O álbum “…And Justice For All”, lançado pelo Metallica em 1988, é o exemplo mais citado quando se fala sobre discos onde um instrumentista foi apagado das gravações. Por ordem dos cabeças da banda, o baixo do então novato Jason Newsted acabou limado no produto final. Porém, não é o único: isso também já aconteceu com um trabalho de Ozzy Osbourne.
Em entrevista ao The Metal Voice, transcrita pelo Ultimate Guitar, o produtor Max Norman reconheceu ter feito o mesmo em “Speak of the Devil”, álbum ao vivo do Madman.
“Passamos todo o repertório do show em estúdio. Assim, caso algo desse errado nas gravações ao vivo, teríamos como substituir. Ozzy não gostou do baixo, então eu diminuí o volume na mixagem final. Rudy Sarzo não gosta de mim até hoje por isso. Sei que ele melhorou, mas à época não tocava tão bem.”
A saída de Rudy Sarzo
Na sequência da turnê que rendeu “Speak of the Devil”, Rudy Sarzo sairia da banda e retornaria ao Quiet Riot, de onde havia saído para se juntar a Ozzy por recomendação do guitarrista Randy Rhoads. Com o falecimento trágico do amigo em um acidente aéreo, o baixista cumpriu a agenda e se retirou para nunca mais voltar.
Anos mais tarde, confirmou que o clima havia ficado insustentável pela tragédia e que só não tinha saído antes por gratidão e para ajudar os Osbournes.
Ozzy Osbourne e Speak of the Devil
Lançado em 27 de novembro de 1982, “Speak of the Devil” conta com repertório baseado em músicas do Black Sabbath. Foi o único trabalho com Brad Gillis (Night Ranger) na guitarra. No Reino Unido, o disco se chamou “Talk of the Devil”.
Vendeu mais de um milhão de cópias nos Estados Unidos, atingindo status de platina. Um vídeo homônimo foi lançado com tracklist diferente, contendo material solo do Madman.