O Spotify se desvalorizou em 25% até agora em 2022. Ao que tudo indica, o reflexo ainda não leva em conta a recente ação de Neil Young – apoiada por Joni Mitchell, Nils Lofgren e Graham Nash – ao pedir a retirada de seu material em protesto ao fato de a plataforma permitir veiculação de notícias falsas sobre a pandemia. A ação é muito recente para ter exercido um impacto tão forte. De qualquer modo, a queda já é de 45% quando temos 2021 em comparação.
Mesmo assim, a revista Forbes indica que os números devem cair ainda mais por conta da polêmica. De acordo com os especialistas da publicação, investidores já estão preocupados com os efeitos de uma possível debandada em massa, com mais artistas aderindo à proposta do cantor canadense.
A Variety indica que o Spotify teve uma queda de capitalização mercadológica acima de US$ 2 bilhões com as recentes controvérsias. Na cotação atual e em transação direta, o valor ultrapassa R$ 10,5 bilhões.
Spotify e Joe Rogan se manifestam após críticas
Os efeitos já parecem preocupar a empresa, que se comprometeu a intensificar o combate às fake news e publicar avisos sobre o material que veicula. O principal alvo das críticas é o podcast The Joe Rogan Experience, conteúdo exclusivo pelo qual o Spotify desembolsou US$ 100 milhões.
No fim do ano passado, 270 médicos, cientistas e especialistas na área da saúde assinaram carta aberta pedindo que o programa fosse excluído das playlists devido às “teorias da conspiração infundadas” do apresentador e “o histórico de transmissão de desinformação”.
Em comunicado nas redes sociais, o comediante e apresentador prometeu ser mais cuidadoso com as informações que veicula, assim como estar mais esclarecido sobre o que seus convidados falarão.
“Na maior parte das vezes não sei o que vamos conversar até o programa iniciar. Farei o melhor para equilibrar a situação no futuro, além de pesquisar mais sobre os assuntos em pauta. Obrigado ao Spotify e sinto muito que tudo isso tenha acontecido.”