Não tem jeito, o documentário “The Beatles: Get Back” é um sucesso. O resgate das sessões de “Let it Be”, organizado por Peter Jackson, colocou uma nova luz sobre os momentos derradeiros dos Beatles enquanto grupo e se tornou item indispensável para os fãs e até mesmo admiradores de ocasião.
Mas esta não é a única obra que os adeptos da banda de Liverpool precisam conferir. Entre obras cobrindo o conjunto e seus membros solo, o TV Insider escolheu dez registros indispensáveis para conhecer essa história mais a fundo. Os comentários também foram traduzidos do site.
Filmes e séries sobre os Beatles
“Across the Universe”
Dirigido pela cineasta Julie Taymor (O Rei Leão), esta fantasia musical de 2007 cria uma história em torno de 33 das canções mais inesquecíveis dos Beatles para levar o público em uma viagem mágica e misteriosa pela turbulenta década de 1960.
A maioria dos nomes dos personagens vêm de letras da banda: Lucy (Evan Rachel Wood), uma garota de classe alta de Nova York, se envolve em um caso de amor com Jude (Jim Sturgess), um ex-soldador de navios de Liverpool. Seu irmão Max (Joe Anderson) é um estudante universitário rebelde que mais tarde é convocado para o exército.
O filme quebra fronteiras e oferece um banquete de sequências musicais alucinatórias e extáticas, incluindo um pôster do Tio Sam ganhando vida, morangos sangrando e até mesmo recrutas só de cuecas carregando a Estátua da Liberdade através de uma selva vietnamita.
Onde assistir: Prime Video, Apple TV, Uol Play.
“The Beatles – A Long And Winding Road”
Esta série documental de 2003 é organizada cronologicamente, contando com as lembranças de familiares e amigos dos Fab Four antes de se tornarem lendas.
São cinco capítulos. Em “1940–58” (que inclui a adolescência inquieta), os humildes rapazes de Liverpool amadurecem pessoal e musicalmente em meio à devastação da Segunda Guerra Mundial.
“1958–60” investiga os anos de formação da banda, quando estavam aprimorando seus talentos musicais e fazendo shows nos porões de Liverpool como os Quarrymen. Em “1960-62”, os jovens adotam o nome Beatles à medida que continuam a sobreviver, escrever canções e fazer shows importantes em lugares como o Cavern Club, onde foram descobertos pelo empresário Brian Epstein.
Eles tomam o mundo de assalto em “1963–66”, enquanto “1967 – Present” pinta um retrato dos anos finais da banda antes de se separarem em 1970 e também examina o legado duradouro.
“The Beatles Eight Days a Week—The Touring Years”
“Nós éramos normais, o resto do mundo que estava louco”, observa George Harrison neste documentário de 2016, dirigido pelo cineasta vencedor do Oscar Ron Howard. O filme examina a Beatlemania no seu auge, em meados da década de 1960, quando o quarteto surgiu na Grã-Bretanha e depois na América, começando a viajar pelo mundo.
Momentos seminais aparecem por toda parte, incluindo o primeiro show e aparições na TV nos Estados Unidos, além do concerto no Shea Stadium em 1965.
Paul e Ringo oferecem novas percepções sobre a insanidade que saudou o grupo onde quer que eles fossem e o choque de estar de repente no topo do mundo; John e George são ouvidos em entrevistas de arquivos. As filmagens no palco, incluindo fãs gritando, capturam o poder bruto das apresentações ao vivo.
À medida que os Beatles marcavam um novo território musical em álbuns posteriores, Lennon observa que eles enfrentaram reações adversas, mas tinham a intenção de evoluir com o tempo: “você não pode continuar para sempre como quatro caras com cabelo de esfregões tocando ‘She Loves You’”.
“The Beatles – Up Close and Personal”
Trazendo lembranças e ideias de pessoas que conheceram a banda pessoalmente, este documento enfoca seu processo criativo, a evolução musical e como a química pessoal ajudou a dar origem a algumas das maiores músicas pop do século 20.
Além de shows e filmagens de TV, traz entrevistas com o baterista original Pete Best; o assessor de imprensa Tony Barrow; Tony Bramwell, amigo de infância de George, Paul e John; e o historiador pop Alan Clayson.
“George Harrison – Living in the Material World”
A produção de Martin Scorsese traça a história de vida do membro mais enigmático dos Beatles, dedicando o segundo episódio ao período posterior à banda: viagens pela Índia; a influência da espiritualidade oriental e da consciência de Krishna em sua música; o triângulo amoroso entre ele, a primeira esposa Pattie Boyd e Eric Clapton; e o concerto beneficente de 1971 para Bangladesh.
O chamado Quiet Beatle às vezes sentia que suas contribuições – que incluem “While My Guitar Gently Weeps”, “Here Comes the Sun” e “Something” – eram subestimadas, embora mais tarde tenha obtido grande sucesso como artista solo.
Entre os entrevistados, estão a segunda esposa Olivia, o filho Dhani, Paul, Ringo, Clapton, o produtor George Martin, Yoko Ono e Terry Gilliam.
“How the Beatles Changed the World”
Dirigido pelo documentarista musical Tom O’Dell, examina o impacto sísmico dos Beatles no rock ‘n’ roll, na paisagem musical e na cultura em geral. Também avalia como eles inauguraram a invasão britânica e seu lugar na história hoje.
De acordo com o título de 2017, o amadurecimento durante os primeiros anos do rock e o advento da cultura jovem ajudaram a plantar as sementes para sua ascensão meteórica e desejo de continuar avançando no universo musical.
Onde assistir: Globoplay.
“John & Yoko – Above Us Only Sky”
Este documentário de 2018 oferece aos espectadores uma visão instantânea de como o amor e a conexão criativa de John e Yoko impactaram a escrita e gravação do histórico álbum Imagine, de 1971, registrado na casa do casal em Tittenhurst Park, Ascot, Inglaterra. Graças à insistência de Yoko para que o projeto fosse filmado, a obra é um tesouro de vídeos caseiros.
A ideia era que o público “tivesse uma chance de ver John novamente”, mas o contexto de união do casal pode derrubar preconceitos sobre o relacionamento, especialmente de quem culpa a artista pela separação dos Beatles. Um Lennon desalinhado é visto gravando com George Harrison (reconciliados após as brigas nas sessões de “Let It Be”) e o produtor Phil Spector.
Onde assistir: Netflix.
“McCartney 3, 2, 1”
Série em seis partes, filmada em preto e branco em 2020. McCartney, então com 78 anos, e o superprodutor musical Rick Rubin, um fanboy dos Beatles de longa data, ouvem o álbum Abbey Road, mexendo com botões para isolar as faixas enquanto discutem a gênese de vários elementos, além das inspirações e influências da banda.
McCartney está cheio de anedotas, como a sobre ele e Lennon serem um yin-yang musical perfeito: “Eu escrevia, ‘está melhorando o tempo todo’. E John dizia: ‘não poderia ficar muito pior’. O contraste perfeito. Eu amei a maneira como ele sempre adicionava um pouco de cinismo às músicas”.
Rubin escuta atentamente e ajuda a desconstruir o trabalho, incluindo a percepção de que “While My Guitar Gently Weeps” é “como duas músicas acontecendo simultaneamente … uma em cima da outra”.
“Paul McCartney’s Get Back”
Este filme-concerto de 1991, dirigido por Richard Lester, o mesmo de “A Hard Day’s Night” e “Help!”, narra a turnê mundial de McCartney de 1989-1990.
O setlist inclui canções da carreira solo e com o Wings, mas foca principalmente no material com os Beatles. Também conta com filmagens dos anos 1960, com destaque para clipes dos Fab Four em toda a sua glória.
Onde assistir: YouTube (compra ou aluguel).
“Yesterday”
E se os Beatles nunca existissem? Essa é a premissa da comédia de 2019, dirigida por Danny Boyle (Slumdog Millionaire, Trainspotting).
O filme conta a história do músico Jack Malik (Himesh Patel). Ele é atropelado por um ônibus durante uma queda de energia global causada por algum tipo de interrupção no contínuo espaço-tempo.
Com um novo violão após a recuperação, Jack canta “Yesterday” para seus amigos maravilhados, que nunca ouviram a música antes. Ele descobre que é a única pessoa no mundo que conhece os Beatles e começa a passar suas músicas como suas, ganhando fama no processo. Ed Sheeran até o convida para uma apresentação de abertura!
Eventualmente, Jack conhece John Lennon (Robert Carlyle), que viveu uma vida longa e feliz fora dos holofotes (sem Beatles, sem assassinato).
Onde assistir: Prime Video.