Nada de Metallica, Dave Mustaine ou riffs do Black Sabbath: para o baterista Charlie Benante, do Anthrax, o crédito pela criação do thrash metal deve ser dado ao Iron Maiden.
A influência da banda do baixista Steve Harris no estilo é reconhecida por muitos músicos, mas Benante foi além dessa opinião durante entrevista ao canal The Metal Voice, transcrita pelo BraveWords, onde relembrou a primeira vez que assistiu ao grupo inglês tocar ao vivo.
O assunto veio à tona porque o baterista do Anthrax comentava sobre seu vindouro álbum de covers, intitulado “Silver Linings”, que será lançado no próximo dia 14 de maio. Uma das músicas prometidas é uma versão da instrumental “Transylvania”, presente no disco de estreia autointitulado do Iron Maiden, de 1980.
Charlie Benante, Iron Maiden e thrash metal
Inicialmente, Charlie Benante pontuou:
“A primeira vez que vi o Iron Maiden foi com Paul Di’Anno, no The Palladium, em Nova York. Eles abriram para o Judas Priest e eu fui nas duas noites. Quando o Iron Maiden entrava, havia uma excitação e aquele sentimento de que eu estava testemunhando algo pela primeira vez que eu não sei se verei de novo, era tão incrível.”
Em seguida, o músico, que faz parte de uma das bandas mais conhecidas do thrash metal, associou o Iron Maiden ao gênero:
“Aquela banda, para mim, desde o primeiro dia, foi a razão pela qual eu acho que começamos uma banda, para modelar nossa banda como o Iron Maiden. Eu acho que eles criaram sozinhos a forma de música que se tornou o thrash metal.”
“Silver Linings”, o disco solo de Charlie Benante, foi produzido totalmente durante o período da pandemia de Covid-19. O repertório do álbum apresenta versões para músicas de Fleetwood Mac, U2, Run-DMC, Kiss, Tom Petty, Billie Eilish e Living Colour, entre outros. A lista de convidados conta com nomes do porte de Dave “The Snake” Sabo (Skid Row), Frank Bello (Anthrax), Alex Skolnick (Testament), Jordan Rudess (Dream Theater), DMC e mais.