O Iron Maiden acabou de lançar “Senjutsu”, seu novo álbum, mas Bruce Dickinson não desistiu de produzir um disco solo para suceder “Tyranny of Souls” (2005). Na verdade, o vocalista confirmou que vem trabalhando no projeto há pelo menos 3 ou 4 anos – embora entrevistas mais antigas mostrem que a ideia já existia em 2015.
Dickinson esteve recentemente no programa de Eddie Trunk na rádio SiriusXM (transcrição via Blabbermouth), onde foi perguntado sobre o status de sua carreira solo e se gostaria de lançar um novo álbum. Ele confirmou que ainda não finalizou esse trabalho por questões de logística e pela pandemia – ele ainda não conseguiu viajar até os Estados Unidos, onde deve trabalhar novamente com o guitarrista Roy Z.
“Não apenas gostaria: eu tenho um trabalho em progresso nesse momento, que está meio que indo e vindo, em banho-maria, por, bem, 3 ou 4 anos agora. E basicamente, desde que a pandemia aconteceu, eu posso ter tido um monte de tempo, mas não posso ir para os Estados Unidos para fazê-lo – para finalizar as composições, começar o processo de gravação e todas essas coisas. Então estou esperando que o Tio Joe (Biden, presidente dos EUA) me deixe entrar nos EUA.”
O álbum solo de Bruce Dickinson
Em entrevistas anteriores, Bruce Dickinson chegou a prometer o novo álbum para 2020 ou 2021, o que acabou não acontecendo. Contudo, a ideia do novo disco é bem mais antiga, datando de 2015 – quando o Iron Maiden lançou o disco “The Book of Souls”.
Segundo ele, em entrevista para a Kaaos TV, da Finlândia, a faixa de abertura desse álbum, “If Eternity Should Fail” foi composta para seu álbum solo. A ideia era produzir um projeto conceitual.
Na ocasião, o cantor citou que a música era a faixa-título do álbum e que o conceito pode ser notado na parte falada, ao fim da música na versão do Iron Maiden.
“A música foi escrita como parte de uma história. Então a parte falada no final é o começo de uma história que está no álbum todo. E um dos personagens é o Dr. Necropolis, ele é o cara mau. E o cara bom é o Professor Lazarus; ele traz as pessoas de volta dos mortos. Então isso introduz Necropolis na parte falada.”
Falando ao jornal argentino Clarín, em 2019, o vocalista do Iron Maiden também expressou o desejo de sair em turnê ao lado de Roy Z e uma banda de apoio. Roy trabalhou com ele em alguns de seus álbuns solo de maior sucesso, como “Accident of Birth” (1997), “Chemical Wedding” (1998) e o mais recente, “Tyranny of Souls” (2005).
“Temos demos, fizemos um pequeno trabalho… sairá no ano que vem (2020) ou no seguinte, pois, no meio, tenho muitas outras ocupações. Porém, sendo honesto, queria sair em turnê com uma pequena banda junto a Roy Z.
Por que não fazer isso, depois do box set ‘Soloworks 1990-2005’? Fizemos o box e vendemos 200 mil cópias físicas. Não posso nem acreditar! Há uma grande demanda das pessoas. Tenho muito orgulho do meu trabalho em carreira solo.”