O guitarrista e compositor Pete Townshend revelou à revista Mojo que o projeto “Lifehouse”, do The Who, pode ser lançado ano que vem. Os formatos ainda não foram definidos.
O material, criado em 1971, viria na sequência da ópera rock “Tommy”. Porém, após desacertos internos, a banda optou por um caminho mais convencional e tirou as conexões entre as composições, originando assim o álbum “Who’s Next”.
Agora, cinco décadas depois, Townshend tenta ressuscitar o projeto, conforme relatado pela Mojo. Parte do trabalho foi revelado em pequenos clipes postados no Instagram. Nos vídeos, as demos originais do projeto são mostradas, com o guitarrista ampliando para mostrar uma caixa de fita contendo uma gravação de uma música nunca lançada chamada “Ambition”.
Em outro momento, o músico revela que um novo lançamento de “Who’s Next” / “Lifehouse” estava originalmente agendado para 2021. No entanto, como todo trabalho baseado no projeto em questão até hoje, não se materializou. Desta vez dá para culpar a Covid, como o guitarrista afirma.
A história de Lifehouse
À época, Pete Townshend elaborou um conceito e firmou acordo de US$ 2 milhões com a Universal Pictures para um projeto multimídia. “Lifehouse” era ambientado em um futuro não muito distante, em um ponto da história onde todos na terra usavam salva-vidas especiais “parecidos com cápsulas” conectados por fios a uma grade central mundial que os alimentava com entretenimento, embora não com rock, que era proibido.
A premissa básica do enredo era que um jovem chamado Bobby encontraria uma maneira de invadir a grade para lançar um festival de música no qual artistas e público se uniriam para criar uma nota perfeita, infinita e universal, o que teria consequências dramáticas e imprevistas para todos.
Ninguém do The Who entendeu
O problema é que nem os colegas de The Who compreenderam a proposta do músico, como o vocalista Roger Daltrey declarou recentemente à Classic Rock.
“Não fazia sentido, nenhum de nós conseguia entender. Mas tinha algumas boas ideias. O que percebi foi que, se algum dia encontrássemos o sentido da vida, seria uma nota musical. Eu pensei que era uma ótima ideia.”