Com três anos desde o lançamento do primeiro disco, o Led Zeppelin já era um fenômeno em 1972, quando foi convidado a se apresentar em Singapura. Porém, a apresentação que estava marcada para o dia 14 de fevereiro teve que ser cancelada por conta de um motivo muito peculiar: os cabelos longos dos integrantes da banda.
Após conquistar sua independência em 1965, o país impôs uma série de regras de conduta que incluíam normas visuais. A ideia era de que influências da subcultura eram negativas para o desenvolvimento da nação. Quem se recusasse a obedecer, poderia ser preso e ter o cabelo cortado à força, além de ir para o fim da fila nas prioridades de auxílio em serviços do governo.
A exigência também se aplicava a estrangeiros, que deveriam se adequar ou seriam impedidos de entrar, além de ter seus vistos cancelados. Por conta disso, o grupo acabou adiando o início da turnê que faria por Ásia e Oceania.
Curiosamente, a medida acabou refletindo em dois dias de estadia em Mumbai, Índia, dando início aos flertes com a música local, que teriam grande influência em suas carreiras dentro e fora da banda.
Led Zeppelin e Singapura
Robert Plant se apresentaria em Singapura como artista solo em 2013, mais de três décadas após o banimento da lei. O Led Zeppelin acabou não sendo o único afetado pela medida. Posteriormente, Bee Gees e Cliff Richard também seriam proibidos de adentrar o território.
Hoje, o período em que cabelos compridos eram banidos virou parte do folclore singapurense. Desde 1992, o que não se pode fazer por lá é mascar chiclete – exceto quando há recomendação médica por motivos terapêuticos.
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