Stephen Shareaux, o vocalista que quase entrou para o Mötley Crüe em 1992

O Mötley Crüe estava em busca de um novo vocalista em 1992, já que Vince Neil saiu da banda. A vaga acabou ficando com John Corabi, mas Stephen Shareaux, do Kik Tracee, quase foi contratado.

O Mötley Crüe estava em busca de um novo vocalista em 1992, já que Vince Neil saiu (ou foi demitido) da banda. A vaga acabou ficando com John Corabi, que havia se destacado anteriormente com o The Scream, mas outro cantor quase foi chamado: Stephen Shareaux, que fazia parte do Kik Tracee.

Vale destacar que o Kik Tracee foi uma daquelas várias bandas de hard rock que conseguiram oportunidade em grande gravadora, mas não conquistaram sucesso. O grupo americano existiu entre 1988 e 1993, lançando apenas um álbum (‘No Rules’, de 1991) e um EP (‘Field Trip’, de 1992) antes de encerrar as atividades. Um disco intitulado ‘Center of a Tension’ chegou a ser produzido, mas nunca chegou a público.

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Em recente entrevista ao podcast “80s Glam Metalcast”, com transcrição do Blabbermouth, Stephen Shareaux relembrou da oportunidade e revelou por que não ficou com a vaga. Durante o bate-papo, contou ainda que uma das músicas do álbum autointitulado de 1994, o único com John Corabi nos vocais, traz um título de uma canção que ele havia feito para a banda: ‘Til Death Do Us Part’.

De início, Shareaux disse que conheceu o baixista Nikki Sixx, do Crüe, porque os filhos deles eram amigos na infância. “Jagger (filho de Stephen) e Gunner (filho de Nikki) ficavam juntos o tempo todo, assim como minha ex e Brandi Brandt (ex-mulher de Nikki) eram amigas. Eu passava bastante tempo na casa de Nikki, íamos a festas de aniversário e tudo o mais”, afirmou.

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Um dia, o cantor foi convidado para ir ao estúdio e fazer uma espécie de audição com o Mötley Crüe. “Fiquei me perguntando se estava sonhando, pois eu estava literalmente na cama naquela hora. Eu tocava em bandas de rock e metal na juventude e muitas delas tocavam Mötley Crüe. Então, poder cantar com esses caras era emocionante”, disse.

Não mais do que uma semana depois, Stephen Shareaux estava em um estúdio “enorme” perto do aeroporto de Burbank. “Tommy (Lee, baterista) gritou ‘ei, cara’ atrás da bateria dele. Ninguém se moveu enquanto eu chegava, só me cumprimentaram de onde estavam. Fiquei em um círculo de caixas de som de retorno, era meu universo próprio. Começamos com ‘Live Wire’ e foi o ensaio mais intenso e alto que já tive. Foi insano. Fiquei com eles por umas 3 ou 4 horas, começamos a trabalhar em músicas novas e tudo foi gravado. Foi fantástico”, revelou o vocalista.

Os testados pelo Mötley Crüe

De acordo com Stephen Shareaux, outros três vocalistas fizeram audições para a vaga. “Soube que eles consideraram apenas a mim, John Corabi, Sebastian Bach (Skid Row) e Marq Torien (Bulletboys). Esse último não posso confirmar, mas acho que foram uns quatro caras”, afirmou.

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A disputa acabou ficando entre Shareaux e Corabi, mas o vocalista do Kik Tracee diz que já sabia que a vaga não era para ele. “Lembro de sair do estúdio, sentar no carro e perceber os pelos do meu braço ainda arrepiados, por causa do volume e da energia. Mas algo dentro de mim sabia que não era algo que eu queria. Não era para mim”, disse.

O cantor acredita que não tinha muito a ver com o Mötley Crüe. “Um cara chamado John Greenburg, que gerenciava John Corabi na época, me atualizou sobre o processo e disse que estava entre Corabi e eu. Eu sabia que não era para mim. Corabi já se encaixava melhor. Ele tinha tatuagem, enquanto eu nunca tive uma. Não era meu cenário e eu não iria fazer tatuagem só por isso. O resto é história: John Corabi entrou e era o cara certo. Ainda assim, foi uma grande honra para mim”, afirmou.

Ideia de letra

Ainda durante o bate-papo, Stephen Shareaux disse que o Mötley Crüe usou o título e a ideia de uma letra feita pelo vocalista em ‘Til Death Do Us Part’. “Esse título foi criado por mim. Fui ao banheiro, voltei e Nikki estava mexendo no meu caderno de letras. Estava aberto nessa página. Aquela música foi feita bem antes da minha audição. Enfim, levo o crédito por isso (risos)”, pontuou.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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