David Ellefson fala pela primeira vez sobre saída do Megadeth

Baixista diz estar na boa com todos os ex-colegas, mas não esconde chateação e afirma que ter se pronunciado sobre vazamentos de vídeos íntimos o tirou da banda

David Ellefson falou pela primeira vez sobre sua demissão do Megadeth. O baixista foi convidado a se retirar após vídeos íntimos enviados a uma fã caíram nas redes sociais.

O assunto foi abordado em recente aparição no Trunk Nation, programa apresentado por Eddie Trunk no serviço de rádio SiriusXM. As falas foram transcritas pelo Blabbermouth.

“Na noite em que as mensagens e o vídeo vazaram online, algumas pessoas disseram: ‘ei, não fale nada’. Em particular, o pessoal do Megadeth não queria que eu dissesse nada. Mas meus consultores jurídicos disseram: ‘acho que você deveria dizer alguma coisa; algumas pessoas fizeram alegações falsas e você tem todo o direito de se defender’. Foi o que fiz.”

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De acordo com Ellefson, ter se pronunciado sobre o caso de forma praticamente imediata rendeu a sua dispensa da banda.

“No final das contas, isso levou à minha demissão. Mas eu tenho todo o direito, como qualquer pessoa, de me defender, especialmente quando alguém está espalhando mentiras. Então, resolvi isso naquela noite, e bastante honestamente, era isso – estava acabado. Isso rapidamente os levou a tomar a decisão de se separar de mim e se afastar da história.”

O músico deixou claro que o plano original era diferente do que acabou acontecendo, quando a banda emitiu dois comunicados: primeiro declarando analisar a situação e depois o desligando.

“Tínhamos conversado originalmente sobre fazer uma espécie de declaração conjunta e, é claro, não foi o que aconteceu. Portanto, fiquei desapontado com a forma como conduziram.”

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David Ellefson e Megadeth na boa

Mesmo assim, David Ellefson garante que as coisas estão bem no relacionamento com os antigos colegas de Megadeth.

“Ironicamente, as coisas estão bem entre eu e o Megadeth. Nós nos separamos e eles seguiram seu caminho. E não há má vontade entre nós, acredite ou não. Desejei-lhes felicidades na minha declaração original e falei sério.

É um grupo que ajudei a formar quase 40 anos atrás. E as músicas que estão nas rádios são as que participei. Construímos um grande legado. Ainda os considero uma família, e meu DNA está em tudo isso. Não acho que se crie algo desse tamanho e, de repente, você simplesmente sai e tudo se apaga”.

Tretas?

Em outro ponto da conversa, David foi questionado por Eddie Trunk se sentia haver algum tipo de tensão com Dave Mustaine antes do rompimento.

“Não. Quando o Megadeth foi dissolvido em 2002 e reconstruído em 2004, estava muito claro que seria reformulado com Dave sendo o chefe e comandando o show. Os dias da parceria, como nos anos 1990, onde éramos eu, Nick Menza, Marty Friedman e Dave haviam acabado, não ia ser mais assim. Por isso não participei dos primeiros anos após o retorno. Voltei em 2010, uns anos mais velhos, com um pouco mais de maturidade. Percebi que éramos melhores juntos. E acho que funcionou muito bem na última década.

Ao mesmo tempo, Dave e eu somos homens adultos e temos opiniões. Não é o caso de ser apenas ele e três outros caras quando estou na banda. E, aparentemente, eles não queriam mais isso. Não estou tentando colocar palavras na boca de ninguém, mas parecia. Então, em vez de lutar contra isso, que é o que aconteceu há 20 anos, porque estávamos dissolvendo uma parceria naquele ponto, não estamos dissolvendo uma parceria desta vez. É assim que vejo a situação. Não guardo mágoas e não estou chateado.”

David Ellefson lançou na última sexta-feira (15) o primeiro álbum de sua nova banda, The Lucid. O trabalho teve início antes de sua saída do Megadeth. A formação também traz Vinnie Dombroski (Sponge) nos vocais, Drew Fortier na guitarra e Mike Heller (Raven, Fear Factory) na bateria e produção.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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