Como Gary Holt lida com os conservadores Zetro, no Exodus, e Tom Araya, no Slayer

Apesar de confiar na ciência, o músico aposta na "política da boa vizinhança" para lidar com os negacionistas ao seu redor

Alguns músicos fazem questão de expor suas opiniões – e em tempos de movimentos antivacina e negacionismo, isso pode ser um problema. O guitarrista do Exodus, Gary Holt, tem um exemplo disso em sua banda com o vocalista Steve “Zetro” Souza, que é contra a obrigatoriedade das vacinas e compara a Covid-19 a uma gripe comum.

Em coletiva de imprensa onde divulga “Persona Non Grata”, novo álbum do Exodus, Holt foi perguntado sobre como lida com as diferentes opiniões políticas dentro da banda. Embora descreva-se como progressista e discorde de Zetro (que, segundo ele, está vacinado), o músico prefere assumir um tom mais neutro em prol da convivência ao acreditar que dá para manter a amizade.

“O mundo ao meu redor esqueceu-se de como lidar com as pessoas que não concordam com você. O mundo fica chato se você só andar com as pessoas que pensam como você, certo? É como passar por uma lavagem cerebral.

O Exodus é uma banda com ideologias políticas completamente opostas e ainda somos irmãos. É o que dizem: não discuta sobre política e religião com pessoas que não concordam com você. É o que fazemos.”

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A mesma situação foi enfrentada por Gary Holt durante sua passagem pelo Slayer, entre 2013 e 2019. O vocalista e baixista Tom Araya é notório por suas opiniões conservadoras e já até compartilhou conteúdo manipulado nas redes sociais para tentar fundamentar posições políticas, mas o guitarrista disse que teve uma boa convivência com ele.

“No Slayer, Tom e eu tínhamos opiniões políticas completamente diferentes, mas poderíamos sair a noite e ter discussões políticas. E também ver o ponto de vista um do outro. As pessoas que são tipo ‘ou você pensa como eu, ou está errado’ criam um mundo muito chato do qual eu não quero fazer parte.”

A opinião de Gary Holt

Mas afinal, qual é a opinião do próprio Gary Holt sobre as questões que envolvem a pandemia e a vacina da Covid-19?

Quando a pandemia começou, o Exodus estava em turnê com o Testament e o Death Angel na Europa – e quase todos os envolvidos pegaram a doença. Will Carroll, baterista do Death Angel, teve o caso mais grave e quase morreu durante o processo.

Durante a coletiva, Holt deixou claro seu posicionamento:

“Sou totalmente pró-vacina. Fui vacinado na primeira oportunidade que tive, em abril. Confio na ciência, não acredito em um monte de babacas online. Ao mesmo tempo, entendo a apreensão de algumas pessoas, porque a indústria farmacêutica geralmente só se importa com o lucro e nada mais.

Mas as vacinas eliminaram tantas doenças, então, é necessário tomá-la para nos livrarmos dessa. Se anos atrás as pessoas pensassem como pensam hoje, estaríamos todos com poliomielite e varíola agora. As coisas são como são e eu me sinto muito seguro. Meus anticorpos devem estar muito altos: tive Covid, fui vacinado, e vou tomar dose de reforço.”

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

1 COMENTÁRIO

  1. só que essa galera conservadora apoia o grande capital…que a indústria farmacêutica faz parte, obtendo altos lucros…e os conservadores apoiam altos lucros das empresas…não tem lógica pra mim isso…obviamente que não se espera lógica de gente burra, negacionista…

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