Em entrevista de 1992 à revista Guitar for the Practicing Musician, resgatada pelo livro “Heavy Metal: A História Completa”, de Ian Christie, Geezer Butler falou sobre o álbum homônimo do Metallica. À época em alta nas paradas, o trabalho também é conhecido como “Black Album”.
Apesar de alguns fãs mais radicais dos americanos terem torcido o nariz, o baixista encontra até mesmo semelhanças com sua banda, o Black Sabbath, na sonoridade adotada pelo quarteto.
“É um dos melhores discos que já ouvi, um clássico. Esse é o tipo de música que realmente gosto de escutar – algo pesado, mas com melodia ao mesmo tempo. Ainda tem a mesma pegada do Black Sabbath.”
Geezer ainda fez um elogio peculiar aos vocais de James Hetfield.
“Não é radical demais a ponto de parecer que o vocalista está vomitando. Eu gosto de ouvir canções de verdade, bons riffs, boas linhas vocais e boas letras. Sou das antigas, na verdade, mas isso ainda funciona.”
Metallica e seu “Black Album”
Lançado em 12 de agosto de 1991, “Metallica” é o quinto trabalho de estúdio da carreira do grupo. O “Black Album” mostrava a banda explorando novas sonoridades, dando início à parceria com o produtor Bob Rock.
Pela primeira vez os músicos usaram três tipos de afinações diferentes: a tradicional em mi, mi bemol e ré. A atmosfera mais dark e reflexiva das músicas não era apenas uma mudança de abordagem superficial. Além do amadurecimento natural que a idade traz, três dos quatro integrantes passaram por divórcios no período – James Hetfield era a exceção.
Vendeu, até hoje, mais de 32 milhões de cópias em todo o mundo, sendo o disco mais comercializado das últimas três décadas em qualquer gênero musical.
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