Por que George Michael nunca seria contratado pelo Queen, segundo Roger Taylor

Nome do cantor falecido em 2016 foi especulado por muito tempo para ocupar a vaga deixada por Freddie Mercury

O nome do saudoso cantor George Michael, falecido em 2016, sempre foi especulado para entrar no Queen, ocupando a vaga deixada por Freddie Mercury.

Rumores que davam conta disso circularam intensamente nas décadas de 1990 e 2000 – mais especificamente, desde 1992, quando George Michael se apresentou no show-tributo Freddie Mercury Tribute Concert. Na ocasião, ele cantou “’39”, “These Are the Days of Our Lives” (com Lisa Stansfield) e “Somebody to Love” ao lado da banda.

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A performance de Michael naquela noite foi tão boa que muitos fãs de Queen passaram a apoiar a continuidade da banda com ele nos vocais. Isso, porém, nunca aconteceu: o grupo encerrou atividades após a morte de Mercury, apesar dos projetos à parte Queen + Paul Rodgers (de 2004 a 2009) e Queen + Adam Lambert (desde 2011), com os cantores citados. George seguiu dedicado à sua carreira solo até falecer, no Natal de 2016, aos 53 anos, devido a problemas cardíacos.

Apesar dos boatos e do desejo de parte dos fãs, o baterista Roger Taylor garante que o Queen nunca contrataria George Michael. Em recente entrevista à revista Classic Rock, o músico explicou por que essa ideia não foi considerada:

“Lembro de ouvir os rumores, mas isso não teria nos agradado. George não estava acostumado a trabalhar com uma banda ao vivo. Quando ele ouviu o poder que havia atrás dele nos ensaios (do Freddie Mercury Tribute Concert), ele não conseguia acreditar. Ele achava que estava em um Concorde (avião supersônico) ou algo assim.”

George Michael, Queen e elogios

Ao menos na época em que o Freddie Mercury Tribute Concert foi realizado, George Michael parecia bastante honrado pela oportunidade. Em entrevista à MTV, concedida no ano de 1993 e resgatada recentemente pelo site Ultimate Classic Rock, ele comentou:

“Aquele foi, provavelmente, o momento de maior orgulho em minha carreira, porque eu estava vivendo um sonho de criança ao cantar uma música de Freddie diante de 80 mil pessoas. Foi uma estranha mistura entre um orgulho incrível e tristeza real para mim.”

O guitarrista Brian May participou da mesma entrevista e elogiou a performance de George até mesmo nos ensaios:

“Foi incrível trabalhar com George Michael. Sem falsidade, ele foi uma das grandes surpresas para a maioria das pessoas naquela noite, eu sei, mas não foi uma surpresa para mim, pois eu sabia que ele poderia fazer aquilo. Eu sabia que ele tinha aquilo dentro de si. Além de sua grande delicadeza – o grande controle e dinâmica de palco -, ele tem muito poder. Assim que chegamos ao ensaio e ele cantava ‘Somebody to Love’, ficamos tipo: ‘uau’. Acho que para a maioria das pessoas, ele foi o que chegou mais perto do alcance do próprio Freddie.”

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

1 COMENTÁRIO

  1. Com certeza,George Michael sempre esteve a altura de Freddie Mercury…ele era um notável vocalista dono de uma voz inigualável e funcionava muito bem ao vivo…o único problema era que o rock não era a praia de George e sim o pop,rythm’nd blues…acho que por isso não deu certo….

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