Não há dúvidas de que David Gilmour é um músico muito talentoso. O guitarrista proporcionou um salto de qualidade para o Pink Floyd ao entrar para a banda, no fim da década de 1960, e seguiu impressionando o público com performances históricas.
Além de ter sido o guitarrista e um dos vocalistas do Pink Floyd, ao que tudo indica, Gilmour também era responsável por gravar cerca de 50% das linhas de baixo ouvidas nos álbuns da banda. A revelação foi feita por Guy Pratt, músico de apoio que substituiu Roger Waters após sua saída do grupo, em 1985.
Guy Pratt não se tornou um membro oficial da banda, mas entrou logo após o lançamento de “A Momentary Lapse of Reason”, em 1987. Ele e se envolveu em todos os projetos até 1994, quando as atividades do grupo foram encerradas.
David Gilmour e o baixo no Pink Floyd
Em entrevista à Rolling Stone, em 2020, Guy Pratt contou que, apesar do papel importante que exercia no processo criativo, Roger Waters não gravou o baixo de diversas músicas do Pink Floyd.
“David tocou metade dos baixos desses álbuns e eu nunca vi Roger como um baixista. Ele era mais como um grande conceitualista.”
E isso é algo ruim, na visão de Guy Pratt? Muito pelo contrário: o baixista reconhece a importância de Waters no processo criativo da banda.
“Eu achava engraçado quando os fãs diziam, tentando me elogiar: ‘você é um baixista tão bom quanto Roger Waters’. Era tipo: ‘bem, obrigado, mas eu prefiro compor o The Wall’.”
Comprova, mais uma vez, que a disputa “quem é melhor entre David Gilmour e Roger Waters” só existe na cabeça de alguns fãs mais bitolados. Os dois são bons músicos e se complementam, assim como o baterista Nick Mason e o tecladista Richard Wright. Não à toa, fizeram história juntos no Pink Floyd.