese do estilo de rockstar que o frontman representava.
“Telefonei para Kurt tentando convencê-lo. Ele respondeu que não gostava do que o Guns N’ Roses representava. Pedi que não ligasse para isso, apenas fosse lá como o Nirvana e fizesse sua parte.”
O guitarrista do Metallica insistiu, porém, não deu certo.
“Cheguei a implorar, mas ele realmente não queria. Teria sido ótimo. Mas o Faith No More assumiu a função e foi incrível, de qualquer modo.”
Guns N’ Roses e Metallica em turnê
A turnê durou 26 shows, realizados em estádios entre julho e outubro daquele ano. O momento mais memorável acabou sendo uma situação negativa. Em 8 de agosto, a excursão passou por Toronto, Canadá. Durante o show do Metallica, o vocalista e guitarrista James Hetfield sofreu graves queimaduras após um acidente com pirotécnica.
O Guns N’ Roses veio na sequência e tocou apenas 9 músicas, se retirando após Axl alegar problemas de garganta – que realmente haviam feito com que datas anteriores precisassem ter sido remarcadas – e dificuldades com os monitores de palco. Revoltada, a multidão iniciou um quebra-quebra que tomou as ruas e precisou de ações da polícia local para contenção.
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