Henry Rollins explicou o que o levou a se aposentar da música durante participação no podcast Broken Record, de Rick Rubin.
Em 2003, a Rollins Band realizou sua última turnê. A partir de então, o cantor se dedicou a projetos spoken word e outras atividades midiáticas.
Conforme transcrito pelo Consequence, ele declarou:
“Um dia acordei e decidi que não havia mais nada em mim a oferecer em termos musicais. Não passei a odiar o que fazia, apenas não tenho mais letras. Acabou a pasta de dente do tubo.”
Henry destacou que uma das principais motivações ao tomar a decisão foi evitar se tornar um “dinossauro do rock”.
“Não queria me tornar uma daquelas atrações saudosistas dizendo para a plateia ‘ei, garotos, lembram dessa canção?’. Já conversei sobre isso com um rockstar que toca o mesmo repertório há quarenta anos. Ele se justificou dizendo que era o que as pessoas desejavam e queria fazê-las felizes. Não penso assim. Talvez por isso ainda precise pegar o ônibus ao voltar pra casa.”
Aposentado, mas só da música
Porém, se engana quem pensa que o ícone do punk está simplesmente descansando e aproveitando a vida.
“Tenho filmes, dublagens, documentários, textos e palestras para preencher meu tempo. Estou mais ocupado do que em qualquer outra época. Se os fãs gostam do que faço hoje, legal. Se não curtem, não me importo.”
Sobre Henry Rollins
Nascido em Washington, Henry Lawrence Garfield começou a cantar na banda State of Alert. Ajudou a compor as músicas do único EP, “No Policy”, lançado em 1981.
No mesmo ano se mudou para Los Angeles, se juntando ao Black Flag. O grupo se tornou uma das principais referências do hardcore americano. Permaneceu até a primeira dissolução, ocorrida em 1986.
Ativista pró-direitos humanos, milita em ações defendendo a causa LGBTQIA+, erradicação da fome e fim de conflitos armados no mundo.