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Como o The Who abandonou o projeto “Lifehouse” para sobreviver em “Who’s Next”

Conceito de álbum engavetado de Pete Townshend envolvia futurismo, tecnologia, shows interativos e experiências fora do corpo - e ninguém entendia nada

A virada da década de 70 levou o The Who a uma encruzilhada artística. A banda, principalmente o guitarrista e principal compositor Pete Townshend, estavam completamente perdidos – o que afetou o projeto seguinte, “Lifehouse”, a ponto de ser descartado e dar lugar ao álbum “Who’s Next” (1971), de clássicos como “Baba O’Riley” e “Won’t Get Fooled Again”.

Antes disso, o The Who havia amplificado seu sucesso com a grandiosa ópera rock “Tommy” (1969). Também foi nesse período em que a banda produziu o ao vivo “Live at Leeds” (1970), que, em contrapartida, focava nas músicas mais simples e diretas, típicas do início da carreira do grupo.

- Advertisement -

A dúvida agora era por qual desses caminhos seguir. Townshend acabou optando pelo primeiro, o mais grandioso.

Com a pretensão de levar tudo o que fizeram em “Tommy” a outro nível, o guitarrista criou “Lifehouse”. O projeto, que acabou sendo engavetado, envolveria não só um disco, mas também um filme e uma experiência totalmente nova em termos de shows – tudo isso em uma ideia futurista.

O conceito de “Lifehouse”

“Lifehouse” era baseado em um conceito criado por Pete Townshend, cuja potente mente criativa estava sendo ainda mais influenciada por crenças espiritualistas orientais e por um feroz alcoolismo. Por várias vezes, ele tentou explicar do que se tratava o projeto para seus colegas de banda. Ninguém entendia – principalmente o vocalista Roger Daltrey, sempre mais pragmático.

Não dá para culpar Daltrey, pois o conceito era realmente bem abstrato. Segundo Townshend, a obra falaria de um futuro, em meados de 1990 (lembrando que estávamos em 1971), onde os seres humanos viviam com trajes especiais ligados a uma espécie de central de inteligência por longos cabos. Através desses cabos, as pessoas receberiam estímulos semelhantes ao entretenimento comum.

Tudo mudaria quando um roadie descobrisse que as pessoas poderiam receber música através do sistema e que haveria uma nota musical capaz de ressoar no íntimo de todos os seres humanos. O resultado disso seria um êxtase sensorial tão intenso que as pessoas, literalmente, “sairiam de seus corpos”.

Roger Daltrey simplesmente não conseguia digerir a ideia. Em entrevista à Classic Rock, o vocalista disse que pensava de maneira mais “concreta”, embora tenha curtido algumas ideias – pelo menos as que ele conseguiu compreender.

“Não fazia o menor sentido. Nenhum de nós conseguia pegar aquilo. Mas tinha algumas boas ideias ali. A que eu peguei era a de que se encontrássemos o sentido da vida, seria uma nota musical. Acho que essa é uma grande ideia.”

https://www.youtube.com/watch?v=wzrtN0C3YiU

Uma nova experiência ao vivo

Apesar da reação nada positiva do resto da banda, Pete Townshend ainda tentava fazer “Lifehouse” acontecer.

O empresário do grupo, Kit Lambert, repassou aos músicos uma proposta de um filme sobre o tema. Na ocasião, o guitarrista revelaria ao mundo uma nova experiência ao vivo, que aconteceria inicialmente em algumas poucas noites no teatro Young Vic, em Londres.

O objetivo era ambicioso, como Pete explicou à imprensa na época do anúncio:

“Queremos ver até onde a interação pode ser levada. Não espero que as pessoas realmente saiam de seus corpos. Mas acho que podemos ir além do que shows de rock foram anteriormente.”

Nas apresentações, que contavam com cerca de mil pessoas na plateia, Townshend explicaria o conceito de “Lifehouse” e a banda tocaria alguns de seus hits – o que, para a decepção do guitarrista, se tornaria a parte mais esperada da apresentação, transformando o evento em mais um show qualquer do The Who.

Na última noite no Young Vic, o guitarrista ainda sairia no soco com um membro da plateia, que ficava chamando os membros da banda de “porcos capitalistas”. Foi uma forma simbólica de encerrar uma ideia tão “espiritual e transcendental”.

Para o azar do líder criativo do The Who, esse não era o último dos problemas com o projeto “Lifehouse” ou com ele próprio.

Os filmes e os sapos de Pete Townshend

Naquela altura, o The Who dava os primeiros passos na parte musical de “Lifehouse”, em um estúdio em Nova York.

A cidade, na época, acabou atraindo a maioria dos membros da banda – e até o empresário Kim Lambert – para as drogas e a bebida. Roger Daltrey era a única exceção. Pete Townshend não usava heroína e outras substâncias, como Keith Moon (bateria) e John Entwistle (baixo), mas bebia além da conta.

O projeto teria as seguintes faixas:

Lado 1 (Ray’s Story)

  1. Teenage Wasteland (acabou saindo no box de raridades Lifehouse Chronicles)
  2. Going Mobile (saiu no álbum Who’s Next)
  3. Baba O’Riley (saiu em Who’s Next)
  4. Time Is Passing (saiu no disco de raridades Odds & Sods)
  5. Love Ain’t for Keeping (saiu em Who’s Next)

Lado 2 (Mary/Jumbo’s Story)

  1. Bargain (saiu em Who’s Next)
  2. Too Much of Anything (saiu em Odds & Sods)
  3. Greyhound Girl (saiu em Lifehouse Chronicles)
  4. Mary (saiu no disco de raridades Scoop)
  5. Behind Blue Eyes (saiu em Who’s Next)

Lado 3 (Bobby’s Story)

  1. I Don’t Even Know Myself (saiu no disco de raridades Who’s Missing)
  2. Pure and Easy (saiu em Odds & Sods)
  3. Getting in Tune (saiu em Who’s Next)
  4. Let’s See Action (Nothing is Everything) (saiu na coletânea Hooligans)

Lado 4 (The Lifehouse Concert)

  1. Won’t Get Fooled Again (saiu em Who’s Next)
  2. The Song Is Over (saiu em Who’s Next)

Já longe de seu estado mental ideal, Pete recebeu a notícia de que a proposta do filme que a banda recebeu da Universal Studios ainda estava de pé. Porém, foi informado de que Lambert costurava secretamente para que a produção fosse sobre a ópera rock “Tommy”, projeto já conhecido e bem-sucedido, e não “Lifehouse”.

Depois de muitas reuniões e discussões, o empresário convenceu o guitarrista de que ambos os filmes seriam feitos. Havia, porém, a ideia de engavetar o segundo projeto.

Foi em meio a esse turbilhão que Pete Townshend passou por uma situação que mudaria sua vida e os rumos do The Who a partir dali: em março de 1971, o guitarrista tentou se jogar do 10º andar de um hotel em Nova York, onde o empresário estava hospedado.

O delírio alcoólico, aliado a uma crise de ansiedade e outros problemas, fizeram com que ele enxergasse todas as pessoas na sala transformadas em sapos gigantes.

De volta a Londres

Com todos no The Who mentalmente abalados por conta dos abusos de substâncias e, principalmente, Pete Townshend revoltado com o empresário Kit Lambert, a banda resolveu terminar o álbum em Londres, onde teriam mais domínio sobre o processo. No entanto, àquela altura, o que era para ser “Lifehouse” parecia ter tomado um caminho diferente.

Pressionado por Daltrey a abandonar a ideia original, Townshend descartou tudo o que havia feito até então. Em contraponto, nasceu outro álbum, mais simples e mais direto, que acabou se tornando o mais bem-sucedido comercialmente até ali: o clássico “Who’s Next”.

Algumas ideias do projeto “Lifehouse” foram aproveitadas. Temas mais espirituais, em especial, acabaram sendo abordados em músicas como “Bargain”, “Getting in Tune” e na clássica “Baba O’Riley”. As composições melódicas receberam melhor destino.

“Who’s Next” acabou se provando um grande sucesso e, de certa forma, uma vitória para o The Who, que esteve perto do fim durante o tempo em que tentaram produzir “Lifehouse” em Nova York. O álbum ficou no top 5 das paradas dos Estados Unidos (4º), Dinamarca (3º), França (2º), Países Baixos (2º) e Reino Unido (1º), onde conquistou disco de platina. Nos EUA, vendeu 3 milhões de cópias, chegando à platina tripla.

No mesmo ano, Townshend lançaria um álbum solo intitulado “Who Came First”, onde traria a faixa “Pure and Easy”, original de “Lifehouse” e cortada de “Who’s Next”.

Kit Lambert e as raízes de “Quadrophenia”

“Who’s Next” não foi o único resultado da grande viagem que foi o projeto “Lifehouse” para o The Who.

A banda ainda pretendia lançar projetos no cinema, chegando a iniciar a produção da trilha sonora de pelo menos dois filmes. Todavia, Lambert, que tinha direitos sobre “Tommy”, frustrou os planos do grupo.

Durante os trabalhos nesses projetos e depois de tempos difíceis, Townshend se apegou à ideia das personalidades diferentes que os quatro membros do grupo apresentavam.

Dessa vez, o conceito era mais sólido e permitiria que a nova ideia grandiosa do guitarrista fosse finalmente colocada em prática. Assim nascia a outra ópera rock do The Who, intitulada “Quadrophenia”, que viria ao mundo em 1973.

* Texto desenvolvido em parceria por André Luiz Fernandes e Igor Miranda. Pauta, argumentação base e edição geral por Igor Miranda; redação, argumentação complementar e apuração adicional por André Luiz Fernandes.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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Conceito de álbum engavetado de Pete Townshend envolvia futurismo, tecnologia, shows interativos e experiências fora do corpo - e ninguém entendia nada

A virada da década de 70 levou o The Who a uma encruzilhada artística. A banda, principalmente o guitarrista e principal compositor Pete Townshend, estavam completamente perdidos – o que afetou o projeto seguinte, “Lifehouse”, a ponto de ser descartado e dar lugar ao álbum “Who’s Next” (1971), de clássicos como “Baba O’Riley” e “Won’t Get Fooled Again”.

Antes disso, o The Who havia amplificado seu sucesso com a grandiosa ópera rock “Tommy” (1969). Também foi nesse período em que a banda produziu o ao vivo “Live at Leeds” (1970), que, em contrapartida, focava nas músicas mais simples e diretas, típicas do início da carreira do grupo.

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A dúvida agora era por qual desses caminhos seguir. Townshend acabou optando pelo primeiro, o mais grandioso.

Com a pretensão de levar tudo o que fizeram em “Tommy” a outro nível, o guitarrista criou “Lifehouse”. O projeto, que acabou sendo engavetado, envolveria não só um disco, mas também um filme e uma experiência totalmente nova em termos de shows – tudo isso em uma ideia futurista.

O conceito de “Lifehouse”

“Lifehouse” era baseado em um conceito criado por Pete Townshend, cuja potente mente criativa estava sendo ainda mais influenciada por crenças espiritualistas orientais e por um feroz alcoolismo. Por várias vezes, ele tentou explicar do que se tratava o projeto para seus colegas de banda. Ninguém entendia – principalmente o vocalista Roger Daltrey, sempre mais pragmático.

Não dá para culpar Daltrey, pois o conceito era realmente bem abstrato. Segundo Townshend, a obra falaria de um futuro, em meados de 1990 (lembrando que estávamos em 1971), onde os seres humanos viviam com trajes especiais ligados a uma espécie de central de inteligência por longos cabos. Através desses cabos, as pessoas receberiam estímulos semelhantes ao entretenimento comum.

Tudo mudaria quando um roadie descobrisse que as pessoas poderiam receber música através do sistema e que haveria uma nota musical capaz de ressoar no íntimo de todos os seres humanos. O resultado disso seria um êxtase sensorial tão intenso que as pessoas, literalmente, “sairiam de seus corpos”.

Roger Daltrey simplesmente não conseguia digerir a ideia. Em entrevista à Classic Rock, o vocalista disse que pensava de maneira mais “concreta”, embora tenha curtido algumas ideias – pelo menos as que ele conseguiu compreender.

“Não fazia o menor sentido. Nenhum de nós conseguia pegar aquilo. Mas tinha algumas boas ideias ali. A que eu peguei era a de que se encontrássemos o sentido da vida, seria uma nota musical. Acho que essa é uma grande ideia.”

https://www.youtube.com/watch?v=wzrtN0C3YiU

Uma nova experiência ao vivo

Apesar da reação nada positiva do resto da banda, Pete Townshend ainda tentava fazer “Lifehouse” acontecer.

O empresário do grupo, Kit Lambert, repassou aos músicos uma proposta de um filme sobre o tema. Na ocasião, o guitarrista revelaria ao mundo uma nova experiência ao vivo, que aconteceria inicialmente em algumas poucas noites no teatro Young Vic, em Londres.

O objetivo era ambicioso, como Pete explicou à imprensa na época do anúncio:

“Queremos ver até onde a interação pode ser levada. Não espero que as pessoas realmente saiam de seus corpos. Mas acho que podemos ir além do que shows de rock foram anteriormente.”

Nas apresentações, que contavam com cerca de mil pessoas na plateia, Townshend explicaria o conceito de “Lifehouse” e a banda tocaria alguns de seus hits – o que, para a decepção do guitarrista, se tornaria a parte mais esperada da apresentação, transformando o evento em mais um show qualquer do The Who.

Na última noite no Young Vic, o guitarrista ainda sairia no soco com um membro da plateia, que ficava chamando os membros da banda de “porcos capitalistas”. Foi uma forma simbólica de encerrar uma ideia tão “espiritual e transcendental”.

Para o azar do líder criativo do The Who, esse não era o último dos problemas com o projeto “Lifehouse” ou com ele próprio.

Os filmes e os sapos de Pete Townshend

Naquela altura, o The Who dava os primeiros passos na parte musical de “Lifehouse”, em um estúdio em Nova York.

A cidade, na época, acabou atraindo a maioria dos membros da banda – e até o empresário Kim Lambert – para as drogas e a bebida. Roger Daltrey era a única exceção. Pete Townshend não usava heroína e outras substâncias, como Keith Moon (bateria) e John Entwistle (baixo), mas bebia além da conta.

O projeto teria as seguintes faixas:

Lado 1 (Ray’s Story)

  1. Teenage Wasteland (acabou saindo no box de raridades Lifehouse Chronicles)
  2. Going Mobile (saiu no álbum Who’s Next)
  3. Baba O’Riley (saiu em Who’s Next)
  4. Time Is Passing (saiu no disco de raridades Odds & Sods)
  5. Love Ain’t for Keeping (saiu em Who’s Next)

Lado 2 (Mary/Jumbo’s Story)

  1. Bargain (saiu em Who’s Next)
  2. Too Much of Anything (saiu em Odds & Sods)
  3. Greyhound Girl (saiu em Lifehouse Chronicles)
  4. Mary (saiu no disco de raridades Scoop)
  5. Behind Blue Eyes (saiu em Who’s Next)

Lado 3 (Bobby’s Story)

  1. I Don’t Even Know Myself (saiu no disco de raridades Who’s Missing)
  2. Pure and Easy (saiu em Odds & Sods)
  3. Getting in Tune (saiu em Who’s Next)
  4. Let’s See Action (Nothing is Everything) (saiu na coletânea Hooligans)

Lado 4 (The Lifehouse Concert)

  1. Won’t Get Fooled Again (saiu em Who’s Next)
  2. The Song Is Over (saiu em Who’s Next)

Já longe de seu estado mental ideal, Pete recebeu a notícia de que a proposta do filme que a banda recebeu da Universal Studios ainda estava de pé. Porém, foi informado de que Lambert costurava secretamente para que a produção fosse sobre a ópera rock “Tommy”, projeto já conhecido e bem-sucedido, e não “Lifehouse”.

Depois de muitas reuniões e discussões, o empresário convenceu o guitarrista de que ambos os filmes seriam feitos. Havia, porém, a ideia de engavetar o segundo projeto.

Foi em meio a esse turbilhão que Pete Townshend passou por uma situação que mudaria sua vida e os rumos do The Who a partir dali: em março de 1971, o guitarrista tentou se jogar do 10º andar de um hotel em Nova York, onde o empresário estava hospedado.

O delírio alcoólico, aliado a uma crise de ansiedade e outros problemas, fizeram com que ele enxergasse todas as pessoas na sala transformadas em sapos gigantes.

De volta a Londres

Com todos no The Who mentalmente abalados por conta dos abusos de substâncias e, principalmente, Pete Townshend revoltado com o empresário Kit Lambert, a banda resolveu terminar o álbum em Londres, onde teriam mais domínio sobre o processo. No entanto, àquela altura, o que era para ser “Lifehouse” parecia ter tomado um caminho diferente.

Pressionado por Daltrey a abandonar a ideia original, Townshend descartou tudo o que havia feito até então. Em contraponto, nasceu outro álbum, mais simples e mais direto, que acabou se tornando o mais bem-sucedido comercialmente até ali: o clássico “Who’s Next”.

Algumas ideias do projeto “Lifehouse” foram aproveitadas. Temas mais espirituais, em especial, acabaram sendo abordados em músicas como “Bargain”, “Getting in Tune” e na clássica “Baba O’Riley”. As composições melódicas receberam melhor destino.

“Who’s Next” acabou se provando um grande sucesso e, de certa forma, uma vitória para o The Who, que esteve perto do fim durante o tempo em que tentaram produzir “Lifehouse” em Nova York. O álbum ficou no top 5 das paradas dos Estados Unidos (4º), Dinamarca (3º), França (2º), Países Baixos (2º) e Reino Unido (1º), onde conquistou disco de platina. Nos EUA, vendeu 3 milhões de cópias, chegando à platina tripla.

No mesmo ano, Townshend lançaria um álbum solo intitulado “Who Came First”, onde traria a faixa “Pure and Easy”, original de “Lifehouse” e cortada de “Who’s Next”.

Kit Lambert e as raízes de “Quadrophenia”

“Who’s Next” não foi o único resultado da grande viagem que foi o projeto “Lifehouse” para o The Who.

A banda ainda pretendia lançar projetos no cinema, chegando a iniciar a produção da trilha sonora de pelo menos dois filmes. Todavia, Lambert, que tinha direitos sobre “Tommy”, frustrou os planos do grupo.

Durante os trabalhos nesses projetos e depois de tempos difíceis, Townshend se apegou à ideia das personalidades diferentes que os quatro membros do grupo apresentavam.

Dessa vez, o conceito era mais sólido e permitiria que a nova ideia grandiosa do guitarrista fosse finalmente colocada em prática. Assim nascia a outra ópera rock do The Who, intitulada “Quadrophenia”, que viria ao mundo em 1973.

* Texto desenvolvido em parceria por André Luiz Fernandes e Igor Miranda. Pauta, argumentação base e edição geral por Igor Miranda; redação, argumentação complementar e apuração adicional por André Luiz Fernandes.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioCuriosidadesComo o The Who abandonou o projeto "Lifehouse" para sobreviver em "Who's...
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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