Praying Mantis joga na bola de segurança em novo álbum, “Katharsis”

Terceiro álbum da banda com a mesma formação apresenta bons momentos, no entanto, por não correr riscos, não acrescenta muito à discografia

Quando os fãs de música pensam na New Wave Of British Heavy Metal (NWOBHM), movimento que deu novo gás ao estilo no início dos anos 1980, as primeiras lembranças vão para a pegada e melodias elaboradas do Iron Maiden ou os riffs certeiros do Saxon. Alguns ainda recordam a tosqueira (no bom sentido) do Venom ou os primórdios do Def Leppard, que se tornaria algo diferente no auge do sucesso. Porém, havia muito mais ali. Algumas bandas, inclusive, flertavam com influências mais acessíveis, como o AOR. É o caso do Praying Mantis, que não alcançou a fama dos nomes citados acima, mas é sempre lembrado em listas e textos que contam a história da época.

Comandado pelos irmãos Tino (guitarra) e Chris Troy (baixo), o grupo lançou o álbum “Time Tells No Lies” em 1981. O trabalho fez relativo sucesso, entrando na parada britânica em 16º lugar. Porém, passaram por instabilidades e não seguiram em frente.

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Após uma série de turnês nostálgicas pelo Japão – chegando a contar com os ex-Iron Maiden Paul Di’Anno e Dennis Stratton na formação –, as atividades foram retomadas em caráter definitivo. E desde 2009 o quinteto mantém parceria com a Frontiers Records, o que já rendeu quatro álbuns de estúdio e um ao vivo.

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O mais novo é “Katharsis”, que marca um feito inédito na carreira do Praying Mantis: o terceiro seguido com a mesma formação. O line-up atual ainda conta com o guitarrista Andy Burgess e dois músicos holandeses, o vocalista John ‘Jaycee’ Cuijpers e o baterista Hans In ’T Zandt, que gravou as suas partes diretamente de casa, por conta da pandemia.

A consistência fica latente em bons momentos, como na dobradinha de abertura “Cry for the Nations” e “Closer to Heaven”. Vale ainda citar “Wheels in Motion” (cantada por Chris) e a mais elaborada “Masquerade”.

Em linhas gerais, o Praying Mantis não corre riscos em “Katharsis”. E é justamente aí que está o maior pecado, pois a coisa acaba soando muito previsível na maior parte do tempo.

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Não é um disco ruim, possui bons momentos, mas não acrescentará em nada na discografia da banda. Vale a conferida, mas muito provavelmente só irá perdurar na playlist dos mais fanáticos. “Time Tells No Lies” segue insuperável. Indicado para quem gostaria de saber como seria se o Van Hagar ou o Europe tivessem surgido na Inglaterra.

Ouça “Katharsis” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.

O álbum está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!

Praying Mantis – “Katharsis”

  1. Cry For The Nations
  2. Closer To Heaven
  3. Ain’t No Rock ‘N’ Roll In Heaven
  4. Non Omnis Moriar
  5. Long Time Coming
  6. Sacrifice
  7. Wheels In Motion
  8. Masquerade
  9. Find Our Way Back Home
  10. Don’t Call Us Now
  11. The Devil Never Changes

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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