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Por que Tommy Lee praticamente não aparece com o Mötley Crüe em “Pam & Tommy”

Após fracasso comercial, banda estava inativa no período em que trama envolvendo Pamela Anderson se desenvolve

De conversar com o próprio órgão sexual a colocar uma arma na cabeça do homem que roubou a fita com gravações íntimas no convívio com a esposa, o Tommy Lee interpretado por Sebastian Stan na série “Pam & Tommy” faz muita coisa. Mas uma das que menos recebe tempo de tela é a interação com sua banda, o Mötley Crüe.

Porém, há motivos para tal. Como observa a Rolling Stone, além de o foco da produção ser na relação do músico com a atriz, o fato é que a banda não estava exatamente na ativa em 1995, época em que a trama se desenvolve.

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No ano anterior, o grupo havia lançado o álbum “Motley Crue” – isso, sem tremas. Sexto trabalho de estúdio, foi o único a contar com o vocalista e guitarrista John Corabi no lugar de Vince Neil.

A sonoridade ia em uma linha muito mais pesada e obscura em comparação ao estilo que os consagrou. A reação inicial não foi tão ruim: o play chegou ao 7º lugar na Billboard 200 e ganhou disco de ouro nos Estados Unidos. Porém, com o passar do tempo, o público foi se dispersando e a mídia não deu mais bola para o que estava rolando.

O show final do Mötley Crüe com John Corabi

A única apresentação realizada em 1995 aconteceu em 30 de janeiro, no Club Shelter em Pasadena, Califórnia. Foi um show beneficente para o técnico de guitarra Sammy Sanchez, que havia perdido a filha em um trágico acidente.

Billy Idol, Steve Stevens, Matt Sorum e Duff McKagan abriram tocando covers. O Crüe seguiu com “Shout at the Devil”, “Hammered”, “Live Wire”, “Home Sweet Home” e “Primal Scream”. Danny Boy, do House of Pain, participou em “Live Wire” e teve sua carteira roubada quando mergulhou na plateia. Uma gravação amadora em áudio pode ser conferida abaixo.

Como curiosidade, o pocket show de Billy Idol e companhia também pode ser escutado aqui. Eles tocam “Paranoid” (Black Sabbath), “Communication Breakdown” (Led Zeppelin), “Shakin’ All Over” (Johnny Kid & The Pirates) e “Rebel Yell”.

Tommy e Pamela se conheceriam semanas mais tarde. Embora a situação não tivesse sido publicamente divulgada, a demissão de Corabi já estava sacramentada nos bastidores.

Hoje, o álbum “Motley Crue” ganhou status de cult junto a parte dos fãs. Há até mesmo aqueles que não se identificam com o grupo, mas apreciam este trabalho em específico. Contudo, inegavelmente, representou um período em que o Mötley Crüe não era aquilo que os transformou em uma das bandas mais bem-sucedidas de sua época.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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