O baterista Roger Taylor não se mostrou arrependido com os desentendimentos que tiraram o ator Sacha Baron Cohen do papel central em “Bohemian Rhapsody”, filme cinebiográfico sobre o Queen.
Em entrevista à nova edição da revista Classic Rock, ele refletiu:
“Acho que o filme teria ficado uma m*rda total com Sacha, que é uma pessoa agressiva e difícil de lidar.”
O baterista exaltou a atuação de Rami Malek no papel do protagonista e ainda opinou sobre trabalhos recentes de Cohen.
“Além disso, vi seus últimos cinco filmes e cheguei à conclusão que não se trata de um grande ator. Como comediante sim, é subversivo e brilhante. É o que faz de melhor. Tecnicamente, ele ainda era quinze centímetros mais alto que Freddie. Rami Malek fez um trabalho incrível em um papel quase impossível.”
Conflitos com Sacha Baron Cohen
Confirmado no papel de Freddie Mercury em 2010, Sacha Baron Cohen abandonou o projeto em 2013 alegando que não teria liberdade para retratar o vocalista. Segundo ele, os antigos colegas de banda queriam vender uma imagem mais comportada do que a real.
Ao mesmo tempo, os integrantes do Queen alegaram que Cohen não levou o papel a sério. Em 2018, também à Classic Rock, o guitarrista Brian May declarou que o trabalho envolvendo o ator “quase foi um desastre”.
“Acho que percebemos bem na hora o tamanho do desastre. E não era difícil perceber isso. Mas, sim, foi um dos problemas que quase tivemos. Acho que estávamos nervosos no começo, quando a seleção começou. É algo difícil de se pensar: alguém fazendo um papel sobre você.”
Queen e o sucesso de Bohemian Rhapsody
“Bohemian Rhapsody” ganhou quatro Oscars, incluindo o de melhor ator para Malek. Ele também foi premiado na mesma categoria pelo Globo de Ouro, Bafta e Screen Actors Guild.
Orçada em US$ 52 milhões, a obra já faturou quase US$ 1 bilhão desde o lançamento.