Tarja Turunen consagrou-se dentro do metal, mais especificamente no segmento do metal sinfônico, como vocalista do Nightwish. Após ser demitida da banda, em 2005, apostou em uma carreira solo que seguiu pelos mesmos caminhos de seu antigo grupo.
Antes de tudo isso, a artista, curiosamente, não era fã de metal. Em entrevista ao Loudwire, Tarja revelou que sequer pensava em tornar-se uma cantora do estilo.
“Eu não era fã de metal. É isso, nunca pensei na minha vida toda que me tornaria cantora de metal. Não! No entanto, isso simplesmente aconteceu, porque eu aceitei o desafio. Senti que a música era muito bonita, senti que era capaz de fazer isso.”
Turunen diz que, desde criança, é do tipo de pessoa que fica “ansiosa” para topar desafios.
“O Nightwish foi algo desse tipo para mim. Algo como: ‘ei, vamos ver o que vai acontecer’. E, uau (risos), as coisas apenas acontecem. Minha vida mudou completamente.”
Tarja Turunen e o hard rock
Isso não quer dizer que o rock tenha sido algo completamente alheio à vida de Tarja Turunen antes do Nightwish. A cantora não era chegada em metal, mas curtia bandas de hard rock, como Whitesnake, Alice Cooper, Scorpions e outros nomes descritos como “melódicos” por ela.
“Metal era Metallica para mim. Eu não conhecia o estilo até me tornar uma vocalista de heavy metal em uma banda de heavy metal (risos). Toda a cena se abriu para mim e foi incrível. Eu encontrei muita beleza nela.”
Nightwish acústico?
Durante a mesma entrevista, Tarja contou que a ideia original do Nightwish era ser uma banda acústica. Todavia, a orientação do projeto foi modificada devido à voz dela ser “potente demais”.
“Eu vivia naquela pequena vila, onde era conhecida como ‘a garota que cantava’. Fui estudar música e, quando estava com 18 anos, Tuomas (Holopainen, tecladista) me perguntou se eu poderia cantar na primeira demo do Nightwish, que seria acústica. Ele não sabia que eu já estava estudando canto lírico e minha voz havia se tornado mais forte e poderosa. Aquilo foi uma surpresa no estúdio. Nasceu, daí, a ideia de combinar os vocais operísticos com heavy metal de fundo.”