Como “Sgt. Pepper’s”, dos Beatles, mudou o rumo do Pink Floyd

Baterista Nick Mason declara em entrevista que a banda dele não existiria sem o Fab Four

Oitavo álbum de estúdio dos Beatles, ‘Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band’ provocou uma relevante mudança na indústria fonográfica e musical como um todo. O disco, de 1967, foi responsável por alterar os rumos até mesmo de outra banda gigante que nasceria logo após: o Pink Floyd.

O trabalho de estreia do Pink Floyd, à época ainda com Syd Barrett em sua liderança, foi gravado e lançado também no ano de 1967. Trata-se de ‘The Piper at the Gates of Dawn’, que soa diferente dos álbuns mais vendidos da banda, mas já indicava a proposta que seria melhor desenvolvida no futuro.

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Em entrevista a uma rádio, transcrita pelo Ultimate Guitar, o baterista Nick Mason se recordou da importância de ‘Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band’ até mesmo para validar o que fazia o Pink Floyd naquela época. O álbum dos Beatles foi importante para dar atenção aos discos – antes de 1967, o mercado fonográfico era bem centrado nos singles.

Por isso, para Mason, o Pink Floyd não poderia trabalhar da forma que atuou no futuro sem que sem ‘Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band’ abrisse portas e rompesse barreiras.

“Gravamos nosso primeiro álbum no Abbey Road Studios e, no final do corredor, os Beatles faziam ‘Sgt. Pepper’s’. Fomos convidados para visitar os ‘deuses’ e eles estavam gravando a música ‘Lovely Rita’. Foi um momento crucial, porque, sem os Beatles, nós talvez não existiríamos”, afirmou o baterista.

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Além disso, os álbuns anteriores dos Beatles inspiraram a própria criação do Pink Floyd. O Fab Four era a maior influência daquela banda que, até então, era novata.

“‘Sgt. Pepper’s’ foi o álbum que mudou a cara da indústria fonográfica. Até então, o foco era nos singles. Esse foi o primeiro álbum que vendeu mais que singles e permitiu que bandas como nós tivessem mais tempo e liberdade em estúdio, para fazer o que queríamos”, comentou Nick Mason.

O baterista também refletiu sobre a magia de coexistir ao lado dos Beatles naquele momento. “‘Sgt. Pepper’s’ era extraordinário e havia a importância de se ter um álbum dos Beatles. Não se tem algo assim atualmente. A música era importante, pois havia menos competição naquela época. Não existiam videogames e só tinham alguns filmes e programas de TV. A música era importante, era notícia de primeira página”, afirmou.

Pink Floyd, The Who e… Toto!

Outra grande influência para o Pink Floyd foi o The Who, que “explodiu” naquela época com ‘My Generation’. “Essa música nos inspirou muito, especialmente a mim. Você muda depois de conhecer Keith Moon (baterista do The Who). Não o conhecia tão bem, mas passamos algum tempo juntos, fizemos alguns shows abrindo para o The Who e alguns programas de rádio juntos. Era um evento extraordinário ter Keith conosco. Era como ter o circo em um homem só”, disse.

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Por fim, Nick Mason fez elogios a outra banda bem inusitada, que surgiu após o Pink Floyd: o Toto. “Sempre gostei do Toto, das músicas deles, o que faziam. Jeff Porcaro era um grande baterista. Percebi isso quando meu neto me contou o que estava aprendendo em uma aula de bateria: uma música do Toto, ‘Rosanna’. Então, são três gerações de fãs por aqui”, afirmou.

Embora tenha uma sonoridade mais pop, o Toto era notável por trazer integrantes muito habilidosos. A maior parte dos membros trabalhou, por muito tempo, como músicos de estúdio para diversos artistas famosos, como Michael Jackson, Bee Gees, Ringo Starr e mais. O próprio Pink Floyd contou com o baterista Jeff Porcaro na música ‘Mother’, do álbum ‘The Wall’ (1979).

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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